Ouvir o texto...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A closer look at Botany. The Field Museum's Herbarium in Chicago houses a collection of approximately 120.000 pteridophytes (ferns).

Frankfurt - do vinho de maçã à noite dos museus

Mais de 25 museus atraem turista para as margens do Meno, em Frankfurt (foto: Divulgação)

É sempre em agosto que acontece o Festival Apfelwein em Frankfurt. Os locais afirmam que a melhor maneira de consumir e de transformar a maçã, fruto que resultou em todos os pecados do mundo, é preparar um vinho de maçã. A bebida – que mereceu um festival no Rossmarkt – serve de destaque e símbolo da gastronomia da cidade, ao lado dos pratos típicos da região. Junto da estátua de Gutemberg, o povo se reúne com um caneco de ×Apfelwein na mão, fazendo a festa. O vinho de maçã é usado também em coquetéis, animando os dias do alto verão europeu.




FESTA DOS MUSEUS
Frankfurt am Mein é cidade que concentra o mundo econômico da Alemanha. E é também o centro cultural do país. Ao lado da Ópera famosa, Frankfurt se orgulha de seus mais de 25 museus ao longo do rio Meno.

A Festa dos ×Museus acontece neste ano, entre 29 e 31 de agosto. É um dos festivais mais importantes e maiores da ×Europa, recebendo mais de 3 milhões de visitantes, quando os museus permanecem abertos até altas horas da noite e as ruas em frente ficam lotadas de gente animada, nas barracas e palcos que ampliam as chances de curtir os últimos dias de calor.

Todos os anos é escolhido um país anfitrião. Em 2013 foi a vez do ×Brasil, neste ano será destaque a Finlândia. Então, Tervetuloa – Bem-vindo à Terra dos Contrastes.

PONHA UM CARRÃO NAS SUAS FÉRIAS
Se o seu sonho é o de dirigir uma Ferrari 458 Italian Spider, uma McLaren MP4 – 12 C ou um Porsche 911 Turbo, é fácil realiza-lo. A Waldorf Astoria Hotels & Resorts lançou ontem um programa – “Driving Experiences”- em seis cidades onde estão alguns dos seus 29 hotéis. O programa é orientado por Didier Theys, piloto belga de corrida profissional de classe mundial.

As seis propriedades ×Waldorf Astoria escolhidas foram em Utah (30 de setembro a 5 de outubro), Palm Springs, Califórnia ( 15 a 20 de outubro), Scottsdale, Arizona ( 24 a 29 de outubro), Nova Orleans, Louisiana (6 a 11 de novembro), Boca Raton, Flórida ( 14 a 19 de novembro), Phoenix, Arizona (2 a 7 de dezembro). Veja em www.waldorfastoria.com/drivingexperiences.com

TAM VOA BARATO PARA OS USA
Vários destinos nos Estados Unidos, incluindo os preferidos dos brasileiros, Miami e Nova Yorka, fazem parte da campanha Tam, que termina 21 de agosto, com passagens mais em conta saindo de várias cidades brasileiras. Miami, partindo do Rio de Janeiro, tem bilhete aéreo de ida e volta por 1.893 reais. São Paulo-Nova York, 2.116 reais. O período das viagens deve ser de 20 de outubro (ida) até 10 de dezembro (volta), com permanência mínima de 7 dias. O resgate de pontos Multiplus é de no mínimo 70 pontos. Veja no www.tam.com.br

NOVO TÚNEL
Se for para Miami, saiba que o túnel do Porto de Miami já foi aberto ao público. Com cerca de 16 mil veículos trafegando pela nova estrutura diariamente. O túnel oferece acesso direto entre o porto e as rodovias 1-395 e 1-95, como alternativa nova, além da entrada da Ponte do Porto.

O Porto de Miami é o número 2, maior gerador econômico da comunidade e vai melhorar o fluxo de veículos no centro de ×Miami, reduzindo o número de caminhões de carga e carros de cruzeiros na área que cerca a região central da cidade.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.bemparana.com.br/noticia/343036/frankfurt-do-vinho-de-maca-a-noite-dos-museus

Palatnik e seus seguidores: BH recebe exposição do “pai da arte cinética no Brasil”

Desde quarta feira (13), a capital mineira recebe 13 obras daquele que é considerado o “pai da arte cinética no Brasil”, o potiguar Abraham Palatnik. Mas não só.


“Balão Foguete”, de Deneir
A exposição “Cor, Luz e Movimento” – que integra as ações do Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes e que entra em cartaz na Galeria do Centro Cultural Minas Tênis Clube – abarca, ainda, 40 obras de 14 artistas que têm seu trabalho inspirado nas criações do “mestre”: Ana Linnemann, Arthur Amora, Braga Tepi, Bruno Borne, Carlos Krauz, Carlos Pertius, Claudio Alvarez, Deneir, Eduardo Coimbra, Emygdio de Barros, Fernando Diniz, Luiz Hermano, Robson Macedo e Wagner Malta Tavares.

À frente da curadoria está Marcos de Lontra, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte e ex-diretor do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Brasília e do Recife.Pioneiro

Pioneiro da Arte Cinética no Brasil, Palatnik criou objetos que exploram efeitos visuais por meio de engrenagens delicadas e movimentos físicos.

Engenheiro de formação, o artista sempre tratou de projetar e construir suas obras associando minúcias matemáticas a um senso estético e plástico extremamente apurado.

Na década de 1950, período em que atuou como designer de móveis, Palatnik passou a unir a estética à tecnologia. Foi a partir daí que o movimento e a luz foram reunidos e ganharam corpo físico.

Naquele momento, o artista passou a dar início a trabalhos com potencial visual e poético até então jamais discutidos no cenário das artes nacional. Nasceram, então, obras como as da série “Relevos Progressivos e as Progressões” e o aclamado “Cinecromáticos”.

Agora, o belo-horizontino tem a oportunidade de ver um recorte muito peculiar – e importante – dessas experimentações que travaram um embate (ou uma junção) da luz e do movimento.

“Cor, Luz e Movimento” – Desta quarta ao dia 28 de setembro. Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube (rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Horário de funcionamento: terça a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos e feriados, das 11h às 19h. A entrada é franca.
À frente do seu tempo, Palatnik revolucionou a arte com sua identidade
Artista cinético, pintor, desenhista. Todos os trabalhos do octogenário Abraham Palatnik – e dos artistas que o seguem – expostos em Belo Horizonte vêm do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, onde passaram por temporada expositiva.Assinando a expografia, Marcio Gobbi não esconde a dificuldade em trabalhar com arte moderna, “projetos que subvertem o conceito tradicional de exposição”.

Para BH, a promessa dele é trazer uma montagem neutra, embora penetrante. “É bom quando o público se sente acolhido a ponto de não perceber o trabalho que tive para deixar o espaço dessa maneira. Acredito que a melhor expografia é essa: quanto mais invisível, mas presente estou”.

Destaca-se que “Cor, Luz e Movimento” celebra dez anos do Prêmio Marcantonio Vilaça – um dos mais importantes do país. O curador da exposição, Marcus de Lontra, associa o nome de Palatnik a figuras como Amilcar de Castro (1920–2002) e Lygia Clark (1920–1988).

“A partir dele nasceu uma escola que sequer havia sido imaginada no mundo. Ao observar a exposição, o público poderá facilmente encontrar pontos em comum de obras dos ‘alunos’ com o conjunto de trabalho de Palatnik. No entanto, essa mesmas obras não estabelecem diálogo umas com as outras. Elas bebem na mesma fonte, mas são completamente distintas, comprovando que a escola do artista tem várias vertentes: seja popular, seja tecnológica”, explica o curador.

Da história de Palatnik, Lontra conta que muito antes de “criar” a Arte Cinética o artista era um pintor tradicional – até descobrir pessoas que pintavam melhor do que ele.

“Há relatos de que teria dito que não podia competir com tanto talento – era preciso criar algo novo. Palatnik é, seguramente, o retrato de um homem que, sobretudo, não se deu por vencido. A partir da adversidade, ele inventou novos caminhos para a arte e reinventou a própria identidade”.“Cor, Luz e Movimento” no Centro Cultural Minas Tênis Clube (r.da Bahia, 2.244). Terça a sábado, das 10 às 20h. Domingo e feriado, das 11 às 19h. Até 28/9
Um bom motivo para ir a SP
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) recebe até dia 15 a maior mostra já realizada com obras de Palatnik. Batizada “A Reinvenção da Pintura”, a exposição conta ainda com “Diálogos” – mostra paralela que reúne 39 obras de 26 artistas que ampliaram o conceito do mestre.
 
fonte: Clarissa Carvalhaes @edisonmariotti #edisonmariotti http://bibliobelas.wordpress.com/2014/08/20/palatnik-e-seus-seguidores-bh-recebe-exposicao-do-pai-da-arte-cinetica-no-brasil/

Grandes Creadores de Museos


“En algún lugar, algo maravilloso está esperando a ser descubierto”. Carl Sagan


Francisco I de Medici por Bronzino

Francisco I de Medici / Museo Galería Uffizi

Creador de la galería de los Uffizi que fue construida en 1581. Poco interesado en la política, Francisco se dedicó más a las ciencias, a la investigación, a la alquimia, a la arquitectura y a la decoración. Inició la construcción de un estudio de cuadros y oficios, a la que llamó «studiolo». Realizado de 1570 a 1572 bajo la dirección de Giorgio Vasari y según el proyecto de Vincenzo Borghini, este pequeño museo de estudio típicamente manierista lo llenó con sus obras preferidas en el interior del Palazzo Vecchio de Florencia. Era un símbolo esotérico de los cuatro elementos: el arte, la naturaleza, el tiempo y el hombre. Amplió y embelleció la Villa Médici a fin de guardar allí su espléndida colección de esculturas clásicas, antes de ser trasladadas a la Galería de los Oficios. Por no disponer de descendencia masculina, al morir fue sucedido por su hermano menor, Fernando I de Médici, III gran duque de Toscana.


Julio II por Rafael

Papa Julio II / Museos Vaticanos

Los orígenes de estos museos se remontan a 1503, año en que el recién nombrado Papa Julio II donó su enorme colección privada de arte. Desde ese momento, tanto familias particulares como otros papas han ido aumentando la colección de los museos hasta convertirla en uno de los museos más grandes del mundo. Actualmente los Museos Vaticanos reciben más de 5 millones de visitantes anuales, aunque sin duda, una de las razones de esta afluencia es que constituyen la puerta de entrada a la Capilla Sixtina.


Catalina II La Grande

Catalina II de Rusia / Hermitage

La historia del Hermitage se inicia realmente con Pedro el Grande, cuando adquirió varias obras de arte, entre las que se encontraban David despidiéndose de Jonatan, de Rembrandt y La Venus de Táurida. Pero se considera que el museo nació oficialmente en 1764, cuando un comerciante berlinés envió 225 cuadros a Catalina II en pago de unas deudas. Al recibirlos Catalina quiso que su galería no fuera superada por las colecciones de otros monarcas y comenzó a comprar casi todo lo que se vendía en subastas europeas.


El Juramento de la Asamblea General

Asamblea Nacional de Francia (1793) / Museo del Louvre

Durante la Revolución Francesa, la Asamblea Nacional decretó que el Palacio del Louvre se debía utilizar como museo para exhibir las obras maestras de la nación. El museo se inauguró el 10 de agosto 1793 con una exposición de 537 pinturas, la mayoría de las obras se confiscaron como propiedades de la Iglesia. Debido a problemas estructurales con el edificio, el museo fue cerrado en 1796 hasta 1801. La colección se incrementó en la época de Napoleón, fue cuando el museo cambió su nombre por el de Musée Napolon. Tras la derrota de Napoleón en Waterloo, muchas de las obras robadas por sus ejércitos fueron devueltos a sus propietarios originales. La colección se incrementó aún más durante los reinados de Luis XVIII y Carlos X, y durante el segundo imperio francés el museo incrementó sus colecciones en 20.000 perezas más. El museo fue creciendo a lo largo de su historia de manera constante a través de donaciones y regalos desde la tercera república. A partir de 2008, la colección se divide en ocho departamentos curatoriales: Antigüedades egipcias; Antigüedades orientales; Arte Griego, etrusco y antigüedades romanas; Arte Islámico; Esculturas; Artes Decorativas; Pinturas; Grabados y Dibujos.

Sir Hans Sloane

Sir Hans Sloane / Museo Británico

El origen del museo se remonta a una colección de más de 80.000 artículos procedentes de la colección privada de Sir Hans Sloane, médico y naturalista. Este médico donó su colección privada al Estado británico según indicaba su testamento del año 1753. La colección incluía 40.000 libros, 7.000 manuscritos, cuadros de Durero, su colección de ciencias naturales y medicina, así como antigüedades de Egipto, Grecia, Roma, Oriente Medio, Extremo Oriente y América. El gobierno británico adquirió esta colección por el precio simbólico de 20.000 libras, importe que se obtuvo mediante una lotería pública organizada por el Parlamento Británico, según muestra su acta de fundación del 7 de enero de 1753. Además, se adquirió la biblioteca de Sir Robert Cotton y la del anticuario Robert Harley.


Fernando VII

Fernando VII de España / Museo Nacional del Prado

El museo fue inaugurado el 19 de noviembre de 1819, bajo el reinado de Fernando VII, con la denominación de Museo Real de Pinturas. Sólo gracias al interés manifestado por Fernando VII y, sobre todo, por su segunda esposa, Isabel de Braganza, se inició, a partir de 1818, la recuperación del edificio, sobre la base de nuevos diseños del propio Villanueva, sustituido a su muerte por su discípulo Antonio López Aguado. El 19 de noviembre de 1819 se inauguraba discretamente el Museo Real de Pinturas (primera denominación del museo), que mostraba algunas de las mejores piezas de las Colecciones Reales españolas, trasladadas desde los distintos Reales Sitios. En este comienzo el museo contaba con 311 cuadros expuestos en tres salas, todos ellos de pintores de la escuela española, aunque almacenaba muchos más. En años sucesivos se irían añadiendo nuevas salas y obras de arte, destacando la incorporación de los fondos del Museo de la Trinidad, creado a partir de obras de arte requisadas en virtud de la Ley de Desamortización de Mendizábal (1836). Dicho museo fue absorbido por el Prado en 1872.


Reina Victoria por Bassano

Reina Victoria de Inglaterra / Museo Alberto & Victoria

Victoria era la hija del Príncipe Eduardo, Duque de Kent y Strathearn, el cuarto hijo del rey Jorge III. Cuando el Rey Jorge III murió en 1820, y Victoria se crió bajo la supervisión de su madre de origen alemán, la princesa Victoria de Sajonia-Coburgo-Saalfeld. Ella heredó el trono a la edad de 18 años, después de que los tres hermanos mayores de su padre habían muerto, sin dejar hijos legítimos herederos al trono. El Reino Unido ya era una monarquía constitucional establecido, en el que el soberano mantuvo relativamente poco poder político directo. En privado, Victoria intentó influir en la política del gobierno y los nombramientos ministeriales. En público, se convirtió en un icono nacional, y se identificó con los estrictos estándares de la moral personal. Fue la promotora de la creación del museo que lleva su nombre y el de su marido el príncipe Alberto Saxe-Coburg y Gotha.

Nathaniel Wallich, litografía de T.H.Maguire

Nathaniel Wallich / Museo de la India

Wallich propuso la formación de un museo en la India (Calcuta) en una carta fechada el 02 de febrero 1814 al Consejo de la Sociedad Asiática. Wallich ofreció sus servicios a la Sociedad y algunos artículos de sus propias colecciones para la creación del museo. La Sociedad apoyó la propuesta y decidió crear un museo nombrando Wallich como comisario general honorario y Superintendente del Museo Oriental de la Sociedad Asiática. Dr. Nathaniel Wallich se hizo cargo del Museo el 1 de junio de 1814. El museo creció rápidamente bajo la guía de su fundador Wallich y con la ayuda de coleccionistas privados. La mayoría de estos contribuyentes eran europeos a excepción de un indio, Babu Ramkamal Sen, inicialmente comenzó como coleccionista asesor y más tarde se convirtió en el primer secretario de la India para la Sociedad Asiática. Wallich no sólo fue el fundador y jefe del Museo de la India, también fue uno de los mayores donantes del museo en sus inicios. Más de ciento setenta y cuatro artículos fueron donados al museo hasta 1816, de los que Wallich donó cuarenta y dos especímenes botánicos.


Edificio Honkan de Tokio

Ministerio de Educación de Japón / Museo Nacional de Japón en Tokio

El Museo Nacional de Tokio (TNM) se estableció en 1872, siendo el más antiguo museo nacional de Japón, y su mayor museo de arte. Nació en 1872, cuando la primera exposición se celebró promovida por el Ministerio de Educación de Japón en el Salón Taiseiden. Este evento marcó la inauguración del primer museo en Japón. Poco después de la apertura, el museo se trasladó a Uchiyamashita-cho (Uchisaiwai-cho actualmente), a continuación, en 1882 se trasladó de nuevo al Parque Ueno, donde se encuentra hoy. Desde su creación, el museo ha experimentado grandes desafíos como el gran terremoto de Kanto en 1923, y un cierre temporal en 1945, durante la Segunda Guerra Mundial. En más de los 120 años de su historia, el museo ha mantenido en gran parte la evolución y la transformación a través de las reformas organizativas y cambios administrativos. El museo pasó por varios cambios de nombre, llamándose el Museo Imperial en 1886 y el Museo Casa Imperial de Tokio en 1900, hasta que se le dio su nombre actual en 1947.

Hoy lo vamos a dejar aquí, pero en el futuro seguiremos hablando de los grandes promotores de los museos del mundo en una serie de entradas, sin fecha. Intentaremos hacerlo cronológicamente y por importancia. Se admiten sugerencias.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti ·

Exposição 'Visões na Coleção Ludwig' reúne clássicos da arte moderna no (CCBB) de Belo Horizonte

Mostra composta por peças doadas pelo casal Peter e Irene Ludwig reúne obras de mestres como Picasso, Andy Warhol e Basquiat



Retrato de Peter Ludwig, de Andy Warhol: planos diagonais coloridos destacam foto do colecionador Peter Ludwig (1925-1996) e Irene Monheim (1927-2010) se conhecem depois do final da Segunda Guerra, em um curso de história da arte, em Mainz (Alemanha). Ele era um jovem dedicado às pesquisas estéticas, que havia sido prisioneiro de guerra nos Estados Unidos. Ela era filha de Leonardo Monheim, um dos empresários mais conhecidos da indústria do chocolate. Casaram-se e Peter assumiu a direção da fábrica do sogro, dando vazão ao gosto pelas artes, se dedicando a formar uma coleção. As primeiras aquisições são de arte antiga, mas logo o casal faz opção pelo período moderno, voltando-se para a produção que surgiu a partir dos anos 1960.

Há quem diga que nos anos 1970 o casal chegou a adquirir uma obra por dia. O legado de Peter e Irene é coleção com mais de 20 mil peças – estima-se que pode ser muito mais –, hoje abrigada em mais de 20 instituições do mundo, a maior parte concentrada no Museu de Colônia (Alemanha). Um pouco dessa história, representada por cerca de 70 obras doadas pelo casal ao Museu de São Petersburgo (Rússia), poderá ser vista a partir de amanhã na exposição Visões na Coleção Ludwig, com curadoria de Joseph Kiblitsky, Evgenia Petrova e Ania Rodriguez. Estão na mostra trabalhos de autores ilustres, modernos e contemporâneos, entre eles Picasso, Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat. Mas também autores pouco conhecidos, como os artistas russos dos anos 1980.



Pablo Picasso, artista preferido de Ludwig, está representado na mostra com a pintura 'Cabeças grandes' “Mesclar criadores consagrados com outros pouco conhecidos é uma marca da coleção”, avisa a curadora Ania Rodriguez, lembrando que o casal apoiou e incentivou autores pouco conhecidos, que só mais tarde se tornaram importantes. “É exposição heterogênea no que diz a respeito às tendências artísticas, diversa na origem dos criadores e híbrida em suas direções”, explica. E, por isso mesmo, o público pode curtir as obras à vontade. “O importante é ir com a mente limpa, sem preconceitos, para se deixar seduzir para os diálogos que a exposição propõe”, observa Ania. A curadora acrescenta ainda que é oportunidade para especular sobre gosto, desejos, opções e papel dos colecionadores.

A mostra destaca os estímulos que motivaram as aquisições do casal. A presença de obra de Picasso registra a grande paixão de Peter Ludwig – a coleção dele é considerada a terceira mais importante do mundo sobre o artista espanhol. “Foi a admiração pelo pintor que levou Peter Ludwig a focar a coleção em ponto específico, a arte contemporânea, e voltar-se para a arte do seu tempo. Ele viu em Picasso a sensibilidade de uma época e capacidade da arte de ser uma visão do mundo, no caso do artista, do século 20”, explica a curadora. E a coleção dedicada à arte moderna, com obras doadas a instituições que tinham poucos trabalhos desse momento, é aspecto que faz o prestígio da coleção.

Um dos setores mais famosos da Coleção Ludwig é o dedicado à pop-art, em especial a feita pelos artistas Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselmann, Claes Oldenburg e Robert Rauschemberg. “Foi aposta em arte inovadora, em momento que ela ainda não era reconhecida pela crítica e pelo público”, conta Ania Rodriguez. O casal Ludwig não só adquiriu obras da turma, como realizou exposições divulgando os trabalhos. “A interação com o grupo pop despertou o interesse por jovens artistas, inclusive apresentando a obra deles ao lado de autores consagrados, o que acabou se tornando marca da coleção”, acrescenta.

Um terceiro setor, presente na exposição, fundamental na coleção formada pelos Ludwig, é o neoexpressionismo. Jovens pintores que marcaram a cena dos anos 1980, entre eles George Baselitz, Markus Lupertz e Anselm Kiefer. “Como alemão, ele valoriza a arte de seu país, em especial a que busca a recuperação de uma história que supere o trauma histórico do nazismo”, observa a curadora. Passo importante, observa Ania Rodriguez, foi os colecionadores passarem a adquirir arte de lugares fora dos centros internacionais, como a Rússia, por exemplo. O casal compra não só obras modernas históricas dos anos 1920, como também dos construtivistas, mas também a produção dos anos 1980.

“Para Peter Ludwig, arte é forma de comunicação entre os povos, criação de pontes entre culturas diferentes e um modo de entender o mundo”, explica Rodriguez. A transferência das peças para museus, em 1976, foi consequência natural e solução prática para guardar o acervo, quando o volume já ocupava todas as residências e propriedades da família. Processo que veio a partir de acordos de empréstimos com várias instituições, que mais tarde se tornaram doações. A coleção continua crescendo, mas para a curadora está posto um desafio: “Deixar a coleção paralisada, objeto de estudo sobre rica experiência de colecionismo, ou fazê-la crescer com acréscimo de novos artistas?”.



Em 'Ruínas', Roy Linchtenstein mistura temas da Antiguidade com técnicas das histórias em quadrinhos Pintura A mostra traz grande número de pinturas, que sinalizam diálogos entre modernos e contemporâneos, registrando personagens e cenários cotidianos. “Considero que a pintura é importante para a arte contemporânea como foi para o século 20. Há, no início dos anos 1960, o momento minimalista e conceitual, mas seguido por retomada da pintura, o que para mim é necessidade de equílibrio de linguagem. O que o contemporâneo, os ‘neos’ e ‘pós’, têm feito é reciclar tradições com enfoque mais conceitual. O que me encanta neste caminho é como se consegue visão nova,em momento que parece que tudo já foi feito e dito”, analisa a curadora Ania Rodriguez.

Uma coleção e muitos museus

O Sistema Internacional de Museus Irene e Peter Ludwig tem como ponto de partida a criação, em 1976, de uma instituição em Colônia, na Alemanha, aberta ao público em 1986. É formado hoje por mais de 20 museus públicos, que exibem peças emprestadas ou doadas da coleção, em alguns casos alas inteiras de instituições, suprindo lacunas de acervos.

Doze deles, incluindo o de São Petersburgo, levam o nome de Irene e Peter Ludwig. Os de Colônia, Aschem, Viena, Budapeste, São Petersburgo e Pequim são dedicados à arte contemporânea. Nos chamados “museus dentro dos museus”, peças adquiridas pelo casal complementam lacunas existentes nas instituições. “Quando viajava, o casal observava também o que o museu não tinha e procurava ajudar com doações”, observa Ania Rodriguez.

Visões na coleção Ludwig
Pintura, escultura, foto e impressões. Obras de Picasso, Andy Warhol, Jean-Mitchel Basquiat, Jeff Koons, Jasper Johns, Gerhard e Richter, entre outros. A partir de quarta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil, Praça da Liberdade, 450, Funcionários. Todos os dias, exceto às terças-feiras, das 9h às 21h. Até 20 de outubro. Entrada franca.
 
 
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/arte-e-livros/2014/08/19/noticia_arte_e_livros,158479/exposicao-visoes-na-colecao-ludwig-reune-classicos-da-arte-moderna-n.shtml