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sábado, 22 de setembro de 2012

Museu goeldi lança nove publicações na feira pan-amazônica do livro

Arqueologia, biodiversidade e conhecimentos tradicionais da Amazônia são alguns assuntos dos livros que o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) expõe em seu estande na 16ª Feira Pan-amazônica do Livro, iniciada nesta sexta-feira (21) no hangar do Centro de Convenções da Amazônia  e que vai até o dia 30.

Nesta edição, o país convidado é Portugal, retratado por meio da literatura, dos costumes e da culinária. Sob o tema Minha pátria é a língua portuguesa, do autor português Fernando Pessoa, a feira homenageia o centenário de nascimento do maestro paraense Wilson Fonseca. O evento é realizado pelo governo do estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Hoje, o museu lançou o livro Educação Patrimonial e Arqueologia na Floresta, organizado pela pesquisadora Janice Lima. Ele reúne, em seis artigos, os resultados obtidos pelas pesquisas arqueológicas na área do Projeto Salobo, situado na Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri (Flonata), no município de Marabá, sudeste do Pará. A publicação também apresenta um panorama didático dos primeiros e atuais habitantes da região, abordando as relações culturais, sociais, políticas, educativas e econômicas que eles estabelecem com o patrimônio arqueológico.
Outra novidade é o livro Kaapor Mae Panu ha ke A Palavra dos Moradores da Mata, também lançado pelo MPEG. Nele estão registrados os conhecimentos tradicionais do povo indígena Kaapor, da Terra Indígena Alto Turiaçu. De autoria da pesquisadora Claudia López Garcés, a obra será lançada neste sábado (22). O livro ilustrado bilíngue (Kaapor/português) reúne 20 narrativas míticas transmitidas de forma oral que servem de base para a valorização da cultura dos conhecimentos tradicionais, além de servir como material didático nas escolas de ensino fundamental das diversas aldeias do povo indígena.
Na terça-feira (25), a biodiversidade amazônica  com destaque para os gafanhotos de quatro famílias  , é retratada no Guia Prático de Gafanhotos da Flona Caxiuanã. Organizada pelos pesquisadores Ana Lúcia Nunes Gutjahr e Carlos Elias Braga, a obra traz informações científicas inéditas, além de ilustrações, voltadas a estudantes, profissionais da área e demais interessados na diversidade e taxonomia dessas espécies.
Cultura marajoara
Ainda no dia 25, será lançado o livro Cerâmica Marajoara: A Comunicação do Silêncio, resultado da dissertação de mestrado da jornalista Lílian Bayma de Amorim,do Serviço de Comunicação Social do Museu Goeldi.
O volume apresenta conceitos da cultura marajoara, da arqueologia e do colecionismo, a partir de uma criteriosa seleção iconográfica. A obra faz menção especial a Domingos Soares Ferreira Penna, mineiro, naturalista e fundador da Sociedade Philomática que, no século XIX, dá origem ao Museu Paraense Emílio Goeldi. Ele foi pioneiro dos achados arqueológicos da cultura marajoara em seus incursos pelo estuário amazônico.
Amazônia exótica
O trabalho de dez anos realizado na Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, do MPEG, pela bibliotecária e pesquisadora Olímpia Resque, e com a colaboração do biólogo e biomédico Daniel Rebisso Giese, resultou na publicação intitulada Guia Histórico: Amazônia Exótica Curiosidades da Floresta.
O guia para quem tem vontadade de conhecer um pouco mais sobre a fauna e a flora da região amazônicaserá apresentado na quarta-feira (26) no estande do museu. O leitor encontra, ainda, relatos de viajantes e naturalistas que conheceram a região entre os séculos XVIII e XX, bem como iconografias da época e aquarelas dos artistas plásticos Eron Teixeira e Antônio Martins.
Sesmaria
O público tem a oportunidade de conferir, na quinta-feira (27), os estudos e documentos referentes à ocupação de uma sesmaria outorgada em 1803 no Baixo Rio Amazonas, Pará. O livro Taperinha: Histórico das Pesquisas de História Natural Realizadas em uma Fazenda da Região de Santarém, no Pará, nos Séculos XIX e XX, foi lançado no final de maio deste ano no 5º Salão do Livro do Baixo Amazonas, em Santarém, e na 22ª Bienal do Livro em São Paulo, no mês passado.
A obra, com mais de 400 páginas de autoria de dois zoólogos, Nelson Papavero e William L. Overal, ilustra, com riqueza, a fauna e flora da região da Amazônia nos últimos três séculos e meio.
Uma cartilha bem ilustrada e que pode agradar ao público infantil será lançadatambém na quinta-feira. Os Mamíferos Aquáticos: Nem Tudo que Cai na Rede é Peixe, organizado pela pesquisadora Alexandra Costa e demais autores, traz os relatos de pescadores nos municípios de Soure e Salvaterra, na Ilha do Marajó, e na Ilha de Algodoal, no município de Maracanã, no Pará, sobre os botos e peixes-boi. Essa publicação faz parte dos estudos do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (Gemam), pertencente ao Museu Goeldi.
No dia 29, a biodiversidade amazônica no Maranhão ganha espaço na 16ª Feira do Livro. Organizado pelos pesquisadores Marlúcia Bonifácio Martins (MPEG/ PPBio) e Tadeu Gomes de Oliveira (Uema/PPBio), o livro Amazônia Maranhense: Diversidade e Conservação é o resultado da pesquisa desenvolvida  pelo PPBio Amazônia Oriental, com a colaboração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA).
Serviço
Evento: 16ª Feira Pan-Amazônica do Livro
Data: 21 a 30 de setembro
Local: Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém.
Acesse o site do evento.

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