A remoção da sujeira em alguns casos exige bisturi, com o extremo cuidado para que a tinta original da obra não seja retirada
Santa saliva
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Sorocaba ainda não está aberto ao público, mas desde fevereiro deste ano realiza limpeza das obras. Conservação inclui vários métodos, um deles é o “guspe”
A diferença é nítida. A imagem volta a sua cor original, sem a sujeira acumulada por anos.
O estagiário do museu, Gaio Jhonatas Cruz Souza, 26 anos, responsável pelo trabalho já realizado em cerca de 20 obras de arte, explica que em alguns casos a sujeira acaba sendo um registro histórico da obra. No geral, ele afirma que toda imagem é um documento histórico, porque cada um diz sobre os cultos pelos quais passou e carrega as marcas de seu histórico.
Entre as imagens limpas e polidas estão uma Virgem Conceição, de 1626, São Miguel em madeira, do século 17, uma imagem de altar da Nossa Senhora Assunção, do século 18, em madeira e em pano engessado, entre outras.
O que tomou mais tempo de Gaio foi o quadro de Nossa Senhora do Rosário. “ O tempo necessário não é calculado pelo tamanho da obra, mas justamente pelos detalhes”, ressalta.
Próxima etapaA intenção de Pedro Benedito é de recuperar obras em madeira que foram atacadas por cupins, mas até agora o que impede o procedimento é o custo alto das resinas e a falta de espaço adequado para a aplicação.
DescobertasCom a limpeza e análise de cada obra foram descobertas algumas modificações feitas, ao longo do tempo, nas imagens. Por exemplo, uma imagem com olho fechado, tinha na verdade olhos de vidro e foram pintados por cima.
PeregrinaçãoAntes de sair em peregrinação, em agosto, a imagem de Nossa Senhora da Ponte foi limpa e polida com cera natural, que não agride a imagem, pelas mãos de Gaio.
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