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sábado, 18 de janeiro de 2014

Museu bélico exibe armas que recontam a história de conflitos no Brasil

Armas são mais que objetos de defesa. Elas podem ajudar a contar histórias dos conflitos pelos quais um país passou. E é isso que os visitantes encontram na Casa do Trem Bélico, um museu no Centro Histórico de Santos, projetado no período colonial para abrigar armas da época.


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Entre armas, munições e objetos usados em combate, as 120 peças narram quase todos os conflitos históricos

A primeira curiosidade está na arquitetura. O prédio, tombado pelos órgãos de defesa do patrimônio federal, estadual e municipal é considerado o edifício público mais antigo de Santos. A data do imóvel não é precisa. Historiadores afirmam que pode ter sido iniciado em 1640. Mas o projeto da última reforma, que definiu o estilo barroco laico que o local tem hoje, e que está documentado, é de 1738.
 
Logo na entrada, um vazio no local onde deveria haver um emblema chama a atenção. Há relatos de que ali ficava um brasão de armas de Portugal. Com o fim da monarquia, o objeto foi arrancado.
                                                                                                                                                                                                                            
No interior do prédio, o visitante é recepcionado por duas réplicas de pequenos canhões, que faz lembrar a origem do edifício, criado para abrigar armas e munições nas lutas contras os piratas. Da função deriva o nome, sem qualquer ligação com o meio de transporte, mas com o termo trem-de-guerra – local que abrigava os apetrechos da atividade bélica.
 
Portas, janelas e boa parte do piso e das telhas são originais. Muitos turistas se impressionam com as dimensões das paredes do imóvel, que chegam a ter um metro de espessura. As telhas também são um formato peculiar. Abauladas, teriam sido moldadas nas coxas dos escravos.
 
Na lateral, uma escada (que hoje não é mais utilizada) também foi pensada para a segurança da casa. São 21 degraus, que por serem altos e irregulares dificultavam o acesso rápido ao segundo pavimento de piratas que quisessem roubar os armamentos.
 
Reforma
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No museu, réplicas de dois canhões podem ser vistas
Nas décadas de 80 e 90, o imóvel teve vários tipos de ocupação, como seção de alistamento militar, escola e até um centro de convivência. O local também passou por fases de abandono e chegou a servir de moradia para usuários de droga. 
 
Em 2011, depois de uma grande reforma, ele foi reaberto como museu. Da inauguração, até outubro do ano passado, quando completou dois anos de funcionamento, o espaço já recebeu mais de sete mil visitantes.
 
Acervo
 
No térreo, o público pode conferir uma linha do tempo com os principais acontecimentos do País e de São Paulo, do Tratado de Tordesilhas até a Independência. Ali também é possível ver painéis que retratam os fortes da região.
 
No primeiro andar fica o acervo do colecionador e professor de engenharia Aldo João Alberto, com aproximadamente 120 peças, entre armas, munições e objetos usados por combatentes. 
 
Fuzis, baionetas, carabinas, granadas, revólveres, espadas e até estilingues (utilizados pelos índios da região) ajudam a contar a história das guerras. O objeto mais antigo é uma arma francesa, de 1777, usada nas guerras napoleônicas.


 
Armamentos utilizados nas guerras de Canudos, Paraguai, Uruguai, Civil dos Estados Unidos também podem ser encontradas ali. Uma réplica da garrucha que matou o presidente Abraham Lincoln, em 1865, também está exposta. Uma sala inteira é dedicada à Revolução de 32.
 
A entrada na Casa do Trem Bélico é gratuita e as visitas podem ser feitas das 11 horas às 17 horas, de terça-feira a domingo. Ela fica na Rua Tiro Onze, 11.


fonte:
http://www.atribuna.com.br/cidades/museu-bélico-exibe-armas-que-recontam-a-história-de-conflitos-no-brasil-1.361120
 

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