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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Museu reúne objetos pré-históricos indígenas encontrados em MG

Museu Arqueológico abriga relíquias achadas no Centro-Oeste do estado. Espaço fica em Pains e é aberto ao público gratuitamente.
 

Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco MAC Pains MG (Foto: MAC/Divulgação)Público confere pinturas rupestres expostas no Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco
 
(Foto: MAC/Divulgação)


Um museu arqueológico localizado em Pains, no Centro-Oeste mineiro, reúne objetos e materiais produzidos por sociedades indígenas pré-históricas que habitaram a região do Carste do Alto São Francisco entre 11 mil e 500 anos atrás. Essa região atualmente compreende a área dos municípios Arcos, Formiga, Córrego Fundo, Pimenta, Piumhi, Doresópolis, Iguatama e Pains. 
 


Segundo o especialista do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC), Gilmar Henriques, o museu tem o objetivo de guardar e proteger os objetos pré-históricos, além de servir como base para alguns projetos científicos. “Essa região é uma província arqueológica de extrema riqueza, são conhecidos mais de 300 sítios arqueológicos pré-históricos distribuídos em uma área com cerca de 1.500 km². Até a implantação do museu, esse patrimônio cultural arqueológico era conhecido apenas por um pequeno grupo de arqueólogos e o museu possibilitou a divulgação dele”, comentou o arqueólogo.

Estrutura
Atualmente o MAC conta com uma equipe fixa de seis funcionários, além do apoio de especialistas como educadores, antropólogos físicos e conservadores para trabalhos específicos no local. Desde a inauguração em abril de 2010, mais de três mil pessoas passaram pelo museu arqueológico e o blog do MAC contabiliza 52.400 visualizações. “O público pode conferir vestígios arqueológicos, datados por meio de análise radiocarbônica, organizados em uma exposição permanente que conta com textos, fotografias, mapas temáticos e apresentações. O museu tem ainda uma sala de audiovisual onde são feitas palestras temáticas e exibidos documentários”, acrescentou o arqueólogo. 


Visitação ao museu é aberta ao público
(Foto: MAC/Divulgação)

De acordo com Gilmar, antes da inauguração do MAC foram realizadas duas pesquisas acadêmicas. O arqueólogo mantinha um acervo sobre agricultores ceramistas que ocuparam a região entre 1.200 e 500 anos atrás. Ele também contou com o acervo do pesquisador Edward Koole sobre os indígenas caçadores coletores, que ocuparam a região entre 11.000 e 5.000 anos atrás. Desde então o museu tem se expandido cada vez mais com a contribuição de outros arqueólogos que disponibilizaram pesquisas e objetos para o MAC.

“Entre os objetos do nosso acervo que mais chamam a atenção do público estão as pinturas rupestres, ferramentas de pedra lascada, especialmente as pontas de flecha, e os sepultamentos humanos dos povos caçadores coletores. No caso dos povos agricultores ceramistas são os vasilhames cerâmicos, as ferramentas e objetos de pedra polida, especialmente os machados e as mão-de-pilão”, revelou.

Ainda segundo o arqueólogo, os trabalhos realizados no local têm fomentado a formação de um parque ecológico e turístico na região. “No MAC também contamos com academia de ginástica gratuita, parque de diversões adaptado para a prática de exercícios físicos e pista de caminhada. Assim, a implantação e funcionamento do museu contribuíram para reforçar a valorização não só da cidade, mas também para a criação de um turismo regional”, disse Gilmar.

O Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco está aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Aos sábados e domingos o funcionamento ocorre das 10h às 13h e nos feriados das 12h às 15h. O MAC fica na Rodovia MG-439, nº. 1000, próximo à saída de Pains para Formiga. A entrada é franca.
Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco MAC Pains MG (Foto: MAC/Divulgação)Espaço é convidativo para um passeio ao ar livre e contato com a natureza (Foto: MAC/Divulgação) 
 
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2014/08/museu-reune-objetos-pre-historicos-indigenas-encontrados-em-mg.html

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