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domingo, 31 de maio de 2015

Em reforma, museu arqueológico de Rio das Ostras, em Rio das Ostras, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, Brasil, está fechado há 4 anos

Instituição: 
O objetivo do museu é apresentar a cultura do homem sambaquiano que habitou a região de Rio das Ostras há cerca de 5500 anos enfocando sua distribuição espacial, suas características biológicas e o método de trabalho adotado pelos arqueólogos na pesquisa de campo.

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É um dos poucos museus de arqueologia “in situ” do Brasil, ou seja, o material que está exposto permanece da forma como foi encontrado. O Sítio Arqueológico foi mapeado em 1967 por pesquisadores do Instituto de Arqueologia Brasileira que realizavam o Programa Litoral Fluminense, no âmbito do projeto maior denominado Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA) patrocinado pelo Smithsonian Institution e realizado com autorização e apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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Posteriormente, foram realizadas escavações no local e encontradas vinte e uma ossadas da quais quatro estão expostas. Estas ossadas eram de indivíduos de grupos sambaquieiros que ocuparam a região do litoral fluminense há mais de 7.000 anos atrás.

O Sambaqui como Unidade Social

A unidade social representada pelos sambaquis pode ser identificada através da caracterização de um “sítio”, espaço diferenciado que, pelo seu volume, destaca-se na paisagem.


No sambaqui, ocorre a associação espacial de três importantes domínios da vida cotidiana: o espaço da moradia, o local dos mortos e o de acumulação de restos faunísticos relacionados com a dieta de seus construtores.

O sambaqui era um lugar particular, resultado da concentração de material orgânico que certamente tinha implicações no desenrolar do dia-a-dia. Estes “sítios” constituem um lugar peculiar, construído principalmente com conchas de moluscos e apresentando condições especiais no que se refere a textura, relevo e odores.

O Museu Sambaqui da Tarioba apresenta instigante material com vestígios da mais remota ocupação populacional que se tem notícia na região. Trata-se de acervo importante para pesquisas sobre a relação do homem com o território fluminense.

O museu divide o espaço com a Casa de Cultura Bento da Costa Júnior também sediada no local.


Local guarda vestígios históricos, mas não pode ser visitado.
Direção do museu deu prazo de 15 dias para a reabertura.


O Museu Arqueológico Sambaqui da Tarioba em Rio das Ostras, Região dos Lagos do Rio, está fechado há quatro anos, desde que iniciou reformas. O local guarda vestígios históricos da região e podia ser visitado por turistas, historiadores e estudantes em excursões. Os grupos pedem a reabertura do patrimônio histórico e artístico na Região dos Lagos do Rio.

A reforma está orçada em pouco mais de R$ 72.500. De acordo com informações da placa referente a essa intervenção, ela deveria durar apenas 120 dias. Nenhum dos arqueólogos que trabalham no sítio quis ser entrevistado e também não souberam explicar o porquê da demora, mas, segundo um deles, a ideia era inaugurar já na próxima semana, mas problemas com um dos fornecedores atrasou mais uma vez essa entrega.

Em nota, a Fundação Rio das Ostras de Cultura informou que as obras do museu arqueológico foram, na prática, concluídas e que o espaço vai ser reinaugurado até o dia 15 de junho. A fundação explicou ainda que teve que estender o prazo de reabertura por conta do processo de revitalização técnica. Segundo eles, resta agora concluir a parte burocrática, a pintura e a organização de peças e materiais.

Sobre o museu
O museu fica, desde 1997, na Casa da Cultura da cidade, ao lado da Concha Acústica da Praça São Pedro. Ele é o único museu arqueológico do país em que as escavações estão abertas pra visitação. Os fragmentos, ossadas e outros fósseis que estão no local contam a história dos homens que habitaram a região há 5 mil anos. A expressão sambaqui se refere ao monte de conchas encontradas no local e tarioba é o tipo de concha que mais foi encontrado. Os primeiros vestígios de sambaqui nesse local foram encontrados em 1967, mas as escavações só aconteceram 30 anos depois com a criação do museu.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2015/05/em-reforma-museu-arqueologico-de-rio-das-ostras-esta-fechado-ha-4-anos.html

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