Viajar, através das imagens, pelas cidades russas… Outrora, um génio
da sétima arte fê-lo com um único plano-sequência, num museu de São
Petersburgo (“A Arca Russa”, de Sokurov). Agora, propomos uma viagem a
Moscovo, com a câmara na proa.
Descobrir a capital russa a bordo de um barco é a opção favorita de
muitos turistas. Os monumentos desfilam nas margens e os passageiros
poupam os esforços para outras andanças.
“Foi o Rio Moscovo que deu o nome à cidade construída no século XII.
Hoje, o rio oferece algumas das melhores vistas panorâmicas que resumem
a história e a modernidade da capital russa”, descreve o jornalista da
euronews,
veja o vídeo... nolink abaixo
Denis Loktev.
Na margem sul, fica o centro do poder político da Rússia. O Kremlin
foi construído em 1156 para ser a fortaleza central de Moscovo. Trata-se
de uma página incontornável da história da arte, que combina os estilos
bizantino, barroco e o neoclássico. Lá dentro, uma série de edifícios
majestosos, como o Grande Palácio ou a torre do sino de Ivan o Grande.
As cúpulas douradas das catedrais ortodoxas decoram as margens do rio. É o caso do convento Novodevichy. Classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, o monumento manteve-se praticamente inalterado desde o século XVII.
Durante a era soviética, os edifícios do convento foram transformados
em museus e apartamentos. Nos anos 90, as freiras puderam regressar e a
vida religiosa retomou o seu rumo. É o que conta a abadessa Margarita:
“Depois de décadas difíceis para o nosso país, houve uma altura em que o
povo russo teve a oportunidade de repensar a vida, de olhar para a
história, tirar as conclusões adequadas e recomeçar a rezar.”
Um local de recolhimento e meditação, mas também um espaço para descobrir algumas relíquias do barroco.
A viagem de barco continua até à Universidade de Moscovo. A
instituição académica mais conhecida da Rússia atrai dezenas de milhares
de estudantes de vários países. A universidade é um dos sete
arranha-céus construídos sob as ordens de Estaline. A torre atinge 240
metros e tem 36 andares.
Outro exemplo, deste estilo sumptuoso, é o Hotel Ucrânia, agora
gerido por uma cadeia de hotéis de luxo. O Ucrânia tem uma coleção de
arte de mais de mil quadros de artistas soviéticos da primeira metade do
século XX e um diorama, ou seja, uma representação muito realista da
cidade de Moscovo, elaborado em 1977.
A herança cultural espreita a cada esquina. Os restaurantes
rivalizam pelos melhores pratos de gastronomia russa. As composições
variam em torno de uma grande variedade de peixes, aves, cogumelos,
bagas e mel.
O maior “pulmão” da cidade é o Parque Gorky que se transformou num
dos locais favoritos da juventude moscovita. Nos anos que se seguiram à
era soviética, o parque foi usado para feiras populares e outras
atrações. Os tempos são outros e o jardim é agora palco de aulas de
Yoga, de partidas de petanca e de sessões de cinema ao ar livre
“Antigamente só se podia usufruir das atrações, comer pipocas e
doces e era tudo”, relembra a diretora do parque, Olga Zakharova.
“Agora, o parque está completamente diferente. Tem um programa cultural
rico que atrai um público muito diferente”, conclui.
fonte:
http://pt.euronews.com/2012/06/11/a-barca-russa/
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