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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Finep doa obra de Beatriz Milhazes ao Museu Nacional de Belas Artes

Na próxima segunda-feira, 17/11, às 10 horas, a artista plástica Beatriz Milhazes vai ao prédio da Praia do Flamengo, n° 200 - antiga sede da Finep - para acompanhar o processo de retirada de uma intervenção artística produzida por ela em uma mesa no ano de 1994. A artista estará acompanhada de especialistas em restauração e da diretoria do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), Mônica Xexeo. A financiadora vai doar a obra para o Museu, onde receberá os cuidados necessários para a sua preservação. A peça, de 6,16 metros de comprimento por 1,5 metro de largura, com capacidade para 20 lugares, foi utilizada como mesa de reunião dos Conselhos da Finep até os dias de hoje. Com a mudança para a sua nova sede, no edifício Ventura, na Avenida República do Chile, Centro do Rio, a financiadora optou por tornar mais esta obra pública. Recentemente, a empresa doou 222 obras de Portinari para o Museu. Veja vídeo sobre o acervo.

Fruto de uma fase antiga de Beatriz Milhazes, a mesa não é uma criação usual no repertório da artista, já que ela elabora pinturas e colagens com maior frequência. O Atelier Finep, realizado em parceria com o Paço Imperial e que permitiu o desenvolvimento da peça, foi um projeto que de 1994 a 2007, incentivou a pesquisa e a investigação de linguagens nas artes plásticas. A iniciativa buscava apresentar o atelier do artista ao público a fim de diluir as fronteiras entre o espaço de criação e o da exposição pública.

A artista

Beatriz Ferreira Milhazes nasceu no Rio de Janeiro em 1960. Em 1981 formou-se em Comunicação Social pela Faculdade Hélio Alonso. Antes mesmo de concluir o curso, em 1980, começou a frequentar artes plásticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, marco fundamental para a sua carreira. Beatriz faz parte do grupo Geração 80, conjunto de artistas plásticos que despontaram por terem resgatado a técnica tradicional do uso do óleo sobre tela, após uma exposição na década de 1980, intitulada “Como Vai você, Geração 80. Nesse período, Beatriz desenvolve técnicas próprias de pintura.

As obras da artista remetem ao carnaval e ao modernismo. A cor é um elemento essencial em suas produções que abusam de cores, formas circulares, flores e arabescos. Beatriz já foi destaque em mostras nos Estados Unidos, passando a integrar acervos de museus como MOMA, Guggenheim e Metropolitan, em Nova York. O sucesso não se restringe ao continente americano: o Reina Sofia, em Madri, também expõe alguns de seus trabalhos. A tela “O Mágico”, criada em 2001, foi vendida por US$ 1,049 milhão, um recorde nacional que se equipara somente ao “Abapuru”, de Tarsila do Amaral. Este valor ainda não foi alcançado por nenhum outro artista brasileiro vivo. O reconhecimento mundial estimula uma grande procura pelas obras da artista: há uma enorme fila de espera para os que desejam adquirir uma de suas criações.


fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.finep.gov.br/imprensa/noticia.asp?noticia=finep-doa-obra-de-beatriz-milhazes-ao-museu-nacional-de-belas-artes



Obra de Beatriz Milhazes, a mesa será doada ao Museu Nacional de Belas Artes (Foto: César Coelho/Finep)

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