Ouvir o texto...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

"All art is a form of literature." The director of the Queen Sofia Museum in Madrid, Manuel Borja-Villel, hopes that the exhibition "Fernando Pessoa" will be a "discovery" for the Spanish and international public. --- "Toda a arte é uma forma de literatura”. O diretor do Museu Rainha Sofia, em Madrid, Manuel Borja-Villel, espera que a exposição “Fernando Pessoa": seja “uma descoberta” para o público espanhol e internacional.

"The Portuguese avant-garde has its own characteristics" and the "figure of Fernando Pessoa is fundamental" in this movement of the first half of the twentieth century, said Manuel Borja-Villel, at the presentation of the exhibition this morning in Madrid.




Portuguese Prime Minister António Costa and Spanish Minister of Culture, Ínigo Méndez de Vigo, officially open the exhibition on Tuesday at 7:30 p.m. (6:30 p.m.).

The exhibition, open to the public from February 7 (Wednesday) until May 7, will bring together more than 160 works of art (painting, drawings and photography) from about 20 artists, such as José de Almada Negreiros, Amadeo de Souza -Cardoso, Eduardo Viana, Sarah Affonso, Julio, Sonia and Robert Delaunay, among others.

"Some artists are known to the Spanish public, like José de Almada Negreiros, but, as a whole, they are little known," said Borja-Villel.

The works on display are lent by various private collections and institutions such as the Calouste Gulbenkian Foundation (56 works), the National Library of Portugal, the Amadeo de Souza-Cardoso Museum in Amarante, and the Georges Pompidou Center in Paris, among others.

The director of the Queen Sofia Museum underlined that, contrary to what happened in other peripheral contexts, Portuguese avant-garde artists were never mimetic followers of the artistic innovations of the centers of the time, like Paris.

"And it's this way of being something else that is unique" with the Portuguese avant-garde, explained Manuel Borja-Villel.

The commissioners of the show are art historian Ana Ara and the deputy director of the Queen Sofia museum, the Portuguese João Fernandes, who last week told Lusa that this exhibition is going to be "a great revelation" with "fundamental names" of the history of the Modernism in Portugal.

The exhibition also pays particular attention to the magazines where Fernando Pessoa wrote, such as The Eagle, Orpheu, K4 The Blue Square, Futuristic Portugal or Presence, which "acted as a sounding board of avant-garde ideas.

-

About Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisbon, June 13, 1888 - November 30, 1935) was a Portuguese poet, philosopher, playwright, essayist, translator, publicist, astrologer, inventor, entrepreneur, business correspondent, literary critic and political commentator .

Fernando Pessoa is the most universal Portuguese poet. Having been educated in South Africa at an Irish Catholic school, he became more familiar with the English language than with Portuguese when he wrote his first poems in that language. The literary critic Harold Bloom considered Pessoa as "born again Whitman," and included him in his canon as one of the 26 best writers of Western civilization, not only in Portuguese but also in English literature.

Of the four works he published in his lifetime, three are in the English language. Fernando Pessoa translated several works in English (e.g., Shakespeare and Edgar Allan Poe) into Portuguese, and Portuguese works (notably António Botto and Almada Negreiros) into English.

As a poet, he wrote about several personalities - heteronyms such as Ricardo Reis, Álvaro de Campos and Alberto Caeiro -, the latter being the object of most of the studies on his life and work. Robert Hass, American poet, says: "other modernists like Yeats, Pound, Elliot invented masks by which they spoke occasionally ... Person invented whole poets."







Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing.









--pt
"Toda a arte é uma forma de literatura”. O diretor do Museu Rainha Sofia, em Madrid, Manuel Borja-Villel, espera que a exposição “Fernando Pessoa": seja “uma descoberta” para o público espanhol e internacional.

“A vanguarda portuguesa tem caraterísticas próprias” e a “figura de Fernando Pessoa é fundamental” neste movimento da primeira metade do século XX, disse Manuel Borja-Villel, na apresentação da exposição, esta manhã, em Madrid.

O primeiro-ministro português, António Costa, e o ministro espanhol da Cultura, Ínigo Méndez de Vigo, inauguram oficialmente a exposição esta terça-feira, às 19h30 (18h30 de Lisboa).

A exposição, aberta ao público de 7 de fevereiro (quarta-feira) até 7 de maio, vai reunir mais de 160 obras de arte (pintura, desenhos e fotografia) de cerca de 20 artistas, como José de Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Sarah Affonso, Júlio, Sonia e Robert Delaunay, entre outros.

“Alguns artistas são conhecidos do público espanhol, como José de Almada Negreiros, mas, no seu conjunto, são pouco conhecidos”, disse Borja-Villel.

As obras em exposição são emprestadas por diversas coleções privadas e instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian (56 obras), a Biblioteca Nacional de Portugal, Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, e o Centro Georges Pompidou, em Paris, entre outras.

O diretor do Museu Rainha Sofia sublinhou que, ao contrário do que aconteceu em outros contextos periféricos, os artistas vanguardistas portugueses nunca foram seguidores miméticos das inovações artísticas dos centros da época, como Paris.

“E é essa forma de ser outra coisa que é única” com a vanguarda portuguesa, explicou Manuel Borja-Villel.

Os comissários da mostra são a historiadora de arte Ana Ara e o subdiretor do museu Rainha Sofia, o português João Fernandes, que na semana passada disse à Lusa que esta exposição vai ser “uma grande revelação”, com “nomes fundamentais” da história do Modernismo em Portugal.

A exposição também presta uma atenção especial às revistas onde Fernando Pessoa escreveu, como A Águia, Orpheu, K4 O Quadrado Azul, Portugal Futurista ou Presença, que “atuaram como caixa de ressonância das ideias de vanguarda.

-

Sobre Fernando Pessoa.

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português.

Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como "Whitman renascido", e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.

Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras em inglês (e.g., de Shakespeare e Edgar Allan Poe) para o português, e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para o inglês.

Enquanto poeta, escreveu sobre diversas personalidades – heterónimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra. Robert Hass, poeta americano, diz: "outros modernistas como Yeats, Pound, Elliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente... Pessoa inventava poetas inteiros." 

Nenhum comentário:

Postar um comentário