Termina neste domingo, no Casarão de Brigadeiro Tobias, com ações educativas e a mostra do artista plástico Rodnei Andrade, o roteiro local de atividades da 8ª edição da Primavera dos Museus, evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus do Ministério da Cultura. A agenda será desenvolvida entre 10h e 16h e destaca a exposição de telas que retratam ciclos históricos do município a partir de personagens que ajudaram a construir sua identidade e forjaram o seu desenvolvimento econômico. Estão lá a tecelã, o agricultor, o comerciante, o ferroviário e o tecnólogo, entre outras profissões.
"Além do valor estético inegável, os trabalhos reforçam a importância de Sorocaba. Quem vier aqui saberá um pouco mais da sua própria história, já que os quadros resgatam o passado e projetam o futuro, o que não deixa de ser importante e até necessário", comenta a responsável pelo espaço, Sonia Nanci Paes.
O visitante tem também a oportunidade de saber mais sobre o tropeirismo a partir da intervenção do estudioso Álvaro Augusto Antunes de Assis. É ele quem conduz alunos da rede pública e explica o significado do ciclo, além de falar sobre curiosidades sobre peças e itens utilizados naquela época, como arreios, esporas, celas e, claro, mulas.
Neste sábado, uma roda de viola foi promovida por violeiros de Votorantim.
Com o tema "Museus Criativos", a Primavera dos Museus mobilizou instituições de todo o país. Ao propor o conceito, o Instituto Brasileiro de Museus, conforme divulgado, procurou focar o "estímulo à manutenção e ao desenvolvimento de cada museu na exploração de sua capacidade de inovar-se, modernizar a gestão, diversificar iniciativas, ampliar a presença no território em que se acha inserido e atrair público".
A atividade acabou, de quebra, abrindo caminho para que a importância do Casarão fosse abordada. Foi o que fez neste sábado a advogada Josefina Craveiro, segundo quem aquele espaço não tem merecido a atenção que deveria. Ela lembrou que o Casarão não foi aproveitado nem dentro da programação comemorativa à passagem do aniversário da cidade.
"Tivemos atrações durante os trinta e um dias de agosto, mas o Casarão de Brigadeiro passou batido. Ele é como um apêndice esquecido da cultura. A não ser pelas atividades fixas do calendário do município, nada mais acontece, o que é lamentável. Que essa Primavera sirva de alerta", disse. A coordenação do espaço preferiu não comentar as críticas.
O espaço recebeu violeiros de Votorantim neste sábado - Aldo V. Silva
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