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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Moedas e Toiros no Museu de Angra do Heroísmo

Portugal


O Museu de Angra do Heroísmo inaugura na próxima quinta-feira, dia 16 de Junho, pelas 18 horas, duas exposições intituladas: Faces da Moeda e Terceira, Terra de Toiros.
A moeda é o tema central da primeira mostra, que estará patente na Sala do Capítulo, até 16 de Outubro. Trata-se de um projecto expositivo que  fecha um ciclo que se iniciou com a aquisição duma colecção de numismática essencial para o património cultural da Região, em 2010. O valor material e simbólico da mesma pode ser expresso em números – 1106 espécies –, mas traduz-se, sobretudo, em elementos representativos e evocativos das dinâmicas e das problemáticas inerentes à vida material e económica dos Açores, já que Angra foi o único local dos arquipélagos atlânticos do Espaço Português a assistir à produção de moeda metálica por todos os principais processos, num longo percurso que começa logo no século XVI, com D. António I, o Prior do Crato, e vem até finais do século XIX.
Em Faces da Moeda estão presentes todas as técnicas conhecidas de produção de moeda metálica: desde as moedas batidas em cunhagem manual até às realizadas com o auxílio de processos mecânicos; desde as fundidas (que a Terceira foi o único local no País a ver fazer) às marcadas e remarcadas por necessidades de revalorização ou autorização, como é o caso da vastíssima multidão de “GP” coroados, apostos sobre moedas de quase todas as partidas do Mundo e que aqui circulavam livremente.
Por seu turno, Terceira, Terra de Toiros  ilustra a relação distintiva que a população desta ilha mantém com o Toiro, enquanto parceiro de divertimento, nas touradas à corda e de praça, e animal consagrado ao Divino Espírito Santo, consumido de forma claramente ritualizada durante as funções. Das peças expostas, destaca-se uma colecção trastes taurinos, das quais salientamos um conjunto de trajes de toureio, de praça e de corda, coloridos e pitorescos que cativam pela exuberância das suas formas e requinte da sua manufactura.
Paralelamente, o Museu de Angra do Heroísmo dá seguimento à iniciativa Museu Aberto, procedendo à renovação dos cartazes em grande dimensão afixados na Caixa Geral de Depósitos, que reproduzem páginas da rubrica com o mesmo nome na revista do Diário Insular. Na 3ª edição desta iniciativa, expõem-se 4 fotografias artísticas da autoria de António Araújo, relativas a  mobiliário de cedro, produzido em Angra, durante os séculos XVI e XVII. As três arcas e o contador aqui exibidos são exemplos da arte de mestres angrenses que contrariaram o isolamento ilhéu, vertendo para as suas criações o que de espantoso lhes ia chegando de outros mundos e demonstraram, desde logo, a possibilidade de se exportarem produtos de qualidade e alto valor acrescentado a partir destas ilhas. Estes móveis podem ser apreciados na exposição Do Mar e da Terra… uma história no Atlântico

GaCS/MAH


fonte:
http://correionorte.com/governo-dos-acores/71769-gacs-moedas-e-toiros-no-museu-de-angra-do-heroismo

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