Ouvir o texto...

domingo, 29 de maio de 2016

First in our hearts. How could we define the 'first' museum? --- Primeiro no nosso coração. De que forma poderíamos definir o ‘primeiro’ museu?

It will be the one that best fulfills its mission? Or that we think first when you hear the word 'museum' (the dream of any marketeer)? It will be the one that has the biggest collection or one that has the best collection? Is the one who makes more exhibitions? It will be the 'first' museum one that produces a lot of news for the media, but continues to work for the same elite? Or one that is rarely news, but it works to diversify its 'elite'? Which one deserves to be considered 'first'? Who assigns the 'primacy', the museum itself or the recipients, actual and potential, of their action?








Increasingly, to reflect on these and other issues and to publish my reflection in this blog, I feel that I contribute to a certain injustice. The target of my criticism, positive or negative, is what gets me through newspapers, specialized magazines, blogs, presentations at conferences.

However, what becomes known is not all that is happening and the truth is that my reflection ignores sometimes other realities. And it is ignorance, but involuntary, since I can not do something about it does not become public, it is not shared.

From this point of view, I am sorry that not all cultural institutions have the capacity and the means to, in addition to also record and report what they do, to share it with the whole sector and society.


Returning to the main issue, the 'primacy', I think it should be evaluated based on multiple factors and this assessment will naturally arise several firsts.




In his The Excellence Barrier test, Diane Ragsdale presents its 7 points for a slow arts movement (an allusion to the slow food movement), and the 6th point says: "Focus on impact and not on growth." Whereas growth is usually measured with numbers, I would also like to reflect on the impact as a way to identify firsts.


At first, it occurs to me the work of the National Museum Soares dos Reis (NRHM). A constant activity but, say, discreet, for many of us goes almost unnoticed.

I do not know if this will be an assumed attitude or whether it is a lack of sensitivity to the importance of communication or if it is no more or less than usual lack of means. Whatever the reason, it is a fact that the CNV has been shown to be attentive to what is happening around him and has sought to be involved. For example, in 2010 the CNV held the exhibition "Encounters Portugal China", which proved to be aware of the growth of this community in the city of Porto and the need to include.

At the time, the hope of the president of the League of Chinese in Portugal was that this exhibition "[help] integration and credibility of the Chinese community," making known to the public the "development of the Chinese in Porto and the relationship between Portugal and China ".




Later, in 2013, was organized in NRHM the first meeting of the homeless, which allowed to raise and promote pressing social issues and had new editions in 2014 and 2015. At the time, the CNV appeared in notíciascomo 'only' local the meeting. But it was no accident that the homeless esolheram this location. His relationship with the museum, which opened their doors, came from behind. What will be the 'first' museum for the Chinese community and the homeless Porto?





Similarly, it occurs to me the project "I at the Museum", the National Museum Machado de Castro in Coimbra, which seeks to involve people with Alzheimer's, their families and friends. The motto of the project is "Because more important than the objects of a museum is what you do with them."




There is also the project "Mobile Museum", the Carlos Machado Museum in Ponta Delgada, that takes the museum to remote and disadvantaged communities, because it belongs to them as much as belongs to the people of Ponta Delgada. Both of these projects were awarded the Jury Prize Culture Access in 2015. What will be the 'first' museum for Alzheimer's patients and their caregivers in Coimbra; or to remote communities on the island of São Miguel?





Mobile Museum project (removal image of the Carlos Machado Museum website)

Another experience even that much touched me and made me reflect on the issue of the impact was asistir the show "The Ball", Aldara Bizarro, Pasteleira in the neighborhood of Porto. The show was part of the program "Culture in Expansion", designed by Paulo Cunha e Silva. And he touched me not only to be a beautiful spectacle, but also because I recognized among the faces of residents interpreters me were already known, of the SKIN shows. Who will be the 'first' for the residents of the neighborhood Pasteleira?


Typically, results are measured in numbers: how many people attended, how news is made, how many "likes" and "shares" on Facebook? I disvalue not the numbers, but I think that alone does not indicate anything significant. They must be accompanied by other data quality, which can bring more content, more substance to the assessment to be done.


Who plays in a special way? Those looking to relate to us? Who wants to share what you have and give room for us also we share what we have? Who helps us to grow, to be better? Who brings meaning to our lives? Not this way we decide who is the'primeiro' in our hearts? Or 'the firsts, since our heart is big and fit many good things ...
 
 
Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

 https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/154fab0beb46af35

 
 --pt

Será aquele que melhor cumpre a sua missão? Ou aquele em que pensamos primeiro quando ouvimos a palavra ‘museu’ (o sonho de qualquer marketeer)? Será aquele que tem a maior colecção ou aquele que tem a melhor colecção? Será aquele que faz mais exposições? Será o ‘primeiro’ museu aquele que produz muitas notícias para os media, mas continua a trabalhar para a mesma elite? Ou será aquele que raramente é notícia, mas que trabalha para diversificar as suas ‘elites’? Qual deles merece ser considerado ‘primeiro’? E quem atribui a ‘primacia’, o museu a si próprio ou os destinatários, reais e potenciais, da sua acção?









Cada vez mais, ao reflectir sobre estas e outras questões e ao publicar a minha reflexão neste blog, sinto que contribuo para uma certa injustiça. O alvo da minha crítica, positiva ou negativa, é aquilo que me chega através de jornais, revistas de especialidade, blogs, comunicações em conferências.

No entanto, o que se torna mais conhecido não é tudo o que se passa e a verdade é que a minha reflexão ignora, às vezes, outras realidades. E é mesmo ignorância, mas involuntária, uma vez que não posso fazer algo em relação ao que não se torna público, ao que não é partilhado.

Deste ponto de vista, tenho muita pena que nem todas as instituições culturais tenham a capacidade e os meios para, além de fazer, também registar e comunicar o que fazem, de o partilhar com todo o sector e com a sociedade.


Regressando à questão principal, a da ‘primacia’, penso que a mesma deverá ser avaliada com base em múltiplos factores e desta avaliação irão, naturalmente, surgir vários ‘primeiros’.


No seu ensaio The Excellence Barrier, Diane Ragsdale apresenta os seus 7 pontos para um movimento slow arts (fazendo uma alusão ao movimento slow food), sendo que o 6º ponto diz: “Concentrar no impacto e não no crescimento”. Considerando que o crescimento é normalmente medido com números, eu também gostaria de reflectir sobre o impacto como uma forma de identificar os ‘primeiros’.

Num primeiro momento, ocorre-me o trabalho desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR). Uma actividade constante mas, diria, discreta, que para muitos de nós passa quase despercebida.

Não sei se esta será uma atitude assumida ou se se trata de alguma falta de sensibilidade em relação à importância da comunicação ou se não é mais nem menos do que a habitual falta de meios. Qualquer que seja o motivo, é um facto que o MNSR tem-se mostrado atento ao que se passa à sua volta e tem procurado estar envolvido. A título de exemplo, em 2010 o MNSR realizava a exposição “Encontros Portugal China”, o que revelou estar consciente do crescimento desta comunidade na cidade do Porto e da necessidade de a incluir.

Na altura, a esperança do presidente da Liga dos Chineses em Portugal era que esta exposição “[ajudasse] na integração e credibilidade da comunidade chinesa”, dando a conhecer ao público o “desenvolvimento dos chineses no Porto e a relação de Portugal com a China”.




Mais tarde, em 2013, organizava-se no MNSR o primeiro encontro dos sem-abrigo, que permitiu levantar e promover questões sociais prementes e que teve novas edições em 2014 e 2015. Na altura, o MNSR aparecia nas notíciascomo ‘apenas’ o local do encontro. Mas não foi por acaso que os sem-abrigo esolheram este local. A sua relação com o museu, que lhes abriu as portas, vinha de trás. Qual será o ‘primeiro’ museu para a comunidade chinesa e para os sem-abrigo do Porto?




Da mesma forma, ocorre-me o projecto “EU no musEU”, do Museu Nacional Machado de Castro em Coimbra, que procura envolver as pessoas com Alzheimer, os seus familiares e amigos. O motto do projecto é “Porque mais importante que os objectos de um museu é o que se faz com eles”.



Há ainda o projecto “Museu Móvel” , do Museu Carlos Machado em Ponta Delgada, que leva o museu a comunidades distantes e desfavorecidas, porque pertence-lhes tanto quanto pertence aos habitantes de Ponta Delgada. Ambos estes projectos foram distinguidos pelo júri do Prémio Acesso Cultura em 2015. Qual será o ‘primeiro’ museu para os pacientes de Alzheimer e os seus cuidadores em Coimbra; ou para as comunidades distantes na ilha de São Miguel?




Projecto Museu Móvel (imagem retirada do website do Museu carlos Machado)

Uma outra experiência ainda que muito me tocou e que me fez reflectir sobre a questão do impacto foi asistir ao espectáculo “O Baile”, de Aldara Bizarro, no Bairro da Pasteleira no Porto. O espectáculo fazia parte da programação “Cultura em Expansão”, idealizada por Paulo Cunha e Silva. E tocou-me não só por ser um belo espectáculo, mas também por eu ter reconhecido entre os intérpretes rostos de moradores que me eram já conhecidos, dos espectáculos da PELE. Quem será o ‘primeiro’ para os moradores do Bairro da Pasteleira?

Normalmente, os resultados medem-se em números: quantas pessoas participaram, quantas notícias se fizeram, quantos “likes” e “shares” no Facebook? Não desvalorizo os números, mas penso que só por si não indicam algo significativo. Devem ser acompanhados de outros dados, qualitativos, que possam trazer mais conteúdo, mais substância para a avaliação que se pretende fazer.


Quem é que nos toca de um forma especial? Quem procura relacionar-se connosco? Quem quer partilhar o que tem e dá espaço para nós também partilharmos o que temos? Quem é que nos ajuda a crescermos, a sermos melhores? Quem é que traz significado às nossas vidas? Não é desta forma que decidimos quem é o ´primeiro´ no nosso coração? Ou ‘os’ primeiros, já que o nosso coração é grande e cabem muitas coisas boas...



MUSEOS PRIVADOS Y ECONOMÍA - · en CULTURA, GESTIÓN,INSTITUCIONES, MUSEO, OPINIÓN, PATRIMONIO. ·

Una de las recurrentes conversaciones que tenemos los profesionales de los museos, tiene que ver con los cambios y tendencias en el mundo de los museos contemporáneos, sobre todo desde el punto de vista de la experiencia personal y profesional. ¿En qué medida, nos gustaría saber, el peso de la evolución recae en la organización interna del museo, y sus relaciones con otras instituciones? ¿Se establecen relaciones entre el museo local y la autoridad local? ¿Y con el gobierno central y/o empresas del sector privado? Si existen este tipo de relaciones, ¿son limitadoras o realmente sirven para ayudar y apoyar al museo local? ¿Hablamos de museos y economía? Hablemos entonces de la supervivencia del museo.


El impacto de los factores económicos, asociados con grandes cambios en las fuentes de financiación públicas y privadas, los cambios y efectos de los mercados de consumo, son claramente decisivos a la hora de generar un nuevo discurso profesional, en opiniones centradas en los visitantes desde el punto de vista comercial, o hacia la visión de un perfil claro de la sociedad como consumidora de ocio cultural. Junto con presiones políticas en forma de legislación estatal para los museos, y las iniciativas en la venta de ese ocio cultural de cada gobierno local, todas estas influencias externas impactan negativamente en el museo local y su evolución positiva, condicionando también la coyuntura en la que nosotros, los profesionales de los museos, nos tenemos que mover.


Mientras que la integración de los museos en los mercados de consumo está marcando la evolución de estas instituciones en cada país, siendo igual que hablemos de museos nacionales, museos locales y los privados, mencionar que quizá el sector de los museos locales es el que más sufre las tensiones del mercado. La economía es la fuerza de impacto que influye más directamente sobre las formas de trabajar en los museos locales actualmente, los que son públicos, pero también en el caso de los privados dependientes de subvenciones. Uno de los directores de museos privados locales con los que solemos hablar, había trabajado con anterioridad en un museo privado local y en un museo de la universidad. Un día nos comentó lo siguiente:

“… Obviamente, para involucrarse más en la supervivencia del museo privado, debemos ser muy conscientes de que tenemos necesariamente que estar mucho más alerta hacia el público que cruza nuestra puerta. Porque, en última instancia, nuestra supervivencia es una cuestión de ingresos… En un museo estatal o un museo nacional, en el que realmente no dependen tanto de los ingresos de los visitantes, programan con mayor libertad, sin depender de las tendencias de los mercados, por eso se pueden permitir el lujo de hacer el tipo de cosas que, en ocasiones, sólo satisface a una minoría”.


Mientras tanto, los museos independientes, aquellos que recibían subvenciones de la autoridad local, comprobaban, día sí y al otro también, como el dinero recaudado de las entradas de los visitantes, seguía siendo la línea vital de su supervivencia. Esta situación de dependencia de los ingresos de los visitantes, genera necesariamente un alto nivel de sensibilidad del museo hacia las preferencias del público, sus gustos y demandas. Para llegar a la máxima eficiencia, el museo se debe al cumplimiento de lo siguiente (seguimos con las reflexiones de nuestro colega):

“Cuando salgo por la noche del museo, ya sé cuántas personas han cruzado nuestra puerta, qué tanto se ha vendido en la tienda y así sucesivamente. Todos nos preocupamos por este tipo de cosas en el dia a día. Nuestra mente ahora está alerta por si las cosas empiezan a ponerse mal, cuando antes no nos preocupábamos de esas cosas, solo de la colección. Nos preguntamos constantemente, como es nuestro caso y los de otros muchos otros, qué pasa con la caída de visitantes, por qué no lo estamos haciendo tan bien como el año pasado, que es lo qué está pasando. Pensamos en si es algo que tiene que ver con nosotros nada más, o se trata de algo más amplio relacionado con la recesión que está afectando a todo el mundo. Es el hecho de que estás en esta situación de funcionamiento, como si fueras una empresa en realidad, lo que te obliga a pensar constantemente en cómo pagar la facturas por encima de cualquier otra consideración. Pensamos más en términos económicos que museológicos”.


Hacer y responder a preguntas sobre las necesidades de los visitantes, intentando encontrar las respuestas adecuadas, es de máxima importancia. y Tiene que ver con encontrar el equilibrio entre la preservación, el cuidado de una estructura histórica y el mantenimiento de la colección:

“… Y el dinero es lo que está en en este momento en el primer lugar de mi lista, porque hemos tenido un importante programa de obras de construcción y actualización de la exposición… Y cada vez más, ya que la oferta de los museos privados se está haciendo vieja – los museos tienen edad, están acomodados y son pasivos comercialmente. Obviamente, muchos pueden recordar los tiempos cuando las condiciones eran similares, tan malas como ahora, y aún así, sobrevivieron. Nuestros museos son como las personas, envejecen; necesitan cosas básicas que se compran con dinero, además, su contexto tiene que ser accesible, hay que poner ascensores y afrontar su mantenimiento, se necesitan buenos aseos, rampas y todas las cosas que conllevan…”

Lee Jung

Como resultado de esa conciencia con relación al mercado, se dedica más energía al mantenimiento de una evolución sostenida, evitando los grandes picos, siempre estando a la defensiva. Por otro lado, este director en el sector del museo independiente, siente la necesidad de capacitarse para responder con inmediatez a las necesidades y demandas de lo que, en la mayoría de los casos, son visitantes pragmáticos, con demandas bastante inflexibles. Pero todo son dificultades relacionados con el dinero:

“Nuestros visitantes pueden tener un gran conocimiento sobre la conservación industrial, y lo que eso significa para el futuro. Es gente que entiende lo que cuesta el mantenimiento de un edificio como este, pero si los baños están en mal estado, si el bocadillo de la cafetería no es bueno, si hace un poco de frío porque no hemos podido conseguir la inversión para la renovación de la caldera, no nos lo perdonan. Este edificio, en los meses de invierno sobre todo, está oscuro, porque somos pobres energéticos y así no resulta muy hospitalario para nadie, no importa si nuestra colección es excelente, cada vez atraerá a menos gente…”

Archivo EVE

Ese es el punto de vista de este director que, sin la inversión suficiente para ofrecer buenas instalaciones para sus visitantes, su mercado de ocio girará hacia… “Esas atracciones que están en el negocio de atrapar a la gente. Hay muchos de ellos a nivel local, que han conseguido niveles de inversión muchos mayores que el nuestro del estado (centros comerciales) y, por lo tanto, con mucha mayor capacidad de desarrollo, incluidos unos grandes presupuestos para el marketing”. Si bien se trata, necesariamente, de una relación de absoluta dependencia la que los museos privados tienen con los mercados, las tendencias y criterios en el sector público sobre financiación a la cultura, ha obligado a estos museos a establecer una relación mucho más estrecha con la necesidad de conseguir dinero, y no tanto con otras cosas más importantes:

“…Hemos vivido una auténtica debacle en los últimos diez años, el impacto bestial de lo que podemos denominar liberalismo salvaje hacia el mundo de los museos, esa tendencia ideológica que adora el dinero y desprecia la cultura, ha obligado a que los museos estén orientados hacia el mercado y nada más… Es paradójico, el producto envejece, pero tenemos la obligación de comercializarlo como si fuera de reciente lanzamiento…”

Archivo EVE

Los especialistas en administración, que nos hablan de esta tendencia, se refieren a la ideología del libre mercado como el fin de los profesionales de los museos tal y como los conocemos actualmente, cuando ahora se debe considerar una exigente gestión administrativa más que cualquier otra acción, o un compromiso real con el museo como tal:

“Ya sabemos que la mayoría de los directores de los museos son muy, como muy, anclados en su mundo de museos y colecciones. Ya sabes, piensan que una remuneración ligada al rendimiento es del todo absurdo, y tienen, además, esa tendencia a la erudición, es decir, hablan de su mundo particular con entusiasmo, pero están alejados totalmente de las necesidades del mundo real…”.


Preguntando por lo que los “nuevos especialistas” perciben como los cambios más significativos de los museos durante estos últimos diez años, nos acostumbramos a obtener observaciones relacionadas con el puro mercado, y poco más. Existe ya una moda imperante en estos nuevos profesionales, usando hasta la saciedad conceptos y frases sobre economía, relacionándolas con los museos, que incluyen cosas como “reestructuración de gestión”, “la rendición de cuentas”, “indicadores de rendimiento”, “atención al cliente” y así sucesivamente: Son los conceptos que se han dando a entender como la nueva forma de las prácticas en los museos estatales y nacionales, por ejemplo, (MacDonald y Silverstone, 1990: 178; Blanco, 1991) y que deben ser entendidos por algunos de estos especialistas, siempre como parte de un nuevo juego de lenguaje de los museos, un tanto cínico:

“Es decir, cada uno de nosotros tiene tendencia a evitar las cosas desagradables, para ello intentamos usar buenas palabras y así evitar el daño… Lo que está sucediendo realmente, es que se nos dice “reestructuración” como una palabra agradable, pero la gente está perdiendo sus puestos de trabajo y los museos cierran, se llama “despidos masivos”, y esa es la realidad de un entorno cada vez más hostil para nuestra supervivencia con fondos limitados”.


La actitud del director que nos habla hoy aquí, trascendió entre los trabajadores de los museos de los sectores público y privado. Surgieron opiniones con más fuerza, sobre la cuestión de que los museos no pueden sobrevivir solos en el mercado. Otro director de un museo público, opinaba que la realidad de los cambios están relacionados con las restricciones severas del estado, en todo lo relacionado con el servicio de los museos en la sociedad:

“Yo debería decir de una forma políticamente correcta, que una gran cantidad de museos bajo la autoridad local y otros museos que, sin ser públicos, reciben subvenciones de las autoridades locales, están siendo afectados por grandes cambios en la financiación (no reciben financiación externa). Las acciones del gobierno central, están haciendo que sea más difícil mantener la financiación para los museos permanentes, y al hacerlo así, se genera una mayor competencia, sobre todo porque, increíblemente, parece estar surgiendo un mayor número de museos privados, aunque sean muy pequeños, por lo que no me sorprende que algunos museos estemos abocados al cierre definitivo…”


Esta tendencia, como se indica en este último comentario, es tan cierta para los independientes como para los museos del sector público – de los independientes solo nominalmente independientes, ya que dependían totalmente de las subvenciones de la autoridad local -. Hay que tener muy en cuenta el punto de vista del director de un museo independiente, que sigue en su lucha particular:

“Desde el comienzo de la crisis, mi objetivo ha sido siempre subsistir funcionando como un negocio, pero no hay muchos museos cuya gestión se ejecute como un negocio, desde luego no en términos de vivir de sus ingresos con la venta de entradas… Es como la misma actitud tonta del gobierno tratando de fomentar la educación, que es como comparar una escuela pública con una empresa – no hay razón para que una escuela no pueda gestionarse de manera eficiente -, pero la educación no es un negocio en el sentido que le da el gobierno… ¡Que el cielo nos ayude! Lo único de lo que estamos convencidos es que, siguiendo las tesis de la política neoliberal, si no tienes el dinero, no puedes permitirte el lujo de acceder a la educación ni a la cultura. Esos son cosas prescindibles si no tienes dinero con que pagarlas”.




Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti


Cultura e conhecimento são ingredientes essenciais para a sociedade.

A cultura é o único antídoto que existe contra a ausência de amor

Vamos compartilhar.

Agendas Mundi LXXVIII – Museos en Malawi - en CULTURA, MUSEO, OPINIÓN, RELATO, VIAJES. ·

Con frecuencia ha sido un país llamado “África para los principiantes”, Malawi, históricamente, ha sido un lugar pasado por alto, como si fuera un intruso semi invisible en la mesa de los grandes destinos del safari africano. Esto fue así, hasta que se puso en marcha un programa de reintroducción del león en la zona, que comenzó en 2012, provocando que los editores de viaje de repente comenzaran a salivar.


National Geographic

Al margen de su fauna, lo que capta inmediatamente nuestra atención sobre este país tan vivo, es su diversidad geográfica. Comenzando el recorrido a través del paisaje que ha formado un canal que nos lleva al Gran Valle del Rift, pasando por el tercer lago más grande de África – el lago Malawi -, una masa de agua clara que brilla con enorme intensidad. Sus profundidades, son un hervidero de peces cíclidos muy coloridos. Ya se trate de buceo, snorkel, kayak o relajarse en una de sus islas desérticas, la visita a este lago es imprescindible.

 
Chawas, Meathaus

Suspendidos sobre las nubes en el sur profundo de Malawi, están los picos del Monte Mulanje y la misteriosa meseta de Zomba; ambos son el sueño de cualquier excursionista que se precie, con bosques empañados en niebla, conteniendo una fauna realmente exótica. En una zona más al norte, podremos ser testigos de una belleza de otro mundo, el Nyika Plateau, con sus praderas onduladas parecidas a las tierras altas de Escocia. Un país que es una auténtica belleza natural.

Museo Nacional de Malawi (sin webiste) | Blantyre



El Museo Nacional de Malawi tiene un par de gemas, incluyendo un taburete ceremonial real que data del siglo XVI, y una fascinante muestra de objetos relacionados con el Gule Wamkulu – un importante baile tradicional para la tribu Chewa. Descansando en los jardines del museo, podremos ver una serie de hermosas reliquias oxidadas, provenientes de la edad de piedra del transporte de Malawi, incluyendo una vieja locomotora que data del año 1904, un decrépito camión de bomberos y un viejo autobús Niasalandia. El museo está a medio camino entre Blantyre y Limbe, un paseo de 500 metros desde el centro comercial Chichiri. Podéis tomar un minibús que se dirija hacia Limbe y pedirle al conductor que se pare en el museo.

Museo y Centro Cultural de Karonga | Karonga



Este museo-centro celebra los numerosos descubrimientos fósiles de toda esta zona, con el esqueleto de un Malawisaurus, por ejemplo, ocupando un prominente lugar. Las visitas son guiadas. Siguiendo el camino creado a partir del rastro de una serpiente gigante, entraremos en las instalaciones museo, donde la primera parada es una exposición sobre de la vida del planeta y la del distrito de Karonga, en particular, en una época en la que los dinosaurios dominaban al mundo y también Malawi. Nos podremos encontrar algunas cosas divertidas en el recorrido: Por ejemplo, una serie de visores que se pueden usar para mirar en su interior y ver a un hombre prehistórico muy realista que te observará; hay exposiciones sobre vestimentas y pipas de guerreros desde finales del siglo XIX. El museo está decorado con coloridos murales pintados por artistas locales, que definen el tema de cada zona del museo – desde una familia prehistórica que se sienta en el lago, hasta una Banda agitando un látigo de espantar moscas.
Museo y Centro Cultural de Chamare | Chamare



El Museo Chamare se abrió en el año 2002, para presentar a las culturas de los pueblos Chewa, Ngoni y Yao, que convergen en esta parte de Malawi. Se llama así en honor a Jean-Baptiste Champmartin, que trabajó durante muchos años en la Misión Mua. El Museo Chamare es importante por sus exposiciones de máscaras y esculturas de Gule Wamkulu, que sirven como vehículo de enseñanza moral de los antepasados para los Chewa. Su colección de artefactos culturales Ngoni y Yao es también muy importante. Las culturas de los tres pueblos son reproducidas a partir de una exposición realmente innovadora, que incluye fotografías y explicaciones detalladas de Claude Boucher Chisale. El Museo Chamare muestra también la historia de la Misión Mua, invitándonos a reflexionar sobre la relación dinámica entre fe y cultura (inculturación). Tiene una zona donde se informa de las actividades del Centro Kungoni. El Museo Chamare dispone de visitas guiadas. El centro también sirve como lugar de difusión de recursos culturales, con la programación de cursos que se realizan pensando en aquellos que desean comprometerse más profundamente con las tradiciones culturales y artísticas de Malawi.

Museo del Lago Malawi (sin website) | Mangochi



El museo en el lago Malawi está situado en el antiguo club Gymkhana, y lo gestiona la Sociedad de Malawi desde el año 1971. No ha sido renovado desde entonces, por lo que si os acercáis, lo vais a encontrar un tanto pasado de moda, posiblemente su único encanto es ese, lo vintage que resulta. El museo está situado cerca del monumento de la reina Victoria, a un lado del puente Bakili Muluzi en la ciudad de Mangochi, Distrito de Mangochi, dentro de la Región sur de Malawi. Básicamente, el museo recuerda el fugaz paso de David Livingstone por este lugar, cuando iba camino de Zambia. Poquito más os podemos decir de este mínimo museo.

Museo Stone House (sin website) | Livingstonia



Este curioso museo, que es una casa de piedra (el hogar original del Dr. Robert Laws y ahora un monumento nacional), cuenta la historia de la llegada de los primeros europeos en Malawi, es decir, los primeros misioneros. Aquí se pueden leer sus cartas, mirar detenidamente las fotos en blanco y negro de la vida de los primeros misioneros en Livingstonia y navegar por la colección de libros del Dr. Laws, incluyendo tomos con las antiguas leyes de Niasalandia. También se exhibe una excelente colección de placas originales de “linterna mágica”, una máquina para suministrar anestesia, un viejo gramófono y el traje que utilizaba el Dr. Laws, cuando era juez del lugar.

Museo Acuario de Malawi (sin website) | Cape Maclear



La sede del parque marino están justo en su puerta, donde también encontraréis un centro de visitantes. El conjunto funciona como un pequeño museo y mini acuario. El acuario no está lleno exactamente de vida marina, funciona más como un pequeño centro de información, con paneles explicativos sobre la vida del lago. Las peceras muestran unos pocos peces un atajo tristones y una solitarias tortugas. Los paneles del museo narran la historia del lugar,ofreciendo también una visita guiada por los alrededores. El museo también nos ofrece una buena historia de fondo sobre la primera misión de Livingstone. Si os encontráis con el humor y energía suficientes, podréis visitar las tumbas de los misioneros que se encuentran al lado del museo-acuario.



Cultura brasileira - livro: sobre o diário de bitita, de Maria Carolina de Jesus.

Carolina Maria de Jesus completou o centenário em 2014. Pessoas de muito bom senso não esqueceram a data e fizeram e fazem várias ações bonitas para que sua obra literária seja conhecida e divulgada. Quando pensei no programa do curso mulheres-mulheres-mulheres (que me foi solicitado voltado à escritoras brasileiras), logo matutei que não poderia deixar de mencioná-la, faço aqui uma homenagem a quem se dedica à autora e me impede de esquece-la – à Dinha Maria Nilda, às Blogueiras Negras. É um conteúdo fundamental e uma leitura preciosa.

A foto clássica de
Maria Carolina de Jesus.


Diário de Bitita veio parar na minha mesa do trabalho bem na época em que pesquisava uma boa edição para adotar de Quarto de Despejo. Telefonei para a pessoa que deixou os exemplares do livro, agradecei muito e contei do curso que estava preparando. Tenho certeza que a pessoa não faz ideia de como fiquei animada. Pois seria o texto ideal para confrontar com Minha Vida de meninade Helena Morley! O acréscimo do Diário de Bitita é não ser possível pensar a obra sem problematizar, além da questão de gênero, o racismo e a exclusão social. Os dois livros possuem alguns paralelos, fiz uma propostinha de comparação:

Primeiro que apresentam questões em sua recepção. Diário de Bitita foi primeiro publicado em francês, a partir de originais entregues pela autora e foi uma edição póstuma (Journal de Bitita, trad. Régine Valbert, A. M. Metailié, 1982 – ela faleceu em 1977). Muito do trabalho de linguagem da autora deve ter se pedido nessas idas, vindas e processos editoriais. Me preocupa muito, por exemplo, a ideia de alterarem o português de Carolina Maria de Jesus para deixá-lo dentro da caixinha da norma culta, o que me parece bastante absurdo em se tratando de literatura.



[Aliás, quem fizer pesquisa ou souber mais sobre isso e quiser me corrigir ou acrescentar algo, por favor, me conte! Sei superficialmente da história, basicamente o que encontrei no livro e em alguns artigos acadêmicos – indico estedo Daniel da Silva Moreira – UFJF, que coloca a obra em perspectiva na trajetória da autora e aborda o sexismo e este sobre denúncia e reflexão em Quarto de despejo da Elisângela Lopes].

O Minha vida de menina, diário de Helena Morley, também tem a autoria discutida (escrevi aqui a respeito) e parece que sofreu retoques do marido da autora. Não é coincidência a falta de dados concretos a respeito desses dois casos, me parece bastante claro que se fosse um homem conhecido saberíamos desses meandros melhor.

Segundo que apresentam narradoras sagazes e corajosas. Principalmente Bitita, negra, pobre, nascida numa pequena cidade de Minas. Se a coragem da “inglesinha” Helena Morley é mais por um pensar diferente, Bitita, além de pensar e refletir, também atua. Muitas vezes com ímpeto contra situações que julga injustas ou insuportáveis. Contra o racismo, contra a pobreza, contra a exploração que sua mãe e ela irão sofrer todo o tempo. Quantas vezes irá pegar sua trouxa e a estrada na busca por uma vida melhor, por uma cura para suas pernas, por um salário que seja mínimo e um teto para chamar de seu? Inúmeras vezes. O livro deixa qualquer um com tontura de tanta andança que a garota faz. Mesmo quando a situação se parece confortável, lá vai Bitita inconformada largar tudo e procurar um algo além.

Essas duas narradoras apontam com bastante eficiência o erro de se conceber meninas e garotas como frágeis ou desmioladas. Ambas possuem ideias muito originais e, no caso de Bitita, uma força descomunal para tentar se sobrepor ao destino que a sociedade parecia lhes destinar. Mesmo doente, mendigando um chão para dormir, um algo para comer, sendo humilhada por patroas e patrões, por parentxs e por conhecidxs, está lá Bitita refletindo, tirando avaliações, fazendo planos.

Terceiro, foram escritos na forma de diário autobiográfico – nada mais próximo à ideia do recôndito íntimo e feminino, embora o conteúdo dos livros esteja em constante tensão com as expectativas pueris desta forma literária [aqui quem estuda melhor o tema, também poderia me ajudar]. O interessante é que, ao que tudo indica, ambos livros foram escritos com as autoras adultas. Seria o diário a melhor forma para se reconstiur a vida e os acontecimentos passados?

Por último, cada um em seu momento histórico os livros são fontes interessantíssimas de costumes, preconceitos e modos de vida. Poderiam ser adotados em escola com tanto interesse às aulas de história quanto as de língua portuguesa. Enfim, espero que Diário de Bitita se torne leitura em muitas casas e cursos. Traz questões atuais e urgentes.

Fica aqui meu convite à leitura do Diário de Bitita.

E quem quiser corrigir alguma bobagem/erro de minha parte, fique à vontade.


* * *

Saiba mais e melhor a respeito:


Em A mídia racista e a literatura no “quarto de despejo”, Luma Oliveira conta como se encantou com a obra de Carolina Maria de Jesus e, ao se aprofundar no tema das literaturas produzidas por mulheres negras, descobre e analisa como a mesma mídia que trouxe o sucesso à autora, traz seu consequente esquecimento.

Cidinha da Silva discute, num post do fb, como é retratada erroneamente a educação de jovens negros no final do século XIX (o caso da novela Lado a Lado), usando como base de prova no Diário de Bitita.

A página Mulheres que honraram o rolê traz um post com fotos e vídeo a respeito da autora.

Na Revista Geni, Cícero Oliveira escreve sobre a vida e obra de Carolina Maria de Jesus.








Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

colaboração: Marcela Boni