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domingo, 20 de julho de 2014

Exposição do 'Museu Egípcio' tem peças como múmias e sarcófagos

Foi aberta neste domingo (20) a exposição inédita do Museu Egípcio Itinerante no Shopping Bela Vista, em Salvador. Múmias, sarcófagos e papiros são algumas das 150 peças contempladas na mostra, que fica na Bahia até o dia 20 de setembro. Além de ver de perto cada objeto, os visitantes também vão poder conhecer um pouco da história e dos costumes dos faraós e da mitologia egípcia.

As visitas são sempre acompanhadas por monitores e quem fizer o agendamento prévio pode participar de palestras, durante a exposição. O ingresso é no valor de R$ 10.

As peças são replicas perfeitas de obras expostas em museus espalhados pelo mundo, como é o caso do Museu de Louvre, British Museum e Ashmolean Museum. Em Salvador, são colocadas à disposição dos visitantes novas peças relacionadas ao Faraó Tutankhamon.

Todo o acervo é produzido pelo artista plástico, Essam Battal, e sua equipe, em ateliês do Egito. Pedra, madeira, gesso e papiro são alguns dos materiais utilizados para produzir as replicas. Segundo o artista plástico, as múmias e os sarcófagos exigem maior tempo para ficarem prontas, devido ao grau de dificuldade e a riqueza de detalhes. Já as pinturas sobre papiro são finalizadas com maior brevidade. A exposição itinerante começou em 1982 e quatro anos mais tarde foi realizada a primeira edição do Museu Egípcio Itinerante, no Brasil.



fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.cbnfoz.com.br/editorial/brasil/bahia/20072014-173858-exposicao-do-museu-egipcio-tem-pecas-como-mumias-e-sarcofagos

Museu da Inconfidência completa 70 anos como guardião da história de Minas Inconfidência

Museu da Inconfidência completa 70 anos como guardião da história de Minas Inconfidência conta a trajetória de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e dos conjurados que lutaram pela liberdade



Fachada do Museu da Inconfidência, que reabriu as portas com novos projetos há oito anos

A história do Brasil passa, necessária e vigorosamente, pela Praça Tiradentes, no Centro de Ouro Preto, antiga Vila Rica. No edifício erguido em 1785 pelo governador da Capitania de Minas, Luís da Cunha Meneses, para ser Casa de Câmara e Cadeia, está o Museu da Inconfidência, de portas e janelas coloniais abertas para contar a trajetória de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), e conjurados que lutaram pela liberdade; caminhos do Ciclo do Ouro nas Gerais; e maravilhas do barroco, incluindo peças de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814), cujo bicentenário de morte é lembrado este ano, e partituras musicais. No próximo dia 11, o Museu da Inconfidência, vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vai completar sete décadas de conhecimento, memória e arte, com novidade para os visitantes. A cerimônia comemorativa será na véspera, domingo, às 11h, com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy.

Logo em frente ao Inconfidência, pode-se admirar um dos cartões-postais mais conhecidos do país: o Monumento a Tiradentes, escultura em bronze feita em 1894 por Virgílio Cestari e localizada de costas para o antigo Palácio do Governador, atual Escola de Minas. Depois desse primeiro impacto visual, é hora de subir a escadaria de pedra, visitar salas e colar os olhos nas vitrines do museu para um exercício fascinante: aguçar os sentidos e mergulhar numa longa história.

Há 40 anos no cargo de diretor, o escritor Rui Mourão conta que o acervo reúne cerca de 60 mil itens, entre documentos dos tempos da Conjuração Mineira (1788/89), como o sétimo volume dos Autos da Devassa e a edição clandestina de 1778 da Constituição dos Estados Unidos – em francês, Recueil des loix Constitutives des États-Unis; peças da forca usada no suplício de Tiradentes, no Campo da Lampadosa, no Rio de Janeiro; relógio do alferes e depois mártir do movimento, de fabricação inglesa, adquirido pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek das mãos de particulares, em 1953; mobiliário dos séculos 18 e 19; peças sacras; biblioteca; livros de cartório, entre uma série de preciosidades. Merecem destaque os manuscritos musicais reunidos pelo pesquisador alemão Francisco Curt Lange (1903-1997), que salvou da destruição centenas de partituras da música colonial mineira.





Peças da forca do martírio de Tiradentes são relíquias entre os cerca de 60 mil itens em exposição

PANTEÃO Diante da fachada do imponente edifício, Mourão ressalta que a casa é fundamental para se entender melhor a história da liberdade no Brasil. O museu, explica, foi criado no governo de Getúlio Vargas para receber os despojos dos conjurados mineiros mortos no exílio na África e repatriados em 1936 – a iniciativa coincidiu com a passagem dos 150 anos da sentença proferida em 1792 contra os réus da Inconfidência. Em 1942, havia apenas o Panteão com as lápides dos heróis, e dois anos depois o museu ganhou forma sob a direção do historiador Raymundo Trindade. Nesse caso, a data comemorava o bicentenário de nascimento do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga.

O primeiro acervo foi doado pela Cúria Metropolitana de Mariana, na sequência, foram compradas peças do antigo Instituto Histórico e Geográfico de Ouro Preto e depois acrescentados os autos da devassa (processos) referentes aos réus eclesiásticos envolvidos na Conjuração Mineira. Outra grande aquisição foi o acervo musical de Lange. “Ao longo dos anos, estamos sempre enriquecendo este patrimônio”, destaca Mourão.

Há três anos, a Inconfidência Mineira ganhou finalmente um rosto – na verdade o único conhecido até hoje de um integrante do movimento. É do conjurado José Resende Costa (1728-1798), que viveu na Região dos Campos das Vertentes e morreu no degredo na Guiné-Bissau, África. A identificação dele, de Domingos Vidal de Barbosa Laje, morto aos 32 anos, e João Dias da Motta, aos 59, igualmente no degredo, se arrastava havia décadas. A pedido da direção do museu, pesquisas e reconstituição facial foram feitas na Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pela equipe do professor Eduardo Daruge.

No Panteão, no primeiro andar, os três têm sua lápide ao lado das de Alvarenga Peixoto, Tomás Antônio Gonzaga, João da Costa Rodrigues, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, Vitoriano Gonçalves Veloso, Álvares Maciel, Francisco de Paula Freire de Andrada, Domingos de Abreu Vieira, Luiz Vaz de Toledo Piza, José Aires Gomes, Antônio de Oliveira Lopes e Vicente Oliveira da Mota.

NACIONAL O presidente do Ibram, Angelo Oswaldo, explica que o Inconfidência é um dos cinco museus nacionais do Brasil – os outros são os de Belas Artes, Histórico Nacional e da República, no Rio de Janeiro, e Imperial, em Petrópolis (RJ) –, um reconhecimento pela ampla abrangência da instituição. “Os mineiros devem ter orgulho desse bem de importância especial e que já nasceu numa concepção moderna para a época. Guarda a história de Tiradentes, as partituras reunidas pelo musicólogo Curt Lange e muitas peças de Aleijadinho.” Angelo Oswaldo ressalta a revitalização em 2006 com novos projetos museológico e museográfico.

O Museu da Inconfidência foi o primeiro do país instalado fora da faixa litorânea, rompendo tradição que vinha dos tempos do reinado brasileiro de dom João VI. Para a técnica responsável pelo Arquivo Histórico do museu, Suely Perucci, trata-se de um espaço de memória e reflexão, com papel fundamental na interpretação da cultura e educação do homem, fortalecimento da cidadania e respeito à diversidade cultural. “A vocação e o dinamismo do museu, em sete décadas, evidenciam a missão de preservar, divulgar e manter acessível o seu acervo.”



Enquanto isso...

...PRESENTE DO "SETENTÃO"


O aniversário do “setentão” mais famoso de Ouro Preto, na Região Central, a 95 quilômetros de Belo Horizonte, terá um presente especial para brasileiros e estrangeiros ávidos por percorrer as salas de exposição permanente e descobrir as novas aquisições. Depois de restaurado, será apresentado o quadro Nossa Senhora da Soledade (E), óleo sobre tela medindo 1,30m por 96,5cm, de autoria de Manuel da Costa Athaíde (Mariana, 1762-1830). Embora sem data ou assinatura, a obra teve autenticidade comprovada por laudo técnico (2007) da especialista em barroco mineiro Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e recebeu certificado de autenticidade firmado em 1968 pelo professor Edson Motta (1968). A tela pertencia a Sylvia de Vasconcellos, filha do estudioso de arte mineira Sylvio de Vasconcellos, de quem herdou a referida pintura, cujo local de procedência é a Fazenda Gualaxo, em Mariana, Minas Gerais, demolida em 1950.


Cronologia

1785
Em 1º de junho, o governador da Capitania de Minas, Luís da Cunha Meneses, começa a construção da Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, atual Ouro Preto


1862
A Casa de Câmara e Cadeia deixa o prédio, que passa a funcionar apenas como prisão



1907
Prédio sofre adaptações para se transformar em penitenciária estadual



1938
Doação do edifício à União, ato formalizado pelo Decreto-Lei 144, de 2/12/1938. Em 20 de dezembro é criado o Museu da Inconfidência pelo Decreto-Lei 965 do presidente Getúlio Vargas



1942
Em 21 de abril, é inaugurado o Panteão, para o qual são transferidos os despojos dos inconfidentes mortos no exílio na África e repatriados em dezembro de 1936



1944
Museu da Inconfidência abre as portas sob a direção do cônego Raymundo Trindade. Data lembra o bicentenário de nascimento do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga



2006
Museu é reaberto com novos projetos museológico, feito pelo diretor Rui Mourão, e museográfico, a cargo do francês
Pierre Catel



2009
Museu da Inconfidência, até então vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passa a ser ligado ao recém-criado Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/07/19/interna_gerais,549727/museu-da-inconfidencia-completa-70-anos-como-guardiao-da-historia-de-minas.shtml

Museu do Mar em Gênova completa dez anos.

Gênova – No próximo dia 31 de julho o Galata Museo Del Mare (MuMa), localizado em Gênova, na Itália, irá completar seus primeiros dez anos de funcionamento e do título de maior museu marítimo do Mediterrâneo. No período, o local abrigou encontros temáticos com assuntos que vão de Cristóvão Colombo até a imigração e atraiu mais de 200 mil visitantes por ano, sendo o museu mais visitado da região da Liguria. “Há dez anos tivemos um importante desafio, investir em um setor novo para nós, esse de museus, e agora posso confirmar que o tempo deu razão a um modelo capaz de atrair importantes fluxos turísticos”, afirma Beppe Costa, presidente da Costa Edutainment.

Os objetivos futuros do MuMa são reforçar as dimensões internacionais através da renovação de seus produtos, experiências com equipamentos inovadores e a realização de um projeto integrado de migração. “Estou honrada que os nossos três museus, o Galata, o Commenda e o Museu Naval de Pegli, não são apenas lugares a se visitar, como também espaços de agregação social, de praça cultural e de acolhimento das expressões artísticas, culturais e religiosas para os novos italianos e os novos genoveses”, declara Maria Paola Profumo, presidente do MuMa.

Galata

A razão para o sucesso do Galata, por sua vez, é a possibilidade de inovar através de atrações interativas. “O Galata soube se transformar ao longo destes anos, com seus equipamentos e, sobretudo, com a aproximação do público, apostando em multimídia e interatividade, além de seu patrimônio histórico que faz parte da cultura do mar”, explica Pierangelo Campodonico, diretor do Museo Del Mare.
Um trabalho que já está sendo realizado deverá trazer novas propostas ao Galata. “Estamos pensando em diversos argumentos e uma das principais questões será sobre a pirataria, um tema fascinante, que permeia toda a história da marinha”, completa Campodonico. 
 
 


Fonte na Piazza de Ferrari, em Gênova, Itália na Itália (09.11.2006)

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Estampas da Paraíba em New York

Dyógenes Chaves e Romero Sousa, da Natural Cotton Color, já participam da Índigo Paris, a feira de moda que é parte do evento Première Vision Pluriels. Desta vez, apresentam suas estampas em New York, em 22 e 23 de julho, Parque de Exposições Pier 92.

Na bagagem levam também a produção de outros designers locais: Alex de Brito, Paula Tabosa, Silvia Maria e Célia Araújo, organizados como grupo Parahyba. Para Dyógenes Chaves, a participação na Índigo New York deve incluir o Estado como centro de referência do design têxtil no Brasil. “Esse é nosso maior objetivo”, diz o designer.

O grupo da Paraíba está entre os estúdios de design têxtil da delegação brasileira. Ao todo, 150 estúdios internacionais apresentarão estampas, bordados, apliques, transfers, vintage etc, para o seleto mercado da moda.



A Índigo New York é uma das maiores feiras internacionais dedicada à criacão e ao design têxtil. Com várias edições por ano (Nova York, Paris, Lisboa, Shangai, São Paulo e Bruxelas), a Première Vision oferece aos expositores e visitantes referências para inspirar e preparar coleções, obter informações sobre as tendências e realizar negócios entre os profissionais da moda.

A participação da delegação brasileira é apoiada pela Texbrasil, programa de fomento à exportação desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (ABIT) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Indigo NY July14 Ecard

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti babeldasartes

Museu em Los Angeles preserva história da Alemanha Oriental


Mesmo 25 anos após a queda do Muro de Berlim, a RDA e seu regime comunista são demonizados ou idealizados. Com distância espacial e emocional, o "Museu da Virada" procura uma visão neutra e informativa.




"Essa é uma BT6, uma das primeiras torres de vigilância, que são menores que as posteriores", diz Justin Jampol, apontando para a construção de cerca de dez metros de altura, à sua frente. Situada na praça Leipziger Platz, ela é a última torre de vigilância da República Democrática da Alemanha (RDA) no bairro berlinense de Mitte.

O americano de terno escuro da Hugo Boss está visitando a capital alemã. Especialista na história da Alemanha Oriental, é graças a ele que muitas relíquias da Guerra Fria foram salvas do esquecimento: em 2002 Jampol fundou nos Estados Unidos The Wende Museum. O termo Wende (em alemão: mudança, virada) designa o período de setembro de 1989 (início da Revolução Pacífica contra o regime comunista na RDA), até a reunificação do país, em 3 de outubro de 1990. O museu reúne cerca de 10 mil artefatos. Um feito considerável, pois é a maior coleção, fora da Europa, de testemunhos do quotidiano da RDA e da Guerra Fria.

O natural de Los Angeles teve a ideia inicial do projeto na década de 90, quando estudava História em Oxford: ele começou a coletar objetos do dia a dia da RDA que eram despejadas aos montes em aterros sanitários ou simplesmente destruídos. A iniciativa não partiu de razões sentimentais, já que ele não possuía qualquer ligação pessoal com a Alemanha Oriental, mas sim de seu interesse na história do quotidiano. Naturalmente ele vive enfrentando preconceitos, conta Jampol, pois, em se tratando de um americano que coleciona peças da RDA, a maioria das pessoas logo pensa em alguma espécie de kitsch comercial.


Justin Jampol, diretor do Wende Museum, visita Berlim

Entre "lestalgia" e pesquisa

Pela Leipziger Platz passa um dos muitos "Trabi-Safaris" que se realizam em Berlim. O escapamento dos carros Trabant, o "Volkswagen da RDA", solta fumaça densa, um cheiro que evoca tempos passados. Trata-se de um chamariz turístico, assim como as inúmeras barraquinhas que vendem peças de uniformes do Exército Nacional do Povo, ou os bonés dos vigias de fronteira, que abundam nos mercados de pulgas.

Justin Jampol entende esse desejo de captar uma “sensação de RDA” ou até de conservar a história da Alemanha Oriental com suvenires dos "velhos tempos". Mas é justamente essa ostalgie (neologismo alemão, aproximadamente: "lestalgia", nostalgia da vida no antigo Leste Europeu comunista) que dificulta seu trabalho, já que o Wende Museum não é nenhuma coleção de relíquias devocionais.


Filmes educativos da RDA fazem parte do arquivo do museu em Los Angeles

A instituição em Los Angeles se autodefine como um centro de pesquisa, onde mais de 6 mil documentários e filmes educativos, declarações audiovisuais de testemunhas e outros documentos estão à disposição de historiadores, jornalistas, artistas e estudantes. Um arquivo sem igual que é intensamente explorado, comenta Jampol, sem esconder um certo orgulho. Ele considera importante essa distância espacial e emocional com relação à Alemanha e à história da RDA, pois é o que lhe permitiu ter uma visão mais neutra do passado.

O próprio historiador ficou surpreso quando descobriu o quanto o dia a dia dos alemães do Leste era avançado, em áreas como saúde e educação. Como exemplo, cita um filme educativo sobre a aids, produzido em 1988 sob encomenda do Museu de Higiene de Dresden.

Liebe ohne Angst(Amor sem medo) traz cenas de amor eróticas, entrevista jovens em casas noturnas, e dá dicas aos professores sobre como tratar do tema em sala de aula. E isso numa época em que, nos Estados Unidos, a educação sexual nas escolas era tema de polêmica. Tais testemunhos também podem servir para corrigir a imagem que se tem da RDA, acredita Jampol.


Mais de 6 mil documentos audiovisuais preservados em Los Angeles

Para além da Alemanha Oriental

Mas os interesses do carismático fundador não se resumem à RDA. A seu ver, a vida numa cidade dividida, com um muro e um sofisticado sistema de vigilância, é um tema que ultrapassa em muito a história alemã oriental concreta. Por isso, ele oferece em seu museu frequentes simpósios e programas de residência artística, que situam a problemática num contexto maior. Pontos de conexão importantes para seu trabalho são os movimentos árabes de libertação, os conflitos nas ex-repúblicas da União Soviética, na Coreia, em Beirute e Israel.

Justin Jampol é o perfeito embaixador em causa própria, com um interminável repertório de anedotas sobre a RDA. Suas fontes são estudos e numerosas conversas com testemunhas da época. "Sendo americano, não tinha nada a ver com a relação entre alemães orientais e ocidentais, havia menos reservas em relação a mim."

Ele sabe as cores com que eram pichadas as torres de vigilância, analisa a psicologia dos vigias. "Muitas vezes, eram órfãos crescidos em instituições estatais e, portanto, cem por cento crentes no sistema. Mesmo depois que ele caiu, queriam continuar o seu trabalho, e voltavam repetidamente aos seus postos, que já não existiam mais."

Em 9 de novembro de 2014, 25º aniversário da queda do Muro de Berlim, o Wende Museum de Los Angeles se mudará para o National Guard Armory. O antigo arsenal, construído no início da Guerra Fria, fica ao lado de um parque em memória dos veteranos americanos. “Um lugar perfeito”, define Justin Jampol.
 
 
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.dw.de/museu-em-los-angeles-preserva-hist%C3%B3ria-da-alemanha-oriental/a-17780334