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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Fotografias de Edgar Martins com objetos pessoais de astronautas em museu britânico

Objetos pessoais usados por astronautas nas missões ao espaço vão estar expostos em conjunto com fotografias do português Edgar Martins sobre a Agência Espacial Europeia, a partir de sábado, no museu Wolverhampton Art Gallery, no Reino Unido.


Um cubo Rubick, um manual de bordo anotado ou cartões Pokemon foram objetos que os astronautas levaram nos seus "kits" pessoais, adiantou à agência Lusa o fotógrafo, responsável pelo primeiro trabalho artístico sobre a ESA.

"No fundo, [são] objetos cruciais à missão do astronauta e outros menos sérios mas que têm um valor simbólico importante", explicou.

A exposição, que permanece até 02 de maio, incluirá ainda objetos testados nos laboratórios da ESA.

No próximo dia 13 de março, o astronauta Jean-François Clervoy estará presente para uma palestra em conjunto com Edgar Martins, que incluirá projeções audiovisuais.

Embora tenha sido em Londres, que o português mostrou pela primeira vez, em público, este projeto, em abril do ano passado, a mostra regressa agora ao Reino Unido com um maior número de obras (35) - à semelhança do que aconteceu em Lisboa, no verão passado -, e terá, pela primeira vez, um formato multimédia.

Intitulada "The Poetic Impossibility to Manage the Infinite" ("A impossibilidade poética de controlar o infinito"), a exposição em Wolverhampton, "onde está localizada muita indústria aeroespacial e universidades e colégios de renome, teve um período de gestação de quase quatro anos", revelou o artista português.

As imagens, captadas entre 2012 e 2013, documentam desde centros de treino e fatos de astronautas a departamentos de robótica, laboratórios de propulsão a jato, simuladores espaciais, plataformas de lançamento, componentes tecnológicos, satélites e outras salas e equipamentos, sempre vazias de pessoas.

Edgar Martins teve acesso privilegiado a edifícios da ESA e a empresas parceiras em 15 localizações diferentes espalhadas pelo mundo, do Reino Unido à Holanda, França, Alemanha, Espanha, Itália, Cazaquistão ou Guiana Francesa, dando assim a conhecer instalações e equipamento normalmente fechados ao público.

Com este projeto, como referiu à Lusa no ano passado, o autor quis elaborar, "ao mesmo tempo, reflexões acerca das novas políticas de exploração espacial, bem como acerca do impacto deste tipo de aplicação tecnológica na nossa consciência social".

O trabalho, que também deu origem a um livro, já esteve exposto em França e na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, de junho a setembro de 2014, e tem escalas programadas na Irlanda do Norte, Alemanha, Japão e EUA.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=802868&tm=4&layout=121&visual=49

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