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domingo, 25 de agosto de 2013

Mostra de oratórios lembra tradição religiosa de Minas em Tiradentes

Peças do Museu do Oratório de Ouro Preto estão expostas na cidade.
Exposição acontece junto com o Festival Cultura e Gastronomia.

 

Em dias de festança quase profana no Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes, uma exposição de oratórios lembra a tradição religiosa de Minas Gerais. Começa neste sábado (24), na cidade, a mostra itinerante do Museu do Oratório “Oratórios – Relíquias do Barroco Brasileiro”, que fica em Ouro Preto.

Oratórios em Tiradentes (Foto: Cíntia Paes/G1)Oratórios em exposição na mostra, em Tiradentes (Foto: Cíntia Paes/G1)
 
Algumas das mais de 100 peças estão expostas na Antiga Cadeia Pública da cidade. As imagens que hoje fazem parte do acerto do museu, em Ouro Preto foram doadas pela presidente do Instituto Cultural Flávio Gutierrez, Ângela Gutierrez, que também faz a curadoria da mostra.
A curadora da mostra, Ângela Gutierrez (Foto: Cíntia Paes/G1) 
 
Ângela Gutierrez no museu (Foto: Cíntia Paes/G1)
Segundo Ângela, os oratórios são, além de objeto de devoção, elementos importantes para estudo da história brasileira, principalmente a do século XVIII. “Eles lembram muito as curvas do barroco, as brincadeiras do rococó. Eles se inspiram, realmente, nas igrejas, nas ermidas, nas catedrais”, conta a curadora.
Herança portuguesa, os oratórios serviam como pequenas capelas dentro das casas em um Brasil onde as vilas e os povoados eram muitos distantes uns dos outros, e os padres, muito poucos. “O primeiro [oratório] chegou com a primeira caravela na costa brasileira. E este uso se tornou fortíssimo em uma terra descoberta, que era enorme. Quando havia um padre, abria-se o oratório e, diante dele, celebravam-se os sacramentos”, conta.
Trio de oratórios (Foto: Cíntia Paes/G1) 
 
Trio de oratórios (Foto: Cíntia Paes/G1)
A exposição da mostra itinerante no prédio onde funcionou a Cadeia Pública também é emblemático. “Foi um lugar de tristeza, de sofrimento, e que no momento acolhe esses objetos da fé tão brasileiros. A cadeia é uma construção sólida, bonita, importante”, resume a curadora.
A mostra já esteve em vários países, como os Estados Unidos, França, Itália, Chile, Venezuela, Inglaterra, Equador e, mais recentemente, no Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude, em ocasião da visita do Papa Francisco, em julho. Até o fim do ano, ela ainda irá para outras cidades brasileiras. Em Tiradentes, a exposição fica na cidade até o dia 15 de setembro, com entrada gratuita.
Imagens de Sant'Anas (Foto: Cíntia Paes/G1) 
 
Imagens de Sant'Anas (Foto: Cíntia Paes/G1)
Museu da Sant’Ana
A empresária, devota de Sant’Ana, vai doar, em 2014, sua coleção particular de imagens da mãe de Nossa Senhora para a criação de um museu em Tiradentes, que vai funcionar na Antiga Cadeia Pública. A expectativa da curadora é ter todas as 260 imagens que reuniu durante toda a sua vida dentro do prédio. “Chega este momento em que a gente entende que a coleção se torna mais importante que o colecionador”, resume.
Ângela doou sua coleção para a criação do Museu do Oratório, em 1998, em Ouro Preto, e também sua coleção de peças do dia-a-dia do trabalhador ao longo da história do Brasil que compõem o Museu de Artes e Ofícios, que funciona no centro de Belo Horizonte. A expectativa é que o Museu de Sant’Ana seja inaugurado em 2014.

fonte G1

 

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