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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Even before being inaugurated, an exhibition by Alexandra Loras, former consul of France is already giving what to talk .... - Antes mesmo de ser inaugurada, exposição de Alexandra Loras, ex-consulesa da França já está dando o que falar…. - Avant même d'être inaugurée, une exposition d'Alexandra Loras, ex-consul de France, donne déjà quoi parler ...

The exhibition "Pourquoi pas?" - "Why not?" In French - will open on December 2 in the Rabieh gallery in the Gardens, but it is already "causing" on social networks. Created by Alexandra Loras, a former consul of France in Brazil, the show features 20 white celebrities who, through digital interference, had their skin darkened, and some even won afro hairstyles. Among the personalities portrayed in the exhibition, curated by the artist and graffiti artist from São Paulo, are Silvio Santos, Dilma Rousseff, João Doria, Xuxa, Queen Elizabeth II, Ana Maria Braga, Gisele Bündchen and William Waack - just to name a few.


On Tuesday Alexandra was attacked on her Instagram page because of the show in question, accused of making use of the "blackface" technique of theatrical makeup adopted in the 19th century by white American actors who painted their faces with charcoal to represent blacks of stereotyped and jocular form.

"At no time did this ancient practice guide the conception of the works of my exposition. Since I am black, addressing blackness is my speaking space. If Gisele Bündchen were painting 'nigga-crazy', it would be a blackface, but I like black, to modify the aesthetics of visual narrative in this way, it's art. Engaged art, where I let my creative freedom express myself. My goal is to reflect on the protagonism of the black in Brazilian society without giving any pejorative connotations to the characters portrayed, but rather to show how current Eurocentrism is shocking and absurd, because we are not represented in a dignified, respectful and egalitarian way. In proposing an 'inverted' world, with blacks in prominent roles in society, I wonder if we would make the same biased remarks or whether we would have the same positions. My desire is to provoke a reflection and not rescue a tool considered racist and ridicules the black, "reflects. Alexandra defended herself from the attacks publicly and talked to Glamurama with exclusivity. Below is our discussion with her:



Glamurama: What is the purpose of this exhibition?

Alexandra Loras: Our group had two objectives: to show that there are sub-representations of blacks within the so-called "Brazilian elite" and in other social media. Presenting great white personalities with black skin is a way of remembering that Afrodescendants, although they are the majority in Brazil, continue to be treated as a minority among men and women who hold power and influence, be it in the political environment, in the media or in business . In this way, we want to denounce "visually" this inequality that exists so explicitly at first sight. Who today would have the idea of ​​exposing portraits of Martin Luther King, Angela Davis, Malcolm X with white skin?

Glamurama: Putting the audience in front of the black "stunts" of these white celebrities would make them see: a former president, a world-renowned top model, or a black caricature of these white celebrities?

Alexandra Loras: We will not question the public at the exit of the exhibition. It is not a question of stigmatizing anyone, but rather of showing through this visual and artistic experience that people can eliminate certain prejudices that they may not know.

Glamurama: What do you think of the blackface indictment of the exhibition? Was that intentional? Did you expect this from the public?

Alexandra Loras: We knew this exposure might bother. But would art still be art if it were unanimous and did not cause debate? One of the functions of art is not to have an impact on society, questioning social rules and breaking the current codes? Artists Matisse, Derain and Vlaminck were booed and caused scandal at the Paris Autumn Salon in 1905. After this repulsion, "Fauvism" was created and became one of the major movements of 20th century painting. With our title "Pourquoi pas?" We obviously do not want to change the course of 21st century art. As I have already said, the intention is to stimulate the debate and the questioning of the current society. Consequently, we will respect all the opinions that have been or will be formulated, however hard they may be. Some critics even come from the great figures of the black community, for whom we have respect and admiration. These views nurture this debate that we consider indispensable and healthy. Regarding the criticism of blackface, I think if you have blackface it is not in the portraits of these white celebrities with black skin, but much more in the eyes of a part of the people, who see in these first (or only) the color black or, even worse, a caricature of the black man. (By Matheus Evangelista)






Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing.




--br
Antes mesmo de ser inaugurada, exposição de Alexandra Loras, ex-consulesa da França já está dando o que falar….

A exposição “Pourquoi pas?” – ‘Por que não?’, em francês – será aberta no dia 2 de dezembro na galeria Rabieh, nos Jardins, mas já está “causando” nas redes sociais. Criada por Alexandra Loras, ex-consulesa da França no Brasil, a mostra apresenta, com a ajuda da tecnologia, 20 celebridades brancas que por interferência digital tiveram a pele escurecida, e algumas ganharam até penteados afro. Entre as personalidades retratadas na exposição, que tem curadoria do artista e grafiteiro paulistano Énivo, estão Silvio Santos, Dilma Rousseff, João Doria, Xuxa, a rainha Elizabeth II, Ana Maria Braga, Gisele Bündchen e William Waack – só para citar alguns nomes.

Nesta terça-feira Alexandra foi atacada em sua página do Instagram por conta da mostra em questão, acusada de fazer uso do “blackface” – técnica de maquiagem teatral adotada no século 19 por atores americano brancos que pintavam seus rostos com carvão para representar negros de forma estereotipada e jocosa.

“Em momento algum essa antiga prática norteou a concepção das obras da minha exposição. Como sou negra, abordar a negritude é meu espaço de fala. Se Gisele Bündchen estivesse se pintando de ‘nega-maluca’, seria um blackface, mas eu como negra, modificar a estética da narrativa visual dessa forma, é arte. Arte engajada, onde deixo minha liberdade criativa se expressar. Meu objetivo é fazer uma reflexão sobre o protagonismo do negro na sociedade brasileira sem dar qualquer conotação pejorativa aos personagens retratados, mas sim mostrar como o eurocentrismo atual é chocante e absurdo, pois nós não somos representados de maneira digna, respeitosa e igualitária. Ao propor um mundo ‘invertido’, com negros em papéis de destaque na sociedade, me pergunto se faríamos os mesmos comentários preconceituosos ou se teríamos as mesmas posturas. Meu desejo é provocar uma reflexão e não resgatar uma ferramenta considerada racista e que ridiculariza o negro”, reflete. Alexandra se defendeu dos ataques publicamente e conversou com o Glamurama com exclusividade. Abaixo nosso papo com ela:

Glamurama: Qual é o objetivo dessa exposição?
Alexandra Loras: Nosso grupo tinha dois objetivos: mostrar que existem sub-representações dos negros dentro da chamada “elite” brasileira” e em outros meios sociais. Apresentar grandes personalidades brancas com pele negra é uma maneira de lembrar que os afrodescendentes, embora sejam a maioria no Brasil, continuam tratados como minoria entre os homens e as mulheres que detêm poder e influência, seja isso no meio político, nas mídias ou nos negócios. Dessa maneira, queremos denunciar “visualmente” essa desigualdade que existe de maneira tão explicita à primeira vista. Quem hoje teria a ideia de expor os retratos de Martin Luther King, Angela Davis, Malcom X com a pele branca?

Glamurama: Colocar o público em frente aos “dublês” negros dessas celebridades brancas faria com que enxergassem: uma ex-presidente, uma top model mundialmente renomada, ou uma caricatura negra destas celebridades brancas?
Alexandra Loras: Nós não vamos questionar o público na saída da exposição. Não se trata de estigmatizar ninguém, mas sim de mostrar por meio desta experiência visual e artística, que as pessoas podem eliminar certos preconceitos que talvez não conheçam.

Glamurama: O que você acha da acusação de blackface da exposição? Isso foi proposital? Você esperava isso da parte do público?
Alexandra Loras: Sabíamos que esta exposição poderia incomodar. Mas a arte seria ainda arte se ela fosse unanimidade e não causasse debate? Uma das funções da arte não é ter um impacto na sociedade, questionando regras sociais e quebrando os códigos atuais? Os artistas Matisse, Derain e Vlaminck foram vaiados e causaram escândalo no Salão de Outono de Paris em 1905. Depois dessa repulsa, o “Fauvismo” foi criado e se tornou um dos principais movimentos da pintura do século XX. Com o nosso titulo “Pourquoi pas?” obviamente não pretendemos mudar o curso da arte do século XXI. Como já disse, a intenção é de estimular o debate e o questionamento da sociedade atual. Por consequência, respeitaremos todas as opiniões que foram ou serão formuladas, por mais duras que sejam. Algumas criticas vêm até das grandes figuras da comunidade negra, por quem temos respeito e admiração. Esses pontos de vista nutrem esse debate que consideramos indispensável e saudável. Referente à critica de fazer “blackface”, acho que se tiver blackface ela não está nos retratos dessas celebridades brancas com pele negra, mas muito mais no olhar de uma parte das pessoas, que enxergam nestes primeiramente (ou unicamente) a cor negra ou, ainda pior, uma caricatura do negro. (Por Matheus Evangelista)






--fr
Avant même d'être inaugurée, une exposition d'Alexandra Loras, ex-consul de France, donne déjà quoi parler ...

L'exposition "Pourquoi pas?" "Pourquoi pas?" En français - sera ouvert le 2 Décembre dans la galerie Rabieh dans les jardins, mais il est déjà "causant" sur les réseaux sociaux. Créé par Alexandra Loras, l'ancien consul de France au Brésil, le spectacle met en vedette 20 célébrités blanches qui, par l'interférence numérique, avaient leur peau noircie, et quelques coiffures africaines même gagné. Parmi les personnalités représentées dans l'exposition, organisée par l'artiste et graffeur de São Paulo, sont Silvio Santos, Dilma Rousseff, João Doria, Xuxa, la reine Elizabeth II, Ana Maria Braga, Gisele Bündchen et William Waack - pour ne citer que quelques-uns .

Mardi Alexandra a été Attaqué sur sa page Instagram en raison de l'émission en question, accusé de faire usage de la technique « blackface » de maquillage de théâtre ADOPTÉ au 19ème siècle par des acteurs américains blancs qui ont peint leurs visages avec du charbon pour représenter les Noirs de stéréotypé et forme joculaire.

"Si je devais être un blackface, je voudrais être un blackface, mais j'aime ça. noir, de modifier l'esthétique du récit visuel de cette façon, il est de l'art. art Engagé, où je laisse mon expression de la liberté de création moi-même. mon objectif est de réfléchir sur le protagonisme du noir dans la société brésilienne sans donner aucune connotation péjorative aux caractères dépeint, mais plutôt de montrer comment l'eurocentrisme actuelle est choquant et absurde, parce que nous ne sommes pas représentés de manière digne, respectueuse et égalitaire. en proposant un monde inversé », avec les Noirs dans des rôles de premier plan dans la société, je me demande si nous ferions les mêmes remarques biaisées ou si nous avons les mêmes positions. Mon désir est de provoquer une réflexion et non un outil de sauvetage Considéré comme raciste et ridiculise le noir « , reflète. Alexandra s'est défendue publiquement et a parlé à Glamurama avec exclusivité. Voici notre discussion avec elle:

Glamurama: Quel est le but de cette exposition?
Alexandra Loras: Notre groupe avait deux objectifs: montrer qu'il y avait des sous-représentations de Noirs au sein de la soi-disant «élite brésilienne» et dans d'autres médias sociaux. Présentant de grandes personnalités blanches avec la peau noire est une façon de se rappeler que Afrodescendants, même si elles sont majoritaires au Brésil, continuent d'être traités comme une minorité parmi les hommes et les femmes qui détiennent le pouvoir et l'influence, que ce soit dans l'environnement politique, dans le milieu ou en affaires. De cette manière, nous voulons dénoncer "visuellement" cette inégalité qui existe explicitement à première vue. Qui aurait l'idée d'exposer des portraits de Martin Luther King, d'Angela Davis, de Malcolm X à la peau blanche?

Glamurama: Mettre le public devant les « cascades » noir de ces célébrités blanches se faire voir: l'ancien président, le modèle haut de renommée mondiale, ou la caricature noire de ces célébrités blanches?
Alexandra Loras: Nous n'interrogerons pas le public à la sortie de l'exposition. Il ne s'agit pas de stigmatiser qui que ce soit, mais de montrer à travers cette expérience visuelle et artistique que les gens peuvent éliminer certains préjugés qu'ils ne connaissent peut-être pas.

Glamurama: Que pensez-vous de l'inculpation blackface de l'exposition? Était-ce intentionnel? Pensiez-vous cela du public?
Alexandra Loras: Nous savions que cette exposition pourrait déranger. Mais l'art serait-il encore de l'art s'il était unanime et ne suscitait pas de débat? L'une des fonctions de l'art n'est-elle pas d'avoir un impact sur la société, en questionnant les règles sociales et en brisant les codes actuels? Artistes Matisse, Derain et Vlaminck et hué ont-ils été scandale au Salon d'Automne à Paris en 1905. Après cette répulsion, « fauvisme » a été créé et est devenu l'un des principaux mouvements de la peinture du 20e siècle. Avec notre titre "Pourquoi pas?" Nous ne voulons évidemment pas changer le cours de l'art du 21ème siècle. Comme je l'ai déjà dit, l'intention est de stimuler le débat et la remise en question de la société actuelle. Par conséquent, nous respecterons toutes les opinions qui ont été ou qui seront formulées, aussi difficiles soient-elles. Certains critiques viennent même des grandes figures de la communauté noire, pour qui nous avons du respect et de l'admiration. Ces points de vue nourrissent ce débat que nous considérons comme indispensable et sain. En ce qui concerne la critique de blackface, je pense que si vous avez blackface ce n'est pas dans les portraits de ces célébrités blanches avec la peau noire, mais beaucoup plus aux yeux de la part des personnes, qui voient dans ces premiers (ou seulement) La couleur noir ou, pire encore, une caricature de l'homme noir. (Par Matheus Evangelista)




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