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sábado, 17 de novembro de 2012

Uma viagem no tempo através dos aromas, sabores e das tradições culinárias no Museu Americano de História Natural de Nova York (AMNH) permite ...

Novos aromas, sabores e tradições culinárias que podem mudar o mundo


Uma viagem no tempo através dos aromas, sabores e das tradições culinárias no Museu Americano de História Natural de Nova York (AMNH) permite descobrir quem a pessoa é através do que ela come, mas principalmente, de que maneira podemos mudar o mundo por meio dos alimentos.

A exposição interativa "Nossa Culinária Global: Comida, Natureza e Cultura", que estará aberta ao público até o dia 11 de agosto de 2013, aborda a cultura global do presente, do passado e do futuro, dando especial atenção aos problemas alimentícios mais desafiantes de nosso tempo.

Como lembrou à Agência Efe a diretora do Centro de Diversidade e Conservação do AMNH, Eleanor Sterling, há milhões de pessoas no mundo todo que não têm o suficiente para comer e, por outro lado, há bilhões que comem demais e sofrem sobrepeso.

"A alimentação mudou muito ao longo da história e tem que seguir mudando para garantir o futuro. Mudando nossa alimentação poderemos mudar o mundo", afirmou Eleanor.

Dessa forma, segundo mostra a exposição, as mesas do futuro estarão repletas de comida que agora nem sequer existe, como insetos cozidos, chocolate respirável e rações parecidas com as que usam os astronautas e que fornecem grandes doses energéticas.

"As pessoas se assustam quando pensam em comer insetos ou algas, mas no mundo todo se come duas mil espécies diferentes de insetos que fornecem grandes quantidades de proteínas. Além disso, nós comemos lagostas, caranguejos... Qual a diferença?", questiona a especialista.

Estas mudanças na alimentação parecem necessárias quando há dados tão significativos como o de que 100 milhões de crianças no mundo todo estão abaixo dos níveis normais de peso e que 30% da comida produzida não é consumida.

"Temos bastante comida no mundo, o problema é a distribuição", comentou Eleanor, criticando o fato de que nos países onde mais se cultiva é onde mais existe desnutrição.

Em sua opinião, este problema tem sua origem no complexo sistema de distribuição, que gera um aumento dos custos nos alimentos que muitas pessoas não podem assumir.

"O segredo para garantir a segurança alimentar está nos provedores pequenos e na distribuição local que garanta que a comida chegue a todo o mundo", opinou.

Além disso, na exposição os visitantes poderão cozinhar em um fogão virtual para aprender as técnicas culinárias de cada parte do mundo e inclusive olhar as mesas dos personagens mais famosos da história para descobrir sua autêntica personalidade.

Desta maneira, se comprova o velho ditado de que "somos o que comemos", já que o tipo de alimento que predomina nas mesas evidencia a identidade da pessoa e o tempo no qual viveu.

Por exemplo, a personalidade de Mahatma Gandhi está estampada na comida que predominava em sua mesa, onde o arroz e a água eram os elementos centrais de sua alimentação de tradição vegetariana.

No entanto, um café da manhã potente com ovos fritos ou omelete, torradas e café são próprios de pessoas com muita energia, como por exemplo, o nadador Michael Phelps, que "treina seis dias por semana, seis horas por dia".

Mas, além de seu efeito na saúde das pessoas, a comida faz parte da cultura de cada sociedade e uma prova desse fato é que os momentos especiais da vida das pessoas vão acompanhadas de uma refeição especial.

Assim, os ovos se transformam em obras de arte para comemorar a Páscoa, os alimentos fazem parte de celebrações familiares como o Natal e inclusive se cozinha para despedir-se dos entes queridos.

A arte da culinária é também é considerada como uma das máximas expressões de criatividade e tradição, já que de uma maneira quase mágica, transformamos ingredientes em manjares com a utilização de ferramentas e receitas que foram sendo passadas de geração em geração.

"A comida não é só um elemento vital para nossa saúde, mas também para nossas relações pessoais. É preciso abandonar os costumes de agora de comer na frente da televisão e voltar às reuniões familiares ao redor da mesa, porque no final, a comida nos marca como pessoas e são uma parte muito importante de nossas lembranças", concluiu Eleanor.

fonte:
http://culinaria.terra.com.br/novos-aromas-sabores-e-tradicoes-culinarias-que-podem-mudar-o-mundo,a2626dab4d10b310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

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