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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

“Tributo a Victor Meirelles”, que ocorre no museu que leva seu nome, situado no centro de Florianópolis

Exposição marca 180 anos de nascimento de Victor Meirelles

Os 180 anos de nascimento do pintor catarinense Victor Meirelles, ocorrido em 18 de agosto de 1832, estão sendo celebrados com a exposição “Tributo a Victor Meirelles”, que ocorre no museu que leva seu nome, situado no centro de Florianópolis, na rua que seus conterrâneos escolheram para homenagear o maior pintor do Império. A exposição vai até 16 de setembro e é aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e das 14 às 18 horas nos sábados, domingos e feriados.

Além de obras do catarinense, a exposição exibe trabalhos dos seus mestres europeus e alunos brasileiros. Entre elas, alguns desenhos que compõem os Estudos de Traje Italiano, da época em que Victor Meirelles estudou na Itália, e uma cópia da Primeira Missa do Brasil, o mais famoso quadro do pintor.

O museu também exibe duas obras recém doadas pela historiadora Sara Regina Poyares dos Reis, uma do próprio artista e outra de um aluno da Academia Imperial.

O pioneiro

A Primeira Missa no Brasil inaugurou a participação brasileira nos salões de Paris, em 1861, mas Victor Meirelles eternizou outros momentos fundamentais da história do país, como a Passagem de Humaitá, o Combate Naval de Riachuelo e a Batalha dos Guararapes.

De talento precoce – revelado aos 14 anos – o catarinense logo foi admitido na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e se tornou o pintor preferido do imperador Dom Pedro II.

Em 1852 venceu o concurso promovido pela Academia Imperial e no ano seguinte embarcou para Europa, como pensionista da Academia, permanecendo no Velho Continente até 1861. Quando voltou ao Brasil, foi nomeado professor de Belas Artes e passou a dedicar grande parte do seu tempo a ensinar sua arte aos jovens pintores.

O Museu

A casa em que nasceu o pintor, nas proximidades da Praça XV, em Florianópolis, e que hoje abriga o Museu homônimo, pertencia ao pai de Victor, o imigrante português Antônio Meirelles de Lima, que sustentava a família vendendo mercadorias na parte térrea da casa.

A historiadora Sara Regina recordou que há mais de 30 anos, quando visitou a casa pela primeira vez, havia um balcão, do qual, possivelmente, a família Meirelles atendia a vizinhança. Mais tarde, não se sabe se antes ou depois da morte do pintor em 1903, o irmão Virgilio Meirelles vendeu-a para uma família de imigrantes italianos.

Atualmente, o imóvel que pertenceu à família Meirelles está sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro de Museus. Apesar de dispor de orçamento próprio, não é difícil encontrar problemas, como por exemplo o apodrecimento da parte debaixo das portas que dão acesso à rua Saldanha Marinho. (Vitor Santos)
fonte:
http://www.alesc.sc.gov.br/portal/imprensa/leitor_noticia.php?codigo=30893

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