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quinta-feira, 15 de março de 2018

Museum and Ruins of the Roman City of Ammaia. Foundation City of Ammaia. - Museu e Ruínas da Cidade Romana de Ammaia. Fundação Cidade de Ammaia. - Portugal

In this building is exposed a part of the immense collection collected in the works of archaeological excavation carried out in the area of ​​the City of Ammaia.



Here is a permanent exhibition that contains various elements of Roman material culture, divided by various themes: Epigrafia, Quimtidiano Ammaiense, Economic Activities and Architecture.



The museum also features a collection of glass objects from Roman times, such as bottles, plates, bowls and unguentaries, which surprise not only for its beauty but also for its excellent state of preservation.



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The City of Ammaia is located in the municipality of Marvão, Sá Salvador da Aramenha, in the Natural Park of Serra de Sº Mamede and its central area consists of Quinta do Deão and Tapada da Aramenha, in an approximate area of ​​25ha.



Classified as a National Monument in 1949, its ruins were abandoned until the end of 1994, when the City of Ammaia Foundation was created to study and preserve what remains of this Roman city.

Ammaia was elevated to Civitas around the year 44/45 d.C. having obtained the status of Municipivm still during the century. I d.C., however there are only data on the same in the reign of Lúcio Vero, in the year 166 AD.



The works developed in Ammaia today show what remains of the South Gate, the Baths and the Forum Temple.



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Roman Glass Jug
Globular jug ​​of trilobado nozzle.

Height 150mm, Maximum diameter 120mm. Colorless greenish

Full jug of globular deposit, concave base with canopy, short cylindrical neck, trilobado nozzle pulled back and folded, ribbon wing with thumb rest.

Isings Form 88b. Lusitanian production

Chronology: Uncertain (in use in the second and third centuries AD)

Inventory Number: MNA 13667


The glass jug presented here as part highlighted of February, the item entitled "Twelve months - Twelve Parts", is intervening in the core of the glass apples collection, belonging to the collection of the National Museum of Archeology, as its acronym of your inventory number so you report it.

The Apples collection is currently constituted by the agglomeration of two distinct collections, not by their content, but by category. One of the collections, already existing since the first decades of the 20th century in the reserves of the National Archaeological Museum, was "fed" by Mr. António Maçãs, a local owner and friend of José Leite de Vasconcelos, founder of this Museum, as evidenced by the exchange of correspondence between the two. Apart from the pieces that he sent to his friend Leite de Vasconcelos, he kept some for himself, thus also constituting a private collection. This last one was to thicken that of the Museum in Lisbon in 2008, by testamentary disposition of Dr. Delmira Maçãs, daughter of Mr. António Maçãs. It is therefore, and currently, the union of these two collections of pieces that have in Ammaia its origin, which translates the collection Apples, fully owned by the National Museum of Archeology. This collection, which includes different types of materials, with regard to glass, has 31 containers and 5 complete or almost, making a total of 36 pieces, a considerable number if compared to other Roman cities in territory currently Portuguese. It can be considered one of the best collections of glass, not because the quality of the glass is exceptional, but because of its state of conservation, which should not be unrelated to the characteristics of the soils that surround the Ammaia, of granite and naturally acidic origin. favorable to the preservation of glass.

Here, it is incumbent on us to speak exclusively about this piece, which we do not know in detail the conditions of its finding, but presumably it may have been discovered, for example, in tomb ploys, a circumstance that may also explain the excellent state of conservation in which features.

It is a globular pitcher lobed nozzle and belongs to the type Isings 88b, characterized by having a spun nozzle at the front and folded sideways, which, as stated by Mario Cruz (Cruz, 2015) is contrary to the later forms in the nozzle is only folded laterally.

As to the social function, or social functions, of the piece, it may have had the utilitarian function as a jug, serving the Roman tables, used to serve drinks. Probably not at any table, since it is a piece that we can call "luxurious". It may have had, on the other hand, only a votive function, its sole function being to accompany the deceased, being part of the funeral estate. Or it may have had both functions. This last hypothesis seems to be discarded since, due to the fragility of the piece, it would be difficult to keep in a good state of preservation as a continuous use in the beverage service.

We also know that this piece has two parallels, one from the Herdade do Reguengo, Vaiamonte (Alarcão, 1984, nº1) and the other from the Serrones necropolis, guarded by the Vila Viçosa Archaeological Museum (Alarcão and Alarcão, 1967, nº27) . The particularity that relates these three examples is the design of the wing, surmounted by a kind of latch, which presupposes a common provenance. As already mentioned by Alarcão: "It is curious to note that these three pieces (the only ones we know of this type in Portugal) come from a limited region of the Alto Alentejo, as if the production center were located somewhere in the convent or in the northeast of the Pacense "(Alarcão, 1984, p.173). This is not the case, coming from the production center of the city of Ammaia, where clear evidence of local glass production was detected in the Porta Sul sector, such as manufacturing remnants and raw glass flakes, proving sufficiently the existence of this production center , which Mário Cruz still points out that would have worked until the end of the century. IV or early 20th century. V.

The piece, as well as the remaining pieces of glass, can be seen at the City Museum of Ammaia, at the temporary exhibition "Ad Aeternitatem - the funeral spoils of Ammaia from the Apples collection of the National Archaeological Museum", inaugurated on May 15 2015 and here visitable until December 2016.






Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing









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Museu e Ruínas da Cidade Romana de Ammaia. Fundação Cidade de Ammaia.

Neste edifício encontra-se exposta uma parte do imenso espólio recolhido nos trabalhos de escavação arqueológica realizados na área da Cidade de Ammaia.

Aqui está patente ao público uma exposição permanente que contém diversos elementos da cultura material romana, divididos por diversos temas: Epigrafia, O Quotidiano Ammaiense, Actividades Económicas e Arquitectura.

O museu apresenta ainda uma colecção de objectos utilitários em vidro da época romana, tais como garrafas, pratos, taças e unguentários, que surpreendem não só pela sua beleza como também pelo excelente estado de conservação.
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A Cidade de Ammaia localiza-se no concelho de Marvão, em Sº Salvador da Aramenha, em pleno Parque Natural da Serra de Sº Mamede e a sua área central é constituída pela Quinta do Deão e pela Tapada da Aramenha, numa área aproximada de 25ha.

Classificada como Monumento Nacional em 1949, as suas ruínas estiveram abandonadas até finais de 1994, altura em que foi criada a Fundação Cidade de Ammaia para estudar e preservar o que resta desta cidade romana.

Ammaia foi elevada a Civitas por volta do ano 44/45 d.C. tendo obtido o estatuto de Municipivm ainda durante o séc. I d.C., no entanto apenas existem dados sobre o mesmo no reinado de Lúcio Vero, no ano de 166 d.C.

Os trabalhos desenvolvidos na Ammaia mostram hoje o que resta da Porta Sul, das Termas e do Templo do Fórum.

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Jarro de Vidro Romano
Jarro globular de bocal trilobado.


Altura 150mm, Diâmetro máximo 120mm. Incolor esverdeado

Jarro completo de depósito globular, base côncava ápode, gargalo cilíndrico curto, bocal trilobado repuxado e rebatido, asa de fita com apoio para polegar.

Forma Isings 88b. Produção lusitana

Cronologia: Incerta (em uso nos sécs. II – III d.C.)

Número de inventário: MNA 13667

O jarro de vidro que ora apresentamos como peça em destaque do mês de Fevereiro, da rubrica intitulada “Doze meses – Doze peças”, é interveniente no núcleo dos vidros da colecção Maçãs, pertencente ao acervo do Museu Nacional de Arqueologia, como o próprio acrónimo do seu número de inventário assim o denuncia.

A colecção Maçãs é, actualmente, constituída pela aglomeração de duas colecções distintas, não pelo seu conteúdo, mas pela categoria. Uma das colecções, já existente desde as primeiras décadas do século XX nas reservas do Museu Nacional de Arqueologia, foi “alimentada” pelo Sr. António Maçãs, proprietário local e amigo de José Leite de Vasconcelos, fundador deste Museu, como é comprovado na troca de correspondência entre ambos. Para além das peças que enviava ao seu amigo Leite de Vasconcelos, guardava algumas para si, constituindo, assim, também ele, uma colecção particular. Esta última foi engrossar a do Museu em Lisboa, em 2008, por disposição testamentária da Dr.ª Delmira Maçãs, filha do Sr. António Maçãs. É pois, e actualmente, a união dessas duas colecções de peças que tem na Ammaia a sua origem, que se traduz a colecção Maçãs, integralmente propriedade do Museu Nacional de Arqueologia. Esta colecção, que engloba diferentes tipologias de materiais, no que concerne aos vidros, conta com 31 recipientes inteiros e 5 completos ou quase, perfazendo um total de 36 peças, um número considerável se compararmos com outras cidades romanas em território actualmente português. Pode ser considerada uma das melhores colecções de vidros, não porque a qualidade do vidro seja excepcional, mas pelo seu estado de conservação, a que não devem ser alheias as características dos solos que envolvem a Ammaia, de origem granítica e naturalmente ácidos, sendo por isso favorável à preservação do vidro.




Aqui, compete-nos falar exclusivamente sobre esta peça, que não sabemos detalhadamente as condições do seu achado, mas presumivelmente esta poderá ter sido descoberta, por exemplo, em pilhagens de sepulturas, circunstância que pode explicar também o excelente estado de conservação em que se apresenta.

Trata-se de um jarro globular de bocal trilobado e pertence ao tipo Isings 88b, caracterizando-se por ter um bocal repuxado na frente e rebatido lateralmente, que, como afirma Mário Cruz (Cruz, 2015) é contrária às formas tardias em que o bocal é apenas rebatido lateralmente.

No que respeita à função social, ou funções sociais, da peça, ela pode ter tido a função utilitária como jarro, servindo às mesas romanas, usado para servir bebidas. Provavelmente, não a uma mesa qualquer, uma vez que se trata de uma peça que podemos apelidar de “luxuosa”. Pode ter tido, por outro lado, apenas uma função votiva, sendo a sua função exclusiva a de acompanhar o defunto, fazendo parte do espólio funerário. Ou pode ainda ter tido ambas as funções. Esta última hipótese parece ser de descartar uma vez que, pela fragilidade da peça, se tornaria difícil manter-se em tão bom estado de conservação como uso continuado no serviço de bebidas.


Sabemos ainda, que esta peça possui dois paralelos, um proveniente da Herdade do Reguengo, Vaiamonte (Alarcão, 1984, nº1) e o outro da necrópole de Serrones, à guarda do Museu Arqueológico de Vila Viçosa (Alarcão e Alarcão, 1967, nº27). A particularidade que relaciona estes três exemplares é o desenho da asa, encimado por uma espécie de trinco, que pressupõe uma proveniência comum. Como já J. Alarcão havia mencionado: “Não deixa de ser curioso assinalar que estas três peças (as únicas que conhecemos deste tipo em Portugal) provêm de uma região limitada do Alto Alentejo, como se o centro de produção ficasse algures no convento emeritense ou no nordeste do pacense”(Alarcão, 1984, p.173). Não sendo assim, proveniente do centro de produção da cidade de Ammaia, onde foram detectadas evidências claras de produção local de vidro no sector da Porta Sul, tais como restos de fabrico e lascas de vidro bruto, que provam suficientemente a existência desse centro de produção, que ainda Mário Cruz aponta que teria funcionado até finais do séc. IV ou inícios do séc. V.

A peça, bem como as restantes peças em vidro, poderá ser vista no Museu Cidade de Ammaia, na exposição temporária “Ad Aeternitatem – os espólios funerários de Ammaia a partir da colecção Maçãs do Museu Nacional de Arqueologia”, inaugurada em 15 de Maio de 2015 e aqui visitável até Dezembro de 2016.


https://fundacaoammaia.wordpress.com/

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