Ouvir o texto...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ladrões no Museu do Louvre furtam, cospem e agridem, dizem seguranças



Em greve, eles afirmam que gangues estão cada vez mais violentas. Museu se comprometeu a melhorar a segurança e reabrirá amanhã.


Museu do Louvre fechado no dia 10/4/2013 devido a uma greve de funcionários contra batedores de carteira (Foto: Kenzo Tribouillard/AFP)Placa em frente ao Museu do Louvre avisa que o local está fechado nesta quarta-feira (Foto: Kenzo Tribouillard/AFP)
Funcionários do Museu do Louvre, que entraram em greve nesta quarta-feira em protesto contra a ação de batedores de carteira no local, afirmam que, enquanto monitoram as obras de arte e o público em geral, “são vítimas cada vez mais frequentes de agressões, cuspes, ameaças e insultos por parte de gangues de ladrões, muitas vezes menores de idade, que atacam os visitantes sem que ninguém intervenha", denunciou o sindicato.
O museu, uma das maiores atrações turísticas de Paris, foi fechado devido à paralisação, mas foi anunciado que será reaberto já na quinta-feira (11).
Os sindicatos indicaram que conseguiram da diretoria da instituição o compromisso de adotar medidas contra as agressões ligadas aos batedores de carteira, segundo uma fonte sindical. Entre as medidas, a força policial deverá ser reforçada consideravelmente.
“Sempre existiram batedores de carteira no Louvre e nos locais turísticos do centro de Paris, mas há um ano e meio, são cada vez mais violentos, andam em bando e seu modus operandi é errante. Nada os para”, afirmou Sophie Aguirre, agente de segurança do museu e sindicalista.
Um de seus colegas citou um caso de uma “sala evacuada emergencialmente em um domingo, após um ataque a um casal praticado por batedores de carteira que voltaram na semana seguinte para novos roubos”.
Esses ladrões, segundo vários agentes, são geralmente menores de idade do leste europeu que entram gratuitamente no museu em grupos de 20 ou 30 e às vezes adultos, que, mesmo quando detidos pela polícia, voltam a roubar dias depois.
A última greve no museu foi em dezembro de 2009 e durou vários dias.
‘Situação inaceitável’
Segundo a direção do Louvre – que apresentou uma queixa ao Ministério Público de Paris em 2012 e pediu reforços policiais para combater as redes de batedores de carteira que atuam em suas instalações --, 200 agentes que fazem a segurança do estabelecimento cruzaram os braços nesta quarta-feira.
Cerca de cem de agentes da segurança se reuniram em frente ao Ministério da Cultura, onde uma delegação foi recebida.
Após este encontro, o ministério indicou que a ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, entrará em contato com o ministro do Interior, Manuel Valls, “a fim de implantar um dispositivo de segurança adaptado a esta situação inaceitável e reforços policiais no exterior dos museus”.
A direção do museu indicou à AFP ter decidido tomar medidas de interdição temporária aos delinquentes que já foram identificados.
O Louvre recebe 10 milhões de visitantes a cada ano. Cerca de mil agentes e 470 funcionários trabalham diariamente no local, segundo a direção.
Esta situação é um novo golpe para a imagem da capital, após as repetidas agressões a turistas chineses que provocaram a reação de Pequim e fizeram com que o Ministério do Turismo abrisse uma investigação.
Em 20 de março, um grupo de 23 chineses que acabava de chegar a Paris foi assaltado em frente a um restaurante. Seu guia foi agredido e os bandidos levaram uma mochila com os passaportes e uma grande quantidade de dinheiro do grupo.


fonte:

Nenhum comentário:

Postar um comentário