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domingo, 31 de maio de 2015

O Museu Nacional de Arqueologia "Instituição centenária da Cultura Portuguesa" -- The National Museum of Archaeology, "A centenary institution of Portuguese Culture"


O actual Museu Nacional de Arqueologia (MNA) foi fundado em 1893 pelo Doutor José Leite de Vasconcelos (e daí a designação oficial mais completa do Museu, conforme publicação em “Diário da República”: Museu Nacional de Arqueologia do Doutor Leite de Vasconcelos). Em mais de um século de existência este Museu constituiu-se na instituição de referência da Arqueologia Portuguesa, com correspondência regular com museus, universidades e centros de investigação em todo o Mundo.

 O acervo do Museu reúne ascolecções iniciais do Fundador e de Estácio da Veiga. A estas somaram-se numerosas outras, umas por integração a partir de outros departamentos do Estado (por exemplo: colecções de arqueologia da antiga Casa Real Portuguesa, incorporadas no Museu após a implantação da República; colecções de arqueologia do antigo Museu de Belas Artes, incorporadas quando se criou o actual Museu Nacional de Arte Antiga; etc.), outras por doação ou legado de coleccionadores e grande amigos do Museu (por exemplo: doações Bustorff Silva, Luís Bramão, Samuel Levy, etc.), outras mercê da intensa actividade de campo do próprio Museu ou de outros arqueólogos; outras ainda por despachos governamentais, ao abrigo da legislação aplicável, sempre que se considere o valor nacional de bens arqueológicos descobertos no País. 

Para além das exposições, o Museu oferece à sociedade (portuguesa e estrangeira) números outros serviços: edição regular de publicações (de que sobressai a revista científica “O Arqueólogo Português”, editada desde 1895 e a mais importante do seu género em Portugal e com uma rede de mais de 300 instituições correspondentes em todo o Mundo), conservação e restauro de bens arqueológicos, seminários, conferências e cursos da especialidade, serviço educativo e de extensão cultural, biblioteca especializada (a mais importante em Portugal e a única que hoje continua regularmente aberta ao público no conjunto dos museus nacionais), loja e livraria, investigação científica fundamental, etc. Concebido pelo Fundador para ser uma espécie de “Museu do Homem Português”, o MNA continua hoje com a mesma vocação básica, ou seja, contar a história do povoamento do nosso território, desde as origens até à fundação da nacionalidade. 

É a única instituição em Portugal capaz de o fazer: pelas colecções de que dispõe, pelos recursos técnicos que possui, pelo próprio espaço que ocupa no Mosteiro dos Jerónimos (verdadeiro centro de confluência de nacionais e estrangeiros, com especial relevo para as escolas do País, que anualmente ocupam plenamente a capacidade do serviço educativo do Museu).



Exposição “Quem nos escreve desde a Serra" no Museu Nacional de Arqueologia

Museu Nacional de Arqueologia

Inaugura no dia 30 de maio, às 21h00, na Entrada do Museu Nacional de Arqueologia a Exposição de Arqueologia,Quem nos escreve desde a Serra

Esta exposição de rua itinerante sobre as estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro, organizada pelo Museu Nacional de Arqueologia, da Direcção Geral do Património Cultural, pela Câmara Municipal de Loulé, pelo Projecto ESTELA, com a colaboração do Projecto EUROVISION estará patente ao público até ao dia 27 de setembro. 

Durante a inauguração haverá lugar a uma abordagem contemporânea do tema pelos artistas plásticos El Menau e Ângela Menezes através da apresentação de uma pintura mural sobre o tema. Esta última irá também revelar uma instalação contemporânea no espaço contíguo à exposição.

A escrita do Sudoeste é a voz que nos aproxima dos pensamentos e modos de vida do passado, um dos mistérios e um dos maiores tesouros da arqueologia europeia, uma realidade arqueológica de cariz excecional, uma imagem de marca da serra que divide o Alentejo e o Algarve e um símbolo privilegiado da herança histórica da região. Ela é, afinal, a primeira manifestação, bem caracterizada, de escrita da Península Ibérica e uma das mais antigas da Europa e que está, ainda hoje, por decifrar.

A exposição está concebida para mostrar como este fenómeno resulta de um processo histórico e patrimonial e vai interagir com o espaço público. Localizada na entrada do Museu Nacional de Arqueologia, após mais de dois séculos de investigação sobre o tema, a exposição apresenta conteúdos escritos devidamente ilustrados e está organizada para dar a conhecer este período, a escrita do Sudoeste, onde habitavam e como viviam e morriam essas comunidades, os investigadores, os conjuntos de estelas conhecidos em Loulé e a importância do Museu Nacional de Arqueologia na preservação e investigação destes materiais arqueológicos.

Os conteúdos são sucintos e concentrados na transmissão das ideias principais, num discurso contemporâneo e criativo que satisfaz mais do que um tipo de visitante, ou seja, é transversal nas faixas etárias, no nível de conhecimento e nos graus de interesse. Assegurou-se ainda que a exposição não tem constrangimentos de acessos e horário, proporcionando ao visitante uma curta duração no tempo de visita. Refira-se ainda que esta é bilingue (português e inglês), permitindo uma compreensão dos conteúdos por visitantes além-fronteiras.

No âmbito da inauguração desta exposição também haverá uma evocação dos 35 anos da exposição "A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e cultura", então organizada por Caetano de Mello Beirão e Mário Varela Gomes, inaugurada em 1980 neste Museu. Exposição que, por um lado, reuniu o maior conjunto de estelas e as relacionava com os sítios arqueológicos, tendo servido de base a importantes estudos sobre os problemas e o sistema desta escrita. E por outro, apresentou alguns dos objectos mais emblemáticos ligados à investigação sobre a escrita do Sudoeste e à Idade do Ferro que se encontram depositados no Museu Nacional de Arqueologia.

Durante os meses de exibição da exposição haverá lugar a um extenso planto de actividades onde se incluem a apresentação da exposição no Programa “Encontros com o Património” da estação de rádio TSF, a apresentação de um documentário sobre a evolução que houve sobre o tema, um concurso literário, um ciclo de debate cientifico sobre o tema, a apresentação de uma estela com escrita do Sudoeste, visitas guiadas, regulares e diversificadas actividades infanto-juvenis e muitas outras. 

A exposição conta ainda com o apoio da Direção Regional de Cultura do Alentejo, da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Junta de Freguesia do Ameixial, da Junta de Freguesia de Belém, da Junta de Freguesia de Benafim, da Junta de Freguesia de Salir, do Museu Municipal de Faro, da Direção Geral do Património Cultural e da Lusitânia Seguros, S.A..



fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.museuarqueologia.pt/


Vídeo da execução da exposição



Conteúdos da exposição





--in
Today’s National Museum of Archaeology (MNA) was founded in 1893 by Dr. José Leite de Vasconcelos (therefore the more complete official designation of the Museum, as published in "Diário da República": Dr. Leite de Vasconcelos’National Museum of Archaeology). In more than a century of existence this Museum became a reference institution of Portuguese archaeology, with regular correspondence with museums, universities and research centres all over the World.
The Museum’s collections gather the Founder’s first collections and those of Estácio da Veiga. Many other have been added, some come from other State departments (for example: archaeology collections of the old Portuguese Royal House, integrated in the Museum after the settlement of the Republic; archaeology collections of the former Beaux Arts Museum, incorporated when today’s National Museum of Ancient Art was created; etc.), another ones come from donations or legacies of collectors and devoted friends of the Museum (for example: donations Bustorff Silva, Luís Bramão, Samuel Levy, etc.), others come from the intense field work activity developed by the Museum or by other archaeologists; another ones from government dispatches, within the law, whenever archaeological finds in the Country are thought of national value.
Besides the exhibitions, the Museum offers society (Portuguese and foreign) several other services: regular publications (of which stands out the scientific journal “O Arqueólogo Português” - “The Portuguese Archaeologist”, published since 1895 and the most important of its type in Portugal with a net of over 300 correspondent institutions throughout the World), the conservation and restoration of archaeological artefacts, seminars, conferences and courses of the speciality, an educational and cultural extension service, a specialized library (the most important in Portugal and the only one which, nowadays, continues regularly open to the public, among the national museums), a shop and a bookshop, fundamental scientific research, etc.
Conceived by its founder to be a kind of "Museum of the Portuguese Man", the MNA still follows the same basic vocation, that is, to account for the history of the settlement of our territory, from the beginning to the foundation of the nationality. It is the only institution in Portugal capable of doing it: because of its collections, its technical resources, its location in the Jerónimos Monastery (actual meeting point of nationals and foreigners), with special prominence to the schools from across the Country, which fully occupy the Museum's education department, yearly.

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