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domingo, 23 de outubro de 2011

Museu do Cinema de Frankfurt reabre com espaço ampliado




Quem se interessa pela história dos bastidores do cinema pode descobrir, no museu dedicado à sétima arte em Frankfurt, câmeras antigas, cenários e figurinos de época.

 
 Para os amantes do cinema na Alemanha, há seis instituições na Alemanha dedicadas à história da sétima arte. Quatro deles (Frankfurt, Berlim, Potsdam e Düsseldorf) são "verdadeiros" museus, com espaços dedicados a exposições e tudo a que se tem direito. Já as casas de Munique e Wolfen não possuem seus próprios espaços de exposição, limitando-se a oferecer sessões de cinema e também assumindo tarefas de restauração de películas antigas.
O mais antigo Museu do Cinema dio país é o de Frankfurt, reaberto há pouco tempo, depois de passar por amplas reformas.
Objetos dos primórdios da cinematografia
Neste museu, o elogio à sétima arte se dá através da exibição de objetos em diversos andares, onde podem ser apreciadas câmeras, projetores antigos, figurinos históricos e roteiros originais. Por outro lado, o visitante tem também acesso a filmes no sentido literal do termo, ou seja, pode assistir a trechos de clássicos da história do cinema, podendo traçar inclusive paralelos entre eles. Essa projeção em quatro telas é a nova "menina dos olhos" do museu, responsável por entusiasmar o visitante pela arte cinematográfica.
Quem quiser pode também participar de atividades interativas. Em pequenos monitores, dispostos em salas escuras, é possível entender como funciona o processo de realização de um filme. O visitante pode editar algumas cenas, optar por combinações entre trilhas sonoras e imagens, montando seu próprio filme. Uma oferta especialmente interessante para adolescentes e jovens, público-alvo do museu no futuro.
O cinema e as mudanças do tempo
Pois os organizadores do museu também estão cientes de que o cinema, na forma como surgiu, é hoje apenas uma entre diversas ofertas disponíveis no universo midiático, em constante mudança.
"O Museu do Cinema tem hoje uma proposta completamente diferente daquela que tinha há 25 anos. Naquela época, tinha-se em casa, no máximo, um vídeo para uso doméstico. Hoje, a imagem em movimento é onipresente. Todo mundo pode usar as mídias de maneira criativa. Esse novo ponto de partida tem que ser usado por um museu dedicado ao cinema como base para sua oferta de conteúdos", diz Maja Keppler, do Museu do Cinema de Frankfurt.
O entusiasmo de diversos grupos de jovens e crianças pelo Museu deixa claro que o cinema não é uma mídia em extinção. Ele não perdeu seu poder de fascínio perante o espectador, nem mesmo em seu segundo século de existência. As condições em que um filme é realizado ou exibido, contudo, mudaram.
Hilmar Hoffman, secretário de Cultura de Frankfurt e um dos fundadores do Museu do Cinema na cidade, está absolutamente convencido disso. "O cinema volta-se também para os cidadãos que não dispõem de um formação estética. Um museu como esse conduz o visitante desde o filme popular até o cinema de ambições estéticas elevadas. É esta sua tarefa", conclui.
Internationale Verständigung
Bernd Desinger, diretor do Museu do Cinema de Düsseldorf há dois anos, também aposta na constante popularidade da sétima arte. Segundo ele, os museus do cinema são importantíssimos exatamente por isso: porque nenhum outro produto cultural é capaz de atrair tanta gente quanto o filme. 
"Nenhum outro produto cultural tem a possibilidade de fomentar uma compreensão internacional, de expor as vivências humanas, entre elas diversos sentimentos, mas também dificuldades ou alegria. Isso não existe em nenhuma outra forma de arte", observa Desinger.
Experimentando fazer cinema: nova mostra permanente no Museu de FrankfurtExperimentando fazer cinema: nova mostra permanente no Museu de Frankfurt
Isso fica visível no número de visitantes. Os museus do cinema de Düsseldorf registram números crescentes de interessados, sobretudo as grandes exposições, que acabam atraindo com frequência um grande público, formado por pessoas de todas as idades. Convidando, ainda, de quebra, o visitante para uma ida literal ao cinema – de preferência na sala de exibição ao lado, que pertence ao museu.
Autor: Jochen Kürten (sv)
Revisão: Marcio Pessôa

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