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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Seminário destaca função social dos museus


O Museu Histórico Itamar Franco do Senado Federal realizou nesta quarta-feira (26), no auditório do Interlegis, seminário para discutir a função social dos museus. O evento, organizado pela Diretoria-Geral e pela Secretaria de Informação e Documentação do Senado (Sidoc), faz parte da 6ª Primavera dos Museus, de iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e visa sensibilizar os servidores e cidadãos interessados quanto à educação patrimonial e à importância social dos museus.
Mais de 800 museus e outras instituições culturais já têm participação confirmada nesta temporada. O seminário contou com as palestras de Deborah Silva Santos, professora do departamento de Museologia da UnB; Mônica Padilha Fonseca, técnica em assuntos educacionais do Ibram; e Donizetti Ferreira Garcia, do Museu de Valores do Banco Central, um dos responsáveis pela execução do projeto “Museu vai à escola rural”.
A diretora-geral do Senado, Doris Peixoto, e a diretora da Sidoc, Edna Carvalho, destacaram a preocupação do Senado com a preservação das suas peças históricas e patrimônio cultural.
– O Museu Itamar Franco possui hoje um acervo que data desde o ano de 1967, com peças e mobiliários das duas antigas sedes do Senado, quando ainda funcionava no Rio de Janeiro – ressaltou Edna Carvalho, que aproveitou para parabenizar a equipe do Museu Itamar Franco pelos seus 21 anos de existência.
Segundo Doris Peixoto, os museus são “casas de memórias”, cuja preocupação deve ser a de compor os fatos históricos. Para a diretora-geral, um dos maiores desafios do Senado é reconhecer e tornar viva sua história.
– É pelos sonhos de ontem que podemos idealizar o amanhã. A diretoria do Senado torce pra que, um dia, o projeto de transformar o museu do Senado em uma área maior não seja apenas um sonho coletivo, mas uma realidade – disse.
Educação
As palestras foram divididas em dois painéis. No primeiro, Mônica Padilha e Deborah Silva Santos falaram sobre a função social dos museus e das políticas públicas para a promoção da educação em museus. Segundo Mônica, nesse sentido, pode-se falar em três questões básicas: pesquisa, preservação e comunicação.
– Com essas vertentes, é possível afirmar uma identidade nacional que irá valorizar a diversidade cultural, que é uma grande ferramenta de transformação social – afirmou Mônica.
Deborah destacou que a educação é uma das mais importantes funções sociais dos museus e lembrou que, em Brasília, há mais de 60 museus que podem ser conhecidos e divulgados.
No segundo painel,  Donizetti Ferreira Garcia falou sobre o “Museu vai à escola rural”, programa educativo e cultural do Banco Central. No programa, o museu faz muito mais do que simplesmente expor peças, tornando-se também um “visitante”.
– Levamos o museu para as escolas distantes e com isso garantimos o acesso dos alunos das pequenas comunidades a essa vertente educacional ainda tão incipiente nas comunidades rurais. Muitas vezes nos deparamos com algumas surpresas pelo caminho, tais como vacas e cobras pela estrada, mas, no final das contas, é um trabalho extremamente educativo e gratificante para a equipe – destacou o palestrante.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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