Visitantes na exposição Balthus: Cats and Girls: Paintings and Provocation REUTERS
O tema não é novo ou não fosse esta mais uma de tantas vezes em que o nome do artista francês de origem polaca surge relacionado com pedofilia. É que Balthus (1908 – 2001) sempre gostou de representar meninas em poses sugestivas e por isso foi muitas vezes incompreendido. Foi o que aconteceu agora na Alemanha, onde o Museu Folkwang d’Essen cancelou esta semana uma exposição com polaroids de Balthus, depois de várias críticas e acusações de pedofilia.
Foi na pintura que se destacou mas na fotografia também deixou alguns trabalhos marcantes. Em Abril, o Museu Folkwang d’Essen inauguraria uma exposição centrada exactamente nesta última área, exibindo ao público uma colecção de duas mil polaroids tiradas por Balthus na década de 1980. Nestas fotografias a modelo é sempre a mesma, uma menina chamada Anna, e que foi fotografada entre os oito e os 16 anos pelo controverso artista. O anúncio da exposição não tardou a criar mal-estar, tendo mesmo o semanário alemão Die Zeit resumido as fotografias de Balthus a “documentos de um pedófilo ganancioso”.
Com as críticas a ganharem força, a direcção do museu, que fica a cerca de 35 km de Düsseldorf, viu-se obrigada a cancelar a exposição para evitar “consequências legais indesejáveis e o [posterior] encerramento” da mostra. Em comunicado, o museu esclarece que a decisão foi tomada depois de algumas “discussões com as várias partes interessadas”, explicando que o problema jurídico que se poderia levantar não é do interesse artístico do projecto e estaria em contradição com o mandato de responsabilidade do Museu Folkwang d’Essen.
Balthus: the Last Pictures devia inaugurar em Abril e incluía duas mil polaroids que Balthus tirou quando tinha já mais de 80 anos. Algumas destas imagens foram usadas como trabalhos preparatórios para as suas pinturas. Também elas sempre sugestivas e, por muitos consideradas de grande erotismo. À AFP, o director deste museu de arte contemporânea, Tobia Bezzola, disse que não pensou que o anúncio da exposição fosse gerar reacções e acusações negativas, garantindo que o objectivo nunca foi provocar um escândalo: “Não era essa a nossa intenção.”
A galeria Gagosian, em Nova Iorque, representante do artista, mostrou recentemente, entre Setembro de 2013 e Janeiro deste ano, 155 polaroids desta colecção. Aquando da inauguração da exposição, Ingrid Sischy escreveu na Vanity Fair que estas imagens são “cruas e verdadeiras, e um risco” para os “censores que levantam as suas cabeças sempre que crianças aparecem nuas em fotografias artísticas, mesmo quando não há nada de desonesto a acontecer aqui”. Esta mostra na Gagosian coincidiu com outra grande exposição dedicada ao artista no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque: Balthus: Cats and Girls: Paintings and Provocation.
O tema não é novo ou não fosse esta mais uma de tantas vezes em que o nome do artista francês de origem polaca surge relacionado com pedofilia. É que Balthus (1908 – 2001) sempre gostou de representar meninas em poses sugestivas e por isso foi muitas vezes incompreendido. Foi o que aconteceu agora na Alemanha, onde o Museu Folkwang d’Essen cancelou esta semana uma exposição com polaroids de Balthus, depois de várias críticas e acusações de pedofilia.
Foi na pintura que se destacou mas na fotografia também deixou alguns trabalhos marcantes. Em Abril, o Museu Folkwang d’Essen inauguraria uma exposição centrada exactamente nesta última área, exibindo ao público uma colecção de duas mil polaroids tiradas por Balthus na década de 1980. Nestas fotografias a modelo é sempre a mesma, uma menina chamada Anna, e que foi fotografada entre os oito e os 16 anos pelo controverso artista. O anúncio da exposição não tardou a criar mal-estar, tendo mesmo o semanário alemão Die Zeit resumido as fotografias de Balthus a “documentos de um pedófilo ganancioso”.
Com as críticas a ganharem força, a direcção do museu, que fica a cerca de 35 km de Düsseldorf, viu-se obrigada a cancelar a exposição para evitar “consequências legais indesejáveis e o [posterior] encerramento” da mostra. Em comunicado, o museu esclarece que a decisão foi tomada depois de algumas “discussões com as várias partes interessadas”, explicando que o problema jurídico que se poderia levantar não é do interesse artístico do projecto e estaria em contradição com o mandato de responsabilidade do Museu Folkwang d’Essen.
Balthus: the Last Pictures devia inaugurar em Abril e incluía duas mil polaroids que Balthus tirou quando tinha já mais de 80 anos. Algumas destas imagens foram usadas como trabalhos preparatórios para as suas pinturas. Também elas sempre sugestivas e, por muitos consideradas de grande erotismo. À AFP, o director deste museu de arte contemporânea, Tobia Bezzola, disse que não pensou que o anúncio da exposição fosse gerar reacções e acusações negativas, garantindo que o objectivo nunca foi provocar um escândalo: “Não era essa a nossa intenção.”
A galeria Gagosian, em Nova Iorque, representante do artista, mostrou recentemente, entre Setembro de 2013 e Janeiro deste ano, 155 polaroids desta colecção. Aquando da inauguração da exposição, Ingrid Sischy escreveu na Vanity Fair que estas imagens são “cruas e verdadeiras, e um risco” para os “censores que levantam as suas cabeças sempre que crianças aparecem nuas em fotografias artísticas, mesmo quando não há nada de desonesto a acontecer aqui”. Esta mostra na Gagosian coincidiu com outra grande exposição dedicada ao artista no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque: Balthus: Cats and Girls: Paintings and Provocation.
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