Ouvir o texto...

sábado, 23 de abril de 2016

Le Musée national des beaux-arts du Québec fait sa cour à New York

C’était soir de primaires démocrate et républicaine à New York, mais pour le Musée national des beaux-arts du Québec (MNBAQ), c’était soir de première. Jamais l’établissement québécois n’avait opéré une campagne de séduction en dehors de ses frontières. 


Du haut de la résidence du délégué général du Québec à New York, Jean-Claude Lauzon, on peut apercevoir le jardin de sculptures du MoMA. C’est sur ce décor très new-yorkais que Line Ouellet, la directrice du MNBAQ, présentait, à un parterre de journalistes locaux, le nouveau pavillon Lassonde, à être inauguré le 24 juin. 

« L’hommage à Rosa Luxembourg, de Jean-Paul Riopelle, leur disait-elle, fait 14 mètres de long et sera placé dans le corridor souterrain. Ce corridor n’est pas qu’un lieu de passage entre les vieux bâtiments et le nouveau, il sera la destination. » 

Dans l’auditoire s’entremêlaient des plumes du New York Times, du Wall Street Journal, de The Economist, mais aussi de médias spécialisés en architecture, en tourisme, en design. 

Une telle soirée a été possible parce que le pavillon de 103, 4 millions a été conçu par OMA, l’agence du starchitecte néerlandais Rem Koolhaas. Un concours international avait mené en 2010 au choix du projet du bureau new-yorkais d’OMA, dirigé par le Japonais Shohei Shigematsu. 

« Ce fut un concours presque trop dur, admettait Shigematsu, sourire en coin. La clé[de notre succès] aura été de montrer qu’il ne s’agit pas seulement d’un agrandissement de musée. Le parc et la ville s’agrandissent aussi. » 

Photo: Iwan Baan Copyright OMALe nouveau pavillon sera inauguré en juin.


Permettre de rêver 

Pour Jean-Pierre Dion, directeur des services culturels à la Délégation du Québec, ce projet architectural « unique » permet de rêver. « On ne s’invite pas à New York, New York décide si vous êtes intéressant, dit-il. Le musée a eu du pif. Shohei Shigematsu est un architecte qui monte. Le musée Met’s vient de le choisir pour qu’il transforme une de ses salles [l’expo de costumes Manus x Machina]. Soyons fiers de ça », dit-il. 

Line Ouellet ne s’en cache pas : le MNBAQ mise sur la réputation d’OMA pour faire parler du Québec. « On veut une couverture internationale, c’est très clair, disait-elle, en entrevue. On commence le bouche-à-oreille, on fait tourner la roue. Mais avoir la couverture internationale, c’était l’objectif en faisant un concours international. » 

« On a consulté nos collègues à l’étranger qui ont ouvert des musées récemment, le Whitney, le New Cooper Hewitt, le Rijkmuseum, poursuivait-elle. Dans leur stratégie, l’idée est de réseauter au maximum pour attirer des clientèles en dehors de leur propre population. » 

Line Ouellet ne veut pas chiffrer ses attentes, mais l’objectif est de dépasser les 275 000 visiteurs annuels, notamment par un taux plus grand que les 12 % actuels qui proviennent de l’étranger. Le temps dira si l’effet OMA se concrétisera, mais la rencontre plutôt décontractée de mardi semble avoir donné une première réponse positive. 

Accueil prudent 

Les convives interpellés n’étaient pas prêts à se prononcer sur la qualité du programme architectural sans l’avoir réellement expérimenté. Dan Rubinstein, éditeur àDepartures, un « magazine de luxe dédié au meilleur du voyage », estime cependant que ce projet gagne à être connu par ses lecteurs. 

Josephine Minutillo, rédactrice principale à Architectural Record, qualifie pour le moment le projet de superbe (« smart »), « parce que c’est une superbe firme, une des cinq meilleures au monde ». Elle assure avoir en tête un séjour à Québec tôt en juin pour publier dès juillet, « avec un peu de chance ». 

David G. Imber, de Brutus Casa, une publication en japonais consacrée au design, a des souvenirs d’enfance de Québec et est très impatient de voir comment l’édifice transformera la ville. Il le compare d’emblée à l’agrandissement du Nelson-Atkins Museum of Art, à Kansas City, signé par l’architecte Steven Holl. « Le musée était aussi un vieux bâtiment beaux-arts, dit-il. Holl a réussi à lui donner un visage contemporain. C’est un peu la même manière de penser. » 

Pour Québec, le pavillon Lassonde sera un « produit phare », selon les termes de Line Ouellet. Pour l’antenne new-yorkaise d’OMA, l’édifice a déjà été sa planche de salut. Sans ce premier bâtiment réalisé en dehors des États-Unis ou du Japon, le bureau fermait. « Avec la crise de 2008, on n’avait plus rien, dit Jason Long, premier architecte après Shohei Shigematsu. Je ne sais pas où je serais si on n’avait pas gagné le concours. » 

Le 24 juin, assure-t-il, il sera à Québec.



Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

Le French May mostra pintura de Borget em Macau e de Monet em Hong Kong

Uma exposição de grande escala dedicada a Auguste Borget é um dos destaques da edição de 2016 do Festival “Le French May”. O Museu de Arte de Macau vai reunir pela primeira vez, em território chinês, mais de 100 obras emprestadas por museus e coleccionadores privados do pintor que deu a conhecer a China aos ocidentais através do seu traço realista.


Cláudia Aranda

A exposição “Auguste Borget: Um Pintor na costa do Sul da China” vai reunir pela primeira vez no território mais de uma centena de trabalhos do artista francês, provenientes de colecções privadas e de museus franceses, britânicos, de Hong Kong e de Macau.

A mostra é um dos destaques da programação para Macau do Festival de Artes “Le French May”, que este ano se realiza entre 1 de Maio e 30 de Junho. O programa para Macau e Hong Kong foi apresentado ontem em conferência de imprensa.


A exposição está a ser preparada desde 2012, pelo Museu de Arte de Macau e pela representação local da Alliance Française. A ideia de realizar o evento partiu, no entanto, do presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, que também é pintor e um grande admirador de Borget, explicou ao PONTO FINAL Éric Sautedé, vice-presidente do comité executivo da Alliance Française de Macau, entidade que co-organiza o evento.

“Temos alguns trabalhos de Borget no Museu de Arte de Macau e no Museu de Macau, desenhos, esboços, há uma pequena colecção no território e a ideia foi: temos esta colecção, Borget foi um pintor de grande relevo. Para França foi tão importante quanto George Chinnery foi para os britânicos, apesar de não ter estado tanto tempo em Macau como Chinnery, que passou mais de 30 anos na China. Borget esteve 10 meses, mas passou todo o seu tempo a pintar. Ele passou quatro anos a viajar pelo mundo, era realmente um pintor de viagem, e a sua estadia em Macau foi muito importante na forma como ele retratou o dia-a-dia”, explicou Éric Sautedé.

Borget, nascido em 1808 e falecido em 1877, chegou à costa do Sul da China em 1838, passou vários meses a viajar por Hong Kong, Cantão e Macau, permanecendo a maior parte do tempo no território. No regresso a França, em 1840, pintou o Templo de A-Ma numa obra conhecida como “View of the Great Chinese Temple”, apresentada no Salão de Paris e adquirida pelo rei francês, Louis-Philipe.

“Esta pintura enorme nunca foi aqui mostrada”, afirmou Sautedé, adicionando que as obras chegam de instituições como o Museu de Sèvres, o Museu de Châteauroux, os Arquivos Departamentais de l’Indre, o Museu de l’Hospice Saint-Roch d’Issoudun, o Museu de Bourges, a galeria Martyn Gregory em Londres e ainda de coleccionadores privados britânicos, de Hong Kong e de Macau. Esta mostra “vai ser definitivamente, em décadas, a maior exposição de Borget na China”, explicou Sautedé.

Numa época anterior à fotografia, Borget destacou-se como um artista capaz de recriar cenários de forma muito realista. Ao PONTO FINAL Guilherme Ung Vai Meng, explicou que “na Europa, Borget é talvez ainda maior do que Chinnery, ele pintou muitos esboços, os europeus conheceram Macau, Hong Kong, Cantão através do trabalho dele. Além de desenho fez reprodução de gravuras, aguarela e óleo. Sempre disse que Macau é especial, não é Hong Kong, não é Cantão, Macau, que é uma cidade que mistura de um lado o templo, do outro a igreja. Os desenhos dele podem mostrar essas imagens de Macau verdadeiro, antes da fotografia. Esta exposição pode mostrar Macau como era”, disse o presidente do IC, para quem o pintor quando desenha mostra mais mais emoção e sensibilidade do que é perceptível na fotografia.

O “Le French May”, organizado desde 1993, é um festival que promove a arte e cultura francesas em Macau e Hong Kong, oferecendo todos os anos mais de uma centena de eventos entre exposições, bailados, cinema, música e gastronomia. A programação em Macau vai inaugurar com um recital de Michel Dalberto, a 2 de Maio, no Clube Militar.

Macau vai também poder ver a escultura “A Pequena Bailarina de 14 Anos”, de Edgar Degas, uma das 74 peças de bronze que vão estar em exibição no MGM Art Space, a partir de 29 de Abril e até 20 de Novembro.

Destaque ainda para a exibição nos cinemas do Galaxy de oito produções francesas. O filme “April and the Extraordinary World” traz até ao território o realizador Christian Desmares e o director de arte Luciano Lepinay, a 11 de Maio.

Em Hong Kong, a programação é ainda mais rica e extensa. Além de inúmeros concertos, bailados e cinema, o destaque vai para a exposição de Claude Monet, o fundador do impressionismo francês, no Hong Kong Heritage Museum, a partir de 4 de Maio e até 11 de Julho.




Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti


Museos: 10 Nuevas Tendencias de Marketing

Nos sentimos satisfechos comprobando que las estrategias de marketing se van introduciendo en la gestión de los museos de forma progresiva. Eso no quiere decir que podamos celebrarlo aun, queda mucho camino por recorrer sobre todo en lo que tiene que ver con la gestión de los museos locales. En cualquier caso, y sin ánimo de tirar de las orejas a nadie, vamos a comentar lo que consideramos son las 10 nuevas tendencias en la gestión del marketing del museo, aquello que podemos destacar en una lista que hemos redactado para lo que aun nos queda del 2016.

Atlas, Natural Frontier Market

Participar en las grandes ligas.

Los museos más grandes centran su atención cada vez más en las líneas de conexión que existen entre la gestión del marketing del museo y el posicionamiento de la identidad institucional del museo entre el público, como un todo. Creemos que ha llegado el momento de que la gestión de la imagen global sumada a la estrategia de marketing sea aplicada a todos y cada uno de los museos, sin importar su tamaño ni naturaleza de su colección, no sólo en el desarrollo de la estrategia de marketing, sino también en la dirección estratégica total del museo. El futuro de los museos deberá estar centrado en su audiencia potencial, y ¿quién mejor para dirigir los museos del futuro que los profesionales que saben de marketing de audiencias?

Schattdecor



El tiempo de las grandes ideas.

Los presupuestos de los museos caen en picado, por lo que ha llegado el momento de sustituir recursos económicos por los recursos creativos. Pensamos positivamente, que esta presión que nos cae por la bajada de los recursos económicos haga que este 2016 y los siguientes sean años de grandes ideas aplicadas al marketing - el hambre agudiza el ingenio -; nos tenemos que olvidar del agujero, saltar la zanja de lo común y luchar por lo extraordinario. Hay que olvidarse de estar únicamente presentes en Facebook y Twitter, debemos hacer algo diferente usando las redes sociales, tenemos que repensar el marketing que se dirige a todo el mundo y el uso de la segmentación de forma más efectiva. Seguid leyendo, por favor.

Corbis



Debemos ser fanáticos de la efectividad.

La eficacia de la estrategia de marketing del museo debe enfocarse en la consecución de los resultados aplicados al poder de convocatoria de cada institución, es algo que va a ser fundamental obviamente durante este año de crisis y siguientes. Se hace necesario (imprescindible) pedir a todos los involucrados en la gestión de la estrategia de marketing que pongan valor en las actividades y acciones que desarrollen, las difundan bien, y midan los resultados de todo lo hacen.

Goodyear

Crear experiencias que puedan ser compartidas.

El crowdsourcing y la co-creación son trend topics desde 2010, nuevas estrategias que surgen de la observación sobre la tendencia a la baja en la participación de los visitantes en las actividades de los museos. "Crear experiencias que se pueden compartir", es algo de lo que hemos oído hablar en una gran cantidad de conferencias sobre museos en los últimos meses y estamos totalmente de acuerdo con todo. Debemos crear "algo que no me puede perder". Hay que asegurarse de que todo lo que anunciamos online como actividad o acción del museo puede ser compartido en la red, como es un vínculo en Facebook por ejemplo, o lo que también publiquemos en Twitter.

Fowin

Revisiones en tiempo real.

Debemos revisar y analizar en tiempo real lo que la gente está compartiendo en las redes. Nunca hasta ahora las personas han compartido tanta información sobre sus vidas con los demás, incluidos muchos desconocidos, y una gran parte de esta información que publican son comentarios sobre lo que compran, escuchan, ven, visitan, etcétera, influyendo con sus opiniones a otros muchos. Todo lo que el museo publique en la red aparecerá en los resultados de búsqueda de Google, y eso también es muy importante si el museo trabaja bien su SEO con relación a la captación de nuevos usuarios y fidelización de los que ya se tienen. ¿Cómo puede el museo animar a la gente a que publique sus comentarios y compartir sus experiencias con otros desde su website o plataformas de redes sociales? Esa acción es muy importante (ver artículo de ayer).

Notitarde

Escoger un medio y no perder tiempo.

El museo no tiene que estar obligatoriamente en todas y cada una de las redes sociales. Con la experiencia recabada después de analizar lo realizado y habiendo tenido la oportunidad de experimentar, es el momento de dar prioridad a lo que está funcionando para el museo y olvidarse de lo que no funciona tan bien. El museo debe considerar dejar los sitios que no parecen estar añadiendo mucho valor a la consecución de sus objetivos de marketing. No podemos perder el tiempo con lo que no acaba de funcionar.

The Independent Financial Review





Reinventando la impresión.

El museo debe saber que cuenta con un segmento de audiencia (visitantes potenciales) que están motivados para visitar el museo siguiendo una amplia variedad de razones, y muchos de ellos están fuera del alcance de Internet. ¿Hemos pensado en el material impreso como medio para llegar a esa gente? La mayoría de los museos tienden a tener un folleto único y genérico dirigido a todos en masa, pero con la llegada de la impresión digital barata, ¿no ha llegado la hora de segmentar al público y crear boletines dirigidos a cada grupo: escolares, público general, personas mayores, personas con problemas de movilidad...?

Mais

Política.

Hay mucha gente que nos ha estado preguntando acerca de cómo se puede crear una política de medios sociales para su museo. Nosotros creemos que una normalización en la forma en que los museos están utilizando redes como Facebook y Twitter es de esperar, una especie de mecanización en su uso. Esta normalización incluirá el cómo se mide el éxito del museo en relación con su presencia en las redes. Simplificar y emprender las acciones de forma sistemática mejora su efectividad.

Foreign Policy

Optimización de la presencia de los websites de los museos en los smartphones y tabletas. 

La red web móvil, con un muy creciente tráfico de Internet en muchos países del mundo que ya aplican tarifas asumibles por cada vez más gente, con un flujo de datos procedente de los teléfonos móviles-celulares, hace que haya llegado la hora de que los museos comiencen a pensar en una versión de su sitio web que funcione perfectamente en una pantalla más pequeña.

Tigo



Valor.

El concepto de valor aplicado al marketing sigue siendo una gran tendencia en este año y esperamos que esto continúe en los siguientes. Los museos se encuentran en una posición favorable para aprovechar todas las tendencias y estrategias que se están creando para neutralizar una crisis global, sobre la necesidad de promover un valor indiscutible que los museos ofrecen a la sociedad sin abaratar sus marcas, sin abandonar su posicionamiento como ocio útil (imprescindible). Crear valor a veces consiste en copiar bien, acoplar acciones que han conducido al éxito a otros que son como nosotros, pero en la medida de nuestra realidad, no a la de los otros.

ANT




* Algunos archivos multimedia no se muestran en este correo electrónico pero se pueden ver en el sitio web.




Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti


Espacio Visual Europa (EVE)




Arte indígena - Museu Afro Brasil

Meninos eu vi! Por favor, ouçam a voz do timbira, ouçam a voz do guerreiro valente, ouçam a voz do cantor - quando o audaz Marechal Rondon (1865-1958) republicano e abolicionista iniciou seu desbravamento pelas bandas dos “negros da terra”, ele próprio um descendente de indígenas Bororo, Terena e Guará, muito pouco restava ainda daquelas antigas glórias dos “guerreiros valentes”, cantados em Juca Pirama por Gonçalves Dias. 


À luz do extermínio indígena sua arte e cultura material se esvaíram igualmente. Quantos não seriam ou deveriam ser as exposições e museus indígenas Brasil afora? São hoje pouco mais de 900 mil índios que a estatística oficial (Censo do IBGE, 2010) enumera, remanescentes da grande “aldeia” de milhões de indígenas viventes no Brasil de antes de 1500, hoje assimilados ou extintos. Darcy Ribeiro, em 1957 nos alertou que dos 230 grupos étnicos indígenas existentes em 1900, apenas 143 restaram pra contar a história, cinquenta anos depois. Ou seja, foram 87 comunidades indígenas exterminadas em apenas 50 anos! Hoje, contudo, resistem os negros da terra, os primeiros escravizados e os últimos libertos, complementação de mão-de-obra ainda “escrava”, que dormitam em reservas isoladas sobre inúmeras riquezas abaixo de seus pés. 


Nas linhas, cores, figuras e técnicas de produção de sua cultura material se vê a mesma elegância sutil que deixou alvoroçadas as cabeças de viajantes europeus como Spix e Von Martius, embasbacados já no século XIX pela riqueza cultural e material dessas gentes que ainda resistiam por aqui. Tanto por sua habilidade em produzir sua artesania, quanto por seu estilo de vida e sua humanidade a resistência indígena pode ser identificada na permanência de sua desenvoltura ecológica e na precisão de seu fazer artístico. Como donos da terra, tanto a nomeclatura de plantas, lugares, comidas e animais, como jacaré, sabiá, cutia, Guaratinguetá, Tatuí, Araraquara, abacaxi, capim, etc., como o aparecimento de termos do nosso cotidiano tais como: pindaíba, mirim, toró, jururu entre outros, perfazem para altivez deles e nossa a própria identidade brasileira. Com eles aprendemos a nos alimentar de mandioca, milho, guaraná, pamonha, povilho, amendoim, tapioca e inúmeros outros gêneros alimentícios. E, enquanto a arte da cerâmica e cestaria são culturas indígenas incorporadas nas tradições artísticas populares do Brasil, a herança de sua religiosidade é encarnada na figura do caboclo como espírito destemido, multifacetado em dezenas de denominações como Caboclo Pena Branca, Sete Flechas, Tupinambá, Cabocla Jurema, Jupira e Diana das Matas..., sem mencionar os ritos de pajelança, a adoração à jurema sagrada (o Catimbó), entre outras inúmeras crenças afro-índias. 


Viva os bravos mestres da arte e da medicina tropical! Viva os Karajá e Kayapó do Mato Grosso, Tocantins e Pará com suas coifas de penas e aquelas coloridas diademas com penachos da arara azul, ricamente emplumadas em fios de algodão; Viva os Marubo, Wayana-Aparai, Rikbaktsa e Tapirapé do Mato Grosso, que com seus lindos objetos de prestígio atraem nossos olhos com suas coroas, brincos e braçadeiras e colares aprumados; viva os Nhambiquara do Mato Grosso e Rondônia que, com a delicadeza de suas bandoleiras produzidas com coquinho, conchas e peninhas, dão vazão à noção indígena da beleza; viva os Hixkariana e seus “simples” cestos de guardar penas, feitos de trançado de arumã; Viva os Mehinaku e todos os povos do Parque do Xingu; viva os Tikuna do Amazonas, os Juruna, cujos remos belamente decorados não cansam de instigar a nossa criatividade. Viva as elegantes cerâmicas de figuração geométrica dos Waurá. Viva a arte e a todos os povos indígenas brasileiros!





Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

http://www.museuafrobrasil.org.br/noticias/detalhe-noticia/2016/04/19/arte-ind%C3%ADgena---museu-afro-brasil