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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Museu do Tropeiro em Boituva resgata a história da região


Espaço preserva peças e memórias de uma tradição de mais de 300 anos.
Dia do Tropeiro é comemorado nesta quinta-feira (22) no estado de SP.



Nesta quinta-feira (22), é comemorado o Dia do Tropeiro no estado de São Paulo. Para celebrar a data, Boituva (SP) promoveu a 1ª Semana de Museus com foco no tropeirismo. Na cidade, um sítio foi transformado em um espaço de exposição de objetos usados pelos tropeiros. São aproximadamente 700 peças que foram apresentadas aos alunos da rede municipal de ensino em excursões.

De acordo com o diretor de cultura do município, Rogério Viana, o objetivo da semana foi aproximar a população, principalmente as crianças, da cultura tropeira. “Como o objetivo da cultura é salvaguardar a memória, só existe uma forma de fazer isso. Não é só guardar o objeto, mas mostrar esse objeto para outra pessoa para que ela tenha o conhecimento do significado e da importância daquilo naquele contexto histórico. Portanto, foi feita essa parceria entre o Museu do Tropeiro e a prefeitura para trazer as crianças da rede municipal para elas terem esse contato com a cultura”, comenta.



O responsável pelo museu é Izael Cruz. Durante as visitas, ele leva os alunos a uma viagem pela cultura daqueles que foram os desbravadores em várias regiões do país. Os estudantes aprendem um pouco da história e da cultura dos tropeiros. “Essa cultura faz parte da nossa vida. Nós somos oriundos de tropeiros também”, explica.

E este é só o começo de uma viagem no tempo de mais de 300 anos. Os tropeiros foram responsáveis por levar mercadorias de uma região à outra usando mulas e cavalos como meio de transporte. Além de vender alimentos e tralhas, os tropeiros também vendiam os animais. Quase todas as cidades da nossa região têm a origem tropeira.

Cruz afirma que começou a colecionar as peças há vinte anos. Elas chegam até ele vindas de famílias de várias regiões. No entanto, a paixão pelo tropeirismo começou ainda infância incentivada pelo avô. “Isso começou quando eu tinha cerca de sete anos de idade. Meu avô tinha um quartinho onde ele guardava e preservar as tralhas dele, todas as peças ligadas ao tropeirismo. Eu me sentava com ele naquele quarto e ali ficávamos. Ele conta histórias. Minha avó até mesmo trazia a comida para gente porque não saímos de lá. Eu olhava aquelas coisas dele com encanto. Quando cresci, saí para correr atrás da vida, mas sempre com a ideia de que um dia iria montar um quartinho igual ao que o meu avo tinha. Isso resultou em um museu”, diz.

A paixão do idealizador do museu é tanta que ele garante: sabe onde fica cada uma das 700 peças e percebe quando alguma é tirada do lugar. “Sei de todas as peças que estão aqui. Conheço a história de todas e eu tenho muito ciúmes delas. Isso faz parte da minha vida e da minha história... não é só minha, é da minha família também, além de muitas outras famílias da nossa região. É algo indescritível”, ressalta.

O Museu do Tropeiro é aberto a toda a população e as visitas são agendadas. O telefone é (15) 3363.8800.
Izael Cruz apresenta a cultura tropeira a estudantes (Foto: Carlos Alberto Soares / TV TEM)
 
fonte:http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2014/05/museu-do-tropeiro-em-boituva-resgata-historia-da-regiao.html @edisonmariotti #edisonmariotti

 

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