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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Delta-Cafés constrói novo Museu de Ciência do Café - (.pt)

Novo Museu de Ciência do Café, do Grupo Delta-Cafés, em Campo Maior vai ter o apoio técnico e científico do Instituto de Investigação Científica Tropical.
O Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) e o Grupo Delta-Cafés assinaram um protocolo de colaboração para o desenvolvimento do novo ‘Museu do Café Delta - Centro de Interpretação, Divulgação Científica e Tecnológica e Promoção Turística’, em Campo Maior e com abertura prevista para 2013. 

O novo Museu de Ciência do Café vai incorporar novas valências onde a interação com os visitantes será maior e a componente de divulgação cobrirá todas as áreas desde os aspetos mais científicos da planta, passando pela cultura e industria até à economia do café. 

O protocolo prevê que o IICT venha a colaborar na revisão e desenvolvimento de novos conteúdos técnico-científicos do Museu de Ciência do Café, bem como no fornecimento de várias espécies e variedades de cafeeiros em diferentes estágios de desenvolvimento e que irão constituir a componente viva do museu. O Instituto vai também garantir a assessoria técnica e científica que permita a manutenção da estufa das plantas do café. 

Para João Nabeiro, Administrador da Delta-Cafés, as mais-valias desta colaboração com o IICT «são totais, porque o IICT é um Instituto que teve e tem um papel extremamente importante no estudo das plantas e, acima de tudo, no apoio à própria agricultura».

Nesse sentido, João Nabeiro explicou que o Museu de Ciência do Café passará a ser «também um meio que pode transportar todo este know-how e todas estas informações que são sempre necessárias para quem inicia esse processo, ou seja, o agricultor e acima de tudo para quem é consumidor».

Mas os objetivos do ‘Museu do Café Delta - Centro de Interpretação, Divulgação Científica e Tecnológica e Promoção Turística’ são muito abrangentes e como referiu João Nabeiro «será sempre (sobre) a cultura do café, ou seja, não só do produto em si, como de onde veio, quais são os fins que ele neste momento tem e se propõe como um produto alimentar e depois acima de tudo a divulgação daquilo que são os países produtores e os problemas que têm esses países». 

Cristina Tomé, Vice-Presidente do IICT em relação ao protocolo agora assinado, referiu haver benefícios para ambas as partes, afirmando que no IICT «temos um conhecimento, designadamente, na área dos cafés, acumulado e bastante relevante». Um conhecimento que «para um distribuidor de café, uma empresa que faz torrefação, cujo mercado é vender o produto que resulta do grão do café, o nosso conhecimento é extremamente relevante», refere.

Cristina Tomé referiu ainda que para o IICT, este protocolo funciona também como «uma forma de mostrarmos às empresas que temos conhecimento que pode ser posto ao serviço das mesmas».

Para além da assessoria técnica e científica, o Laboratório de Estado vai numa segunda fase «atender a solicitações e pedidos dos visitantes pós abertura do Museu, para que sempre haja uma questão mais técnica, disponibilizarmos ajuda e a Delta dar resposta a essas solicitações», explica Cristina Tomé. 

O IICT vai ainda contribuir na «organização de eventos à volta do tema do Café» como «Conferências ou Colóquios em Campo Maior, onde ajudaremos a Delta a definir quais serão os conteúdos, que individualidades que estudam o tema do café são relevantes estar nesses colóquios. E, portanto, haver aqui uma colaboração mais de divulgar e expor aquele que vai ser o Museu do Café em Campo Maior», referiu a Vice-Presidente do IICT. 

Mas o protocolo prevê também contrapartidas para o IICT, nomeadamente, o apoio financeiro da Delta-Cafés na recuperação de duas estufas para cafeeiros, situadas no Jardim Botânico Tropical, em Belém. 

Estufas que, segundo Cristina Tomé, são «uma montra do Instituto, o qual tem uma série de coleções científicas em termos de plantas, espécimes, que podem ser visitadas e que também servem para fazer investigação científica». 

O projeto do ‘Museu do Café Delta - Centro de Interpretação, Divulgação Científica e Tecnológica e Promoção Turística’, tem apoio do QREN, com um valor aprovado elegível de 4 milhões e 695 mil euros, prevendo-se que esteja concluído no final de Março de 2013. 

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