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terça-feira, 5 de maio de 2015

Calhas de drenagem entupiram e água entrou no espaço do Museu de Cultura Afro, em Salvador, Brasil.

Obras de arte não foram danificadas; todas foram retiradas por precaução.


O Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira (Muncab), localizado no Centro Histórico de Salvador, Brasil,  pode ficar fechado por três meses depois que água da chuva invadiu e alagou o espaço, segundo informou ao G1, na manhã desta terça-feira (5), o presidente da AMAFRO - Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira, José Carlos Capinan.

A Amafro é uma associação fundada em 2002, que idealizou projeto a instalação do Muncab, na capital baiana. Ainda de acordo com Capinan, a situação ocorreu na última sexta-feira (1°) porque os tubos que servem para drenar a água ficaram entupidos e, desde então, o local suspendeu as atividades por causa do alagamento.

"Algumas calhas de drenagem ficaram entupidas e isso fez a água correr para cima das lajes. Foi muito grande o volume de água e invadiu o museu. Não temos uma data de quando vai voltar a funcionar. Esperamos que daqui a três meses esteja tudo em ordem. Vamos atrás de recursos para restaurar os danos", relata.

Ainda segundo o presidente da AMAFRO, cerca de 300 obras estão no local, mas nenhuma delas foi atingida. Contudo, as vitrines e suportes dos objetos de arte foram danificados pela água. "Por precaução tiramos as obras para reserva técnica, um espaço aqui mesmo no museu reservado para peças danificadas ou para restauração. Já fizemos a drenagem, desentupimos as instalações. Acreditamos que não vai acontecer mais", explica.

José Carlos Capinan conta que o perído de três meses para a suspensão das atividades é previsto pois será necessário realizar a restauração das vitrines e das peças de suporte. O número de objetos e os prejuízos não foram calculados, segundo informa.

Desde 2002, o espaço conta com patrocínio através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet e do Fundo Nacional de Cultura, além de apoio de empresas e fundações. Contudo, para custear o Muncab, Capinan conta que é necessária a federalização do museu, ou seja, que a administração do espaço ocorra por parte do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

"Falta a federalização do museu para enfrentar situações como estas e custeios. Desde que o projeto nasceu, a federalização é um componente da própria instalação. O projeto foi apresentado para ser público e federal. Para que a gestão seja feita pelo Ibram, é preciso que ele seja um museu federalizado. Esse projeto já está tecnicamente construído e enviado para a Casa Civil para ser analisado e aprovado. Já tivemos uma reunião com o ministro [da cultura] Juca [Ferreira] e isso foi dado um caráter de urgência para o encaminhamento", explica.

O G1 entrou em contato com o Ibram, para ter informações sobre o processo de federalização do Muncab, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti  http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/05/agua-invade-museu-de-cultura-afro-que-pode-ficar-fechado-por-3-meses.html

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