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domingo, 12 de junho de 2011

Nossos museus

Nossos museus estão aí, apesar de tudo, abertos quase que diariamente para uma minoria,e revelam uma diversidade interessante de assuntos, além da preservação de ideias
Pergunte a um mogiano de nascimento ou de coração, se ele sabe quantos museus existem na cidade ou se conhece algum. Depois, faça a mesma indagação a várias pessoas. A resposta que prevalecerá será um surpreendente não. Mogi das Cruzes tem um vasto repertório artístico e cultural em todas as modalidades, para todos os gostos. 
No entanto, infelizmente, ainda é uma cidade que trata e toca a sua cultura a trancos e barrancos, focada na realização de eventos para atingir o maior número de pessoas em locais de grande concentração humana. Dessa forma, não se cria ou incentiva esse gosto por nossas origens, afinal, o passado pode nos revelar muito sobre o momento atual e futuro.

Sem eventos de incentivo à formação de um público para esse tipo de lazer cultural e histórico com um projeto contundente para utilizar os acervos como meio de educação, de nada adianta cuidar dos prédios que abrigam nossos museus, manter as peças impecavelmente dispostas e bem-cuidadas, pois poderão virar verdadeiros elefantes brancos. E esses museus que ninguém vê servirão apenas para exibirmos uma vocação para esse tipo de apreciação que, de fato, não temos. Um mero efeito placebo, assim como os falsos remédios que o paciente toma e acaba achando que sarou por causa deles, mais ou menos assim.

Mas nossos museus estão aí, apesar de tudo, abertos quase que diariamente para uma minoria, e revelam uma diversidade interessante de assuntos e uma preocupação constante de autoridades, associações e pessoas envolvidas com a preservação das ideias, das boas ações, da nossa história. E vale a pena ser visitados. São quatro sob a responsabilidade de Prefeitura e entrada gratuita aos visitantes.

O Museu de Arte Sacra, por exemplo, nos últimos 20 anos, amargou mudanças diversas, suas peças barrocas, com anjos e santos entalhados em madeira, que até ficaram em um depósito empoeirado no 3º andar da Prefeitura no final dos anos 90, até, enfim, voltar ao seu local de origem e justo, na Igreja do Carmo, no centro histórico.

O Museu Histórico e Pedagógico Visconde de Mauá é focado em documentos históricos que revelam os detalhes da formação de Mogi das Cruzes, seus personagens importantes, imagens antigas do município, enfim, uma aula de história que proporciona ao público acesso direto aos documentos originais. Uma verdadeira viagem ao passado.

O Museu Histórico Professora Guiomar Pinheiro Franco, no casarão da tradicional família mogiana, mostra objetos de ex-combatentes que viraram nome de importantes avenidas e ruas da cidade, além de mobiliário do século XXVII, imagens raras de santos e toda a história de sua última proprietária, dona Guiomar, que dedicou sua vida às causas sociais, principalmente à frente da Rede de Combate ao Câncer, que hoje leva o seu nome.

E, por último, o Centro de Cultura e Memória "Expedicionários Mogianos", o mais recente, que reverencia àqueles que participaram da 2ª Guerra Mundial, com objetos, imagens e livros que estão em exposição permanente. Recentemente, a cidade também ganhou o Museu da Festa do Divino, de total responsabilidade da Associação que organiza o evento. Está na área central e, nas cores vermelho e branco contam a história da festa mais tradicional do país. 
Vale a dica: resgatar tudo de bom que Mogi das Cruzes um dia viveu, visitando nossos museus, conhecer o seu passado dará ao visitante aquela sensação de dever cumprido ao entender como tudo começou e como os fatos foram ocorrendo ao longo de nossa rica história. Para quem cuida dessas preciosidades, é hora de alavancar as visitas por meio de ações que despertem o interesse de pessoas de todas as idades, de criar mais essa tradição na cidade. É puro exercício da cidadania, faz bem a todos!

fonte:
http://www.moginews.com.br/materias/?ided=1227&idedito=61&idmat=95372 

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