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sábado, 23 de julho de 2011

Reunião para criar o Museu do Imigrante da Região Serrana


- Associação de Amigos do Museu e programa para discutir a importância do espaço

Nesta terça-feira, interessados na instalação do Museu do Imigrante da Região Serrana se encontraram no Hotel Várzea para discutir as ações necessárias para a implantação do museu, já aprovado em lei estadual desde 2002 e uma das promessas do governo do Estado dentro dos projetos de investimentos nas cidades afetadas pelas chuvas de janeiro. Participaram do encontro, Elenora Nobre e Luciene Figueiredo, da Superintendência de Museus (SMU); Lúcia Ibrahim, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); Márcia Bibiane, da Secretaria de Museus do Estado; Morgana Eneile, assessora do Ministério da Cultura; Edite Sidi e Marcio de Paula, da Soarte; Regina Rebello, do serviço de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do município, o ex-secretário de Cultura de Teresópolis Wanderley Peres, responsável pelo Pró-Memória Teresópolis e o autor da lei que instituiu o Mires, deputado Nilton Salomão.

Além de compartilhar conhecimentos sobre as potencialidades do novo espaço cultural, o grupo também decidiu a realização de um seminário, programado para o dia 1 de outubro, onde serão expostos painéis que provocarão o interesse do público para a questão da memória regional e a criação de uma associação de amigos do museu. “Mais do que o acervo das famílias de imigrantes, Teresópolis tem ainda viva a memória desses imigrantes, então é preciso criar um grupo de trabalho para poder identificar como aconteceu essa imigração para Teresópolis, como vieram os italianos, os alemães, os suíços, quando eles chegaram, quem são os descendentes destas famílias... É muito comum encontrarmos uma pessoa com um sobrenome e ela não sabe a sua origem. Fazer o teresopolitano conhecer-se como parte da história de um município será o grande ganho social e cultural que esse museu vai oferecer”, lembrou Wanderley Peres, que toca o projeto Pró-Memória Teresópolis.

Segundo Morgana Eneile, do Ibram, o Ministério da Cultura tem várias linhas de atuação de apoio criação de novos museus principalmente em cidades e regiões onde eles ainda não estão devidamente instalados enquanto equipamentos, que é o caso de Teresópolis que até hoje não tem um espaço museológico de fato. “Creio que dentro da proposta de expansão de museus no país já seria de interesse do Ministério e da nossa instituição vinculada ao Instituto Brasileiro de Museus apoiar essa iniciativa dos moradores da cidade, dos vários interessados na criação do museu”, lembrou.

Esquecido por falta de vontade política, o Museu do Imigrante, está instituído por lei estadual desde 2002, projeto de lei do deputado Salomão. “A importância desse museu é primeiro preservar a história, permitir que jovens, alunos conheçam com mais detalhes a história da Região Serrana, mas ele tem um grande objetivo na área da economia, fazer com que Teresópolis se consolide cada vez mais como uma cidade distribuidora de turismo na região serrana. Hoje nas discussões nós vimos um outro ganho extraordinário que será a valorização e o exercício da cidadania a partir do conhecimento da história e com esse conhecimento, a preservação da cidade, o aumento do sentimento crítico de preservação ambiental, da história, então vivemos um dia histórico porque tivemos aqui o governo federal, o governo do estado e representantes da cultura de Teresópolis”, disse, lembrando que um dos espaços sugeridos para o Mires seria o prédio quase centenário do Hotel Várzea, sítio histórico de Teresópolis já tombado pela municipalidade.

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