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segunda-feira, 28 de abril de 2014

O Museu Regional do Dundo é fonte indicada para conhecer o passado dos povos Lunda.

Espaço modernizado, o Museu comporta mais de dez salas de exposição de peças utilizadas no passado como vestuário, amuletos e para a execução das actividades diárias dos povos. A Lunda Norte é conhecida pelas suas obras de escultura, olaria, tecelagem, cestaria e de metais, com destaque para o lutengo (forno de fundição e tratamento do ferro). 

O Museu mostra isso. “Mucanda”, uma pequena casa típica da região construída para a circuncisão dos jovens, está exposto em pequena dimensão. Ela servia para instruir os jovens a caçar e fazer outros trabalhos considerados masculinos. Possuía uma esteira, pente de pau e outros utensílios. Em grande plano, está exposta numa sala do Museu regional uma foto de um rei sentado na tradicional cadeira “Muata” e cadeiras para as pessoas que integram o elenco. 

O Mufuca é um deles. Há, entre os objectos expostos, o abano, utilizado para afugentar insectos voadores, e “Lucano”, pulseira passada de geração em geração que todos os reis usavam no pulso. Entre os diversos instrumentos expostos, constam igualmente as armadilhas para caça miúda e grossa, assim como outros meios mais sofisticados, como o arco e flecha e armas de espoleta. O responsável da área de educação cultural, André Ilunga, contou à equipa do para os povos lunda o espírito dos antepassados tem força e poder de curar doenças e ajudar as pessoas com problemas. “Quando as pessoas têm vida, adquirem um ‘Hamba’, amuleto usado para ajudar as pessoas a invocar o espírito dos antepassados. ‘Hamba ya kusema’ é também utilizado para ajudar mulheres com problemas de fertilidade.” 

Na sala de exposição denominada “Caça e vida Doméstica”, estão em exibição os instrumentos utilizados para várias actividades económicas, como enxadas, pontas de flecha, lanças, facas, adagas e catanas e alguns amuletos como “Kapikula ka jita”, usado para proteger o homem na guerra, pois existiam crenças de que afastava as flechas para o homem não morrer durante o combate. 

Neste espaço está também exposta, em miniatura, o “Shopa”, antigo tribunal em cujas sessões era dispensada a presença das mulheres. O funcionário da área de museologia, Baptista Bento, disse que na sala de exposição da exploração mineira existem materiais usados pela administração da antiga empresa Diamang, hoje Endiama. “Há uma miniatura da fábrica utilizada nas zonas de exploração mineira, pequenas jóias (brincos e colares) com pedras de diamantes, máquinas de dactilografia e materiais domésticos utilizados pelo primeiro administrador da Diamang.”

fonte:http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/pt/viewer.aspx
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