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terça-feira, 17 de julho de 2012

Delta vai construir Centro de Ciência do Café (.pt)



Integrando o Museu do Café, que funciona desde 1994 em Campo Maior, o futuro ‘Centro de Ciência do Café - Centro de Interpretação, Divulgação Científica e Tecnológica e Promoção Turística da Delta’ pretende tornar-se um espaço que unifique a cultura do café.


Para João Manuel Nabeiro, filho do comendador Rui Nabeiro e administrador da Delta Cafés, este Centro irá criar novas valências e serviços no actual museu, único na Península Ibérica e um dos poucos existentes em todo o mundo. O espaço é um testemunho público de que a empresa não limita a sua acção ao campo industrial, comercial e social, mas também ao cultural.

«O Museu do Café insere-se em Campo Maior, Portalegre. Terá uma expressão muito significativa do Alentejo. O Centro será uma mais-valia para a região da raia alentejana, e integra-se num complexo industrial possuidor de uma cultura de empresa exemplar. Esta experiência vai reflectir-se neste Centro, que complementa a dinâmica empresarial», explica o responsável.



‘Das moléculas à tertúlia’
João Manuel Nabeiro salienta que será um espaço interactivo de carácter informativo, didáctico, cultural e científico, onde os visitantes podem encontrar respostas às múltiplas questões relacionadas com o café, interagindo com equipamentos e exposições. «Trata-se de uma infra-estrutura pensada e criada para promover e valorizar o património cultural português em geral, e o acervo relacionado com o café, em especial», refere.

A empresa pretende criar um espaço museológico de características únicas em Portugal, e mesmo a nível internacional, que contenha todas as temáticas relacionadas com o Café ‘das moléculas à tertúlia’, organizadas em módulos expositivos interactivos que contenham informação científica e actividades experimentais associadas. Este conceito museológico será vivo e dinâmico, e nele será integrado o actual espólio museológico dos Cafés Delta.

O projeto, da autoria do arquitecto João Simão, do atelier DIADE, faz uma «integração deliberada do actual museu na nova estrutura, na medida em que nos permite reportar ao percurso histórico», refere o arquitecto. O novo Museu do Café pretende assumir-se como um espaço de cultura associado às novas tecnologias, num registo próximo de um pavilhão multiusos, «integrado numa unidade industrial, em plena paisagem rural alentejana».

O projecto prevê a construção de um edifício horizontal, que se desenvolve em três níveis: cave, piso de entrada e balcão. A cave destina-se a armazém e preparação dos conteúdos museológicos e dos eventos. No piso de entrada serão instaladas a zona de recepção e cafetaria, que em conjunto formam uma zona de estar e de lazer. A partir daqui, em formato de open space, surge um espaço para exposição, multifuncional e com duas áreas distintas – auditório e estufa –, que surgem interligadas com o restante espaço. Foram criadas com o propósito de serem igualmente zonas de eventos e exposição. Ao nível do balcão ficará o espaço administrativo e uma mediateca mais restrita.

Obra que dinamiza a construção
A construção do novo edifício e a beneficiação do actual museu cabe à empresa Casais Engenharia e Construção, e a obra – cujo valor total ronda os 2,5 milhões de euros – tem um prazo de execução de 11 meses. Para António Carlos Rodrigues, CEO da Casais, este projecto representa um marco. «A Delta é uma marca de referência nacional e tem um simbolismo muito relevante. O Museu do Café irá dignificar a marca por muitas décadas», adianta o responsável. António Carlos Rodrigues admite que esta obra é importante para a empresa, porque é dos poucos investimentos a avançar neste momento. «É fundamental que exemplos como este continuem a existir e que grandes empresários consigam trazer algum investimento ao mercado».

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