Foto: Francisco Emolo/Jornal da USP
Exposição inovadora
Fotos: Francisco Emolo/Jornal da USP
Estão expostas diversas espécies taxidermizadas, posicionadas em cenários que simulam biomas brasileiros, como cerrado, caatinga, recifes de coral, o Pantanal e a Floresta Amazônica. Porém, não são só os animais de hoje, como a onça pintada, o tatu e a arara azul, que estão presentes no espaço de 600m² da mostra. Representações de esqueletos de espécies extintas, como a preguiça gigante, o tigre dentes-de-sabre e até um dinossauro, estão colocadas para fazer referência à Teoria da Evolução das espécies, de Charles Darwin (1809-1882). Um detalhe interessante é a ausência de redomas ou vitrines em volta das peças. Queremos que o público, principalmente as crianças, seja alertado constantemente, durante a exposição, sobre a fragilidade das peças, sempre lembrando que é uma fragilidade que se aplica à realidade das espécies, esclarece a curadora. Nesse sentido, outra placa posicionada informa que nas últimas cinco décadas, o homem pode ter contribuído para o desaparecimento de 30 mil espécies.
Fique de olho
Para reforçar o tema do evento, a curadoria preparou um estande que dá detalhes sobre o olho humano, assim como placas no formato das de trânsito, mas com figuras de olhos. Acompanhando a exposição, as crianças vão ficar mais de olho, perceber que vão crescer em um mundo com uma biodiversidade bem menor que a geração anterior, e que cabe a elas tomar atitudes para reverter esse quadro, acredita Maria Isabel. Para atrair a atenção dos mais jovens, entretanto, nada de equipamentos supertecnológicos.
Desde o princípio, a nossa pretensão era mudar o conceito que as pessoas têm sobre museus, de que são cheios de coisas velhas e chatas, e a melhor maneira de fazer isso seria apresentar um assunto extremamente atual e com implicações futuras, mas ao mesmo tempo sem a necessidade de nos voltarmos aos equipamentos de última geração. O importante é que, nos baseando em simplicidade no trato dessa importante questão, consigamos gerar uma reflexão, uma mudança de postura do público em relação à natureza que nos cerca.
Foto: Francisco Emolo/Jornal da USP
A exposição Biodiversidade: fique de olho estará na EC (Rua Guaicurus, 1394 Lapa) de 21 de junho até 4 de novembro, recebendo visitantes de terça a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 18 horas. O valor do ingresso, que dá acesso a todo o acervo da EC, é de R$ 4,00 (com direito a meia entrada para estudantes e portadores de deficiência), e há gratuidade para menores de 6 anos e maiores de 60.
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