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domingo, 5 de abril de 2015

Museu japonês detalha vivissecções de prisioneiros na Segunda Guerra Mundial

A faculdade de medicina da Universidade de Kyushu, no sudoeste do Japão, abriu no sábado ao público o seu recém-instaurado museu, onde se incluem referências às vivissecções praticadas neste centro em prisioneiros de guerra americanos durante a Segunda Guerra Mundial.





É a primeira vez que a instituição revela documentação destas práticas, das quais se desvinculou durante décadas ao argumentar que as suas instalações foram utilizadas sem autorização pelas autoridades militares.

A decisão de exibir o material foi tomada durante uma reunião da direcção da faculdade realizada em Março, segundo explicaram fontes da própria universidade à agência de notícias Kyodo.

Deste modo, o museu exibe os instrumentos usados para dissecar os soldados enquanto ainda estavam vivos ou históricos médicos dos mesmos, além de um painel que descreve o sangrento episódio.

As vivissecções foram realizadas em oito soldados das forças aéreas americanas capturados em Maio de 1945 de o bombardeiro B-29 que tripulavam ter sido derrubado.

Desses oito homens foram extirpados órgãos vitais como pulmões ou o fígado enquanto estavam conscientes e, além disso, receberam água marinha diluída nas veias com o objectivo de averiguar se esta podia ser utilizada como substituto de uma solução salina intravenosa convencional.

Apesar das tentativas de esconder o episódio durante décadas, Toshio Tom, que presenciou as experiências, decidiu documentá-los num livro publicado em 1979.

Duas décadas antes, o aplaudido escritor Shusaku Endo baseou-se no terrível facto para escrever «O mar e o veneno», romance que seria levado aos cinemas em 1986.

O caso da Universidade de Fukuoka é o único conhecido de vivissecções acontecido em território japonês durante a Segunda Guerra Mundial.




Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=767237

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