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domingo, 28 de agosto de 2011

Lazer faz parte do aprendizado no vestibular


Por que não transformar um passeio  cultural ou momento de lazer em forma prazerosa de se preparar para o Enem? Está enganado quem considera a tarefa impossível. Filmes, documentários, exposições e museus podem ajudá-lo.
Há, inclusive, duas competências (nas quais avalia-se a capacidade de resolver situações-problemas) diretamente ligadas a atividades desse tipo: A Arte Expressando Ideias e Emoções, na prova de Linguagens, e Cultura e Identidade, na de Ciências Humanas. Sem contar as questões com imagens de obras de artistas brasileiros.
"A arte e os filmes são formas de linguagem. O aluno precisa ter intimidade com várias delas", afirma Daily de Matos Oliveira, coordenador de História do Colégio e Curso Objetivo. Essas experiências não vão dar exatamente as respostas para as perguntas. Entretanto, certamente o auxiliarão a entender melhor o contexto e encontrá-las com mais facilidade.
Patrimônio histórico-cultural é um dos assuntos sempre abordados no Enem, segundo o professor. Por isso, é preciso estar ligado nos critérios que o definem e na importância de preservá-lo. Dica? Dê uma olhada nos sitesdo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (http://portal.iphan.gov.br) e da Unesco (www.unesco.org/new/pt/brasilia). Os dois têm muito material sobre o tema.
Quem mora no Grande ABC também pode visitar importante patrimônio: Paranapiacaba. A Vila Histórica, aliás, é candidata a patrimônio da humanidade pela Unesco desde 2008. Percebeu como bem perto da gente há coisas bacanas? O problema é que nem todas são preservadas, como a casa da pintora modernista Anita Malfatti, em Diadema, que deu espaço a um condomínio residencial.
Conhecer a história da família por meio de bate-papo com pais e avós também pode fazê-lo compreender, por exemplo, a formação social do País. Investir nisso não é perda de tempo. Preparar-se para o Enem pode ser processo superenriquecedor, que influenciará opiniões e até seu futuro. "Ninguém se torna gente boa sem referências artística, familiar e histórica. O conhecimento nos livra de preconceitos", garante Daily.

Arte ensina a pensar e completa o conhecimento - Felipe Ribeiro, 17 anos, de Santo André, é superligado em filmes, livros e música. Assim que acaba uma obra, inicia a leitura de outra, de preferência de algum escritor russo. Já ficou um mês inteiro assistindo aos longas do diretor Quentin Tarantino. Acompanha o noticiário e blogs, além de ficar de olho em shows gratuitos que acontecem em parques e praças. Também não deixa de trocar conhecimento com o irmão mais velho, que cursa História.
Depois que passou a manter esses hábitos, diz que começou a ter mais facilidade para entender as informações. Prova disso é que, apesar de não curtir muito Física, vai bem nas provas. "Isso me dá visão crítica das coisas, me ajuda a analisar o que acontece ao meu redor."
Por meio do Enem, Felipe, que está no 3º ano do Colégio Singular, pretende conquistar vaga no curso de Filosofia da UFABC ou da Unifesp. E se pintar oportunidade de estudar em uma universidade federal em outro Estado, topará o desafio na hora. No entanto, garante que não vai rolar ‘neura' se não entrar numa instituição pública. Ele está mais preocupado com algo além: sua formação humana.

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