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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Encontro de Arte de Belém chega a 38ª edição

Quarenta espetáculos, entre atrações nacionais e internacionais, do cinema e artes visuais, do jazz à música erudita, com entrada franca, nos principais palcos da cidade. O Encontro de Arte de Belém começa nesta quinta-feira (1º) e segue até o dia 9 de dezembro, em mais uma edição de um dos mais tradicionais eventos de arte da capital, realizado desde 1973.

Na extensa grade de programação, artistas consagrados no Brasil, como o violinista Fredi Gerling, a pianista Cristina Capparelli e a violoncelista Milene Aliverti, e as atrações internacionais: o regente francês Philippe Forget e o pianista americano Jeff Gardner, um dos ícones do jazz na atualidade.

Organizado pela UFPA, através do Instituto de Ciências da Arte e sua Escola de Música, o Enarte é realizado em sete dos principais teatros e espaços culturais da cidade: o Theatro da Paz, o Sesc Boulevard, Espaço São José Liberto e Arte Doce Hall estão entre eles.

Na Praça Batista Campos acontecerá um dos shows mais esperados: Derico, saxofonista do sexteto do Jô, se apresentará ao lado de seu irmão, o pianista Sérgio Sciotti, formando o Duo Sciotti. No mesmo palco se apresentará o grupo paraense de pop rock Beatles Forever, afirmando a superação do evento quanto a ultrapassadas divisões entre arte erudita e popular.

Ainda na linha da fusão das artes chamadas eruditas ou populares, se apresentará a Orquestra de Música Latina, com os arranjos do regente Leonardo Coelho de Sousa para salsa, merengue, samba, frevo e outros ritmos brasileiros e cubanos; e se apresentará no Theatro da Paz a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia, consagrada por seus jovens violoncelistas roqueiros, que com idades entre 13 e 17 anos já possuem carreira internacional.

O pianista Leonardo Coelho também mostra seu mais novo trabalho, o disco “Joá”, ao lado de Ney Conceição e Lúcio Vieira, nomes de peso que já tocaram com Maria Betânia, Gilberto Gil, entre outros. “Joá” valoriza a música popular regional em diálogo com o jazz e o clássico mundial.

A programação traz ainda o Sexteto de Sete, grupo de câmara que valoriza a música clássica e moderna regional e brasileira; o recital de violões Ritmos da Amazônia de José Maria Bezerra; as Óperas Bastião e Bastiana de W. A. Mozart, coordenada e adaptada por Madalena Aliverti, e Orfeo, com regência de Philippe Forget; a Noite de Canto Lírico e o lançamento do CD e recital do Arcor Trio serão também alguns dos grandes momentos deste evento.

Cinema, música e ópera
OEnarte exibe também a mostra Cinema e Música organizada pelo curso Bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFPA. A programação trará títulos de grandes personalidades da MPB, como Tim Maia, Jards Macalé, Walter Franco e Mutantes, e será o marco de lançamento do No Ar Cineclube, espaço de discussão sobre audiovisuais do Curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará.

Entre os dias 2 e 4 de dezembro, serão exibidos, sempre às 16h, alguns dos mais importantes documentários nacionais sobre os ritmos brasileiros. Títulos raros, disponíveis graças a Programadora Brasil, serviço do Ministério da Cultura, criado pela Secretaria do Audiovisual, Cinemateca Brasileira e Sociedade Amigos da Cinemateca, ao qual o curso de Cinema e Audiovisual da UFPA é associado.

Na sexta-feira, abrindo a mostra, será projetado na capela do São José Liberto o filme “Música de Invenção”, que traz seis curtas metragens que apresentam a inventividade de que a música brasileira é capaz. Será exibido também “Ritmos Brasileiros”, no dia 4, que abre o debate sobre o talento do artista brasileiro para criar e combinar ritmos musicais.

ÓPERA
Coordenado pelas professoras Adriana Azulay e Adriana Couceiro, diretoras da Escola de Música do Instituto de Ciências da Arte da UFPA, o Enarte aposta ainda na música erudita. Entre os destaques, a ópera “Bastião e Bastiana”, dirigida pela cantora lírica Madalena Aliverti.

O espetáculo é a releitura amazônica de “Bastian und Bastienne”, de Mozart. Os protagonistas, antes camponeses, viraram caboclos. Já o mago Colas agora é um índio capaz das mais diversas encantarias para unir novamente o casal.

“A ópera foi livremente adaptada para o português, porém sem perder a melodia das músicas e a essência da história”, afirma a diretora, que também atua e canta no espetáculo, Madalena Aliverti, cantora lírica e professora de canto do Conservatório Carlos Gomes e da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Belém (PA). “O público se diverte e interage já que a música está em português e todo mundo capta a ideia bem rápido”, afirma.


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