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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Base Aérea do Amapá será museu a céu aberto


A Câmara Municipal do Município de Amapá vai sediar nesta sexta-feira, 7, a partir das 10h, reunião que irá debater o Projeto de “Transformação da Base Aérea em Museu”. Estarão presentes representantes do governo, prefeitura do município, vereadores, entidades, diretores escolares, estudantes, moradores da comunidade e imprensa.
A transformação da Base Aérea em Museu é um compromisso do governo do Estado. As discussões vêm acontecendo desde o início da nova gestão e ganhou força com a criação de uma Gerência específica para tratar o assunto. Seguindo o princípio de administrar com o povo, a reunião desta sexta-feira visa esclarecer à comunidade os objetivos do projeto e ouvir as demandas e posicionamento dos moradores.
De acordo com a gerente do projeto “Transformação da Base Aérea do Amapá em Museu”, Neidiane Sucupira Assunção, a determinação do governador Camilo Capiberibe foi organizar uma verdadeira força tarefa, para tornar o Museu à Céu Aberto realidade. A iniciativa ganhou parceiros fundamentais.
As instituições a seguir não estão medindo esforços para que a Base Aérea do Amapá seja entregue à população amapaense o quanto antes, são elas: Governo do Amapá, através da Gerência de Transformação da Base Aérea do Amapá em Museu; da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Museu de Arqueologia e Etnologia; Secretaria de Estado da Infra-Estrutura (Seinf); Secretaria de Estado do Turismo (Setur); Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap); Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa); Universidade Federal do Amapá (Unifap); Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); Prefeitura de Amapá; Secretaria de Cultura de Amapá; Ministério Público Federal.
“Temos certeza de que este Museu terá impacto direto na economia do município de Amapá e do Estado, pois vai fomentar o turismo, além de resgatar uma parte da história do Amapá, que está se perdendo com o tempo. Se não agirmos rápido, em breve, tudo que sobrará daquele espaço são mais e mais ruínas”, declara o secretário de Estado da Cultura, Zé Miguel.
Legado histórico Cultural
Os trabalhos de construção da Base Aérea de Amapá tiveram início em 1941. Após a guerra, em 1946, foi desativada e passou para as mãos da Força Aérea Brasileira (FAB), que montou ali o Centro Aéreo de Treinamento. Com a saída dos estrangeiros, a região entrou em decadência, passando a ser refúgio de garimpeiros que, até hoje, exploram ouro nos rios encachoeirados das redondezas.
Um dos marcos mais importantes desse tempo, ainda hoje de pé na base do Amapá, é a torre de atracação de dirigíveis – pequenos zeppelins, chamados de “blimps”, que faziam a patrulha anti-submarina e a escolta de comboios de navios no Atlântico. No Brasil, os americanos tinham 16 “blimps”, divididos em quatro esquadrões, um deles com atuação no Amapá. Em fevereiro de 1944, na costa amapaense, esses dirigíveis resgataram sobreviventes de dois aviões B-25 acidentados na selva.
O empenho em transformar a Base do Amapá em pólo cultural, para receber visitantes de várias partes do país e até do exterior faz sentido, tendo em vista que a rodovia que corta o município, e que está sendo asfaltada, é rota para a Guiana Francesa, território que ainda hoje é colônia da França.

Rita Torrinha/Secult

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