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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Filha de Anton Smetak afirma que obras do artista podem ser despejadas do Solar Ferrão Fonte: Boainformacao.com.br http://www.boainformacao.com.br/2012/11/filha-de-anton-smetak-afirma-que-obras-do-artista-podem-ser-despejadas-do-solar-ferrao/



O acervo de instrumentos - esculturas do músico suíço, naturalizado na Bahia, Anton Smetak (1913-1984), corre o risco de ser despejado até o próximo ano, quando se comemora o centenário do artista. As obras estão em exposição desde 2010, no museu Solar Ferrão, em Salvador, após acordo com a família que determinava a locação por tempo indeterminado. A notícia foi divulgada na última terça-feira (30), em carta enviada por e-mail a alguns conhecidos pela filha mais velha de Smetak, Bárbara, responsável pela curadoria da obra.





Segundo a publicação, a mostra O Alquimista do Som deve ser retirada até setembro, quando o museu passará por reformas e buscará novas licitações. Bárbara contou, em entrevista ao Bahia Notícias, que compareceu à reunião na Diretoria de Museus, nesta terça-feira (30), para tratar de projetos concernentes à comemoração do centenário do músico, no ano que vem, mas foi surpreendida pela notícia de que deveria procurar um novo espaço para as obras. 

“Se a gente soubesse que as peças só restariam por dois anos lá, não teríamos aceitado. Dá muito trabalho desencaixotar tudo.” Antes de chegarem ao Solar Ferrão, os instrumentos estiveram em exposição nos museus de Arte Moderna da Bahia e de São Paulo. 

“Essa obra foi desalojada de caju em caju, estava encaixotada desde 2008”, relatou. Já que o acervo não pertence ao estado, Ana Liberato, diretora de Museus, informou à família que eles devem determinar qual finalidade será dirigida ao material: venda, doação ou retirada. 

Segundo Bárbara, existe um projeto aprovado no Ipac para a venda integral do acervo, mas ainda não foram captados recursos. Ela deixou claro que os cinco herdeiros não têm intenção de fazer doações. Lançamentos de livros e CDs inéditos, a publicação de uma peça escrita por Smetak e um site novo estavam entre os planos da família para a comemoração do próximo ano. “Mas como é que vamos comemorar centenário sem a obra ter onde ficar?!”, indagou, com pesar.






Em nota, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Dimus) informou que “não existe a menor possibilidade de despejo do acervo do músico suíço Walter Smetak”. A Dimus também diz que planeja uma homenagem ao centenário do músico e que a Coleção Walter Smetak “está exposta adequadamente e passa por constantes procedimentos técnicos de conservação”. 

A nota do órgão não esclarece a questão da remoção do acervo, tampouco aborda a reunião onde Bárbara foi informada do despejo, mas diz que “possíveis intervenções ou alterações no espaço que abriga a coleção só serão realizadas mediante o consentimento e aprovação da família e com todo o cuidado que o acervo deste músico, que vem inspirando gerações de artistas, merece”.





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