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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Museu de Arte Sacra é inaugurado em Uberlândia - ‘Memórias do Sagrado’ terá peças de padres, bispos e doações de artistas.

Mais de 600 obras fazem parte do acervo.

Um espaço dedicado exclusivamente à exposição e restauração de arte sacra será inaugurado em Uberlândia. Nesta sexta-feira (1º), o Museu da Arte Sacra começa a receber visitas, às 19h30, com a exposição ‘Memórias do Sagrado’.
Mais de 600 peças, propriedades da Diocese de Uberlândia, farão parte do acervo do museu. As peças são de padres, bispos e doações de artistas contemporâneos da cidade.


A primeira exposição, ‘Memórias do Sagrado’, poderá ser vista pela população durante um ano. A previsão é de que as obras fiquem expostas até o dia 30 de abril de 2016.


O Museu fica na Avenida dos Mognos, nº 355, no Bairro Jaraguá, e fica aberto das 14h às 17h nas segundas-feiras, de terça-feira a sexta-feira das 8h as 11h e das 14h às 17. Nas quintas-feiras há a possibilidade de agendar visitas das 19h às 21h.


Imagem centenária deve ir para museu de arte sacra em Uberlândia

Protegida por grades e uma redoma de vidro, na Catedral Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, na praça Tubal Vilela, no setor central de Uberlândia, a imagem de Nossa Senhora do Carmo deve ganhar uma nova casa. A imagem, tombada como patrimônio histórico municipal, em 2007, pode se transformar no item mais importante do Museu De Arte Sacra da Diocese de Uberlândia (MAS), a ser inaugurado até o primeiro semestre de 2014.

Sob a direção do padre Rogério Antônio Alves, da paróquia de São Pedro, o MAS ainda não tem sede própria definida, mas mantém um escritório em funcionamento na cúria uberlandense, na praça Nossa Senhora Aparecida, no bairro Aparecida, também no setor central. Atualmente, o museu promove cursos, oficinas, exposições, estudos e catalogações dos bens móveis e imóveis das diversas paróquias uberlandenses.




Padre Olimar Rodrigues ao lado da imagem de N. Sra. do Carmo (foto: Cleiton Borges)


O bem mais significativo do futuro museu, a imagem de Nossa Senhora do Carmo, foi construído por um ateliê espanhol, a Las Artes Religiosas, e provavelmente chegou à cidade na primeira década do século 20.

A primeira casa da imagem foi a Igreja de Nossa Senhora do Carmo de São Pedro de Uberabinha, construída no fim do século 19, onde hoje funciona a Biblioteca Pública Municipal Juscelino Kubitschek, no Fundinho. No fim da década de 40, quando a matriz histórica foi demolida, a peça foi transferida para a Capela de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Miraporanga.

O padre Olimar Rodrigues, pároco da matriz de Santa Teresinha, disse que, atualmente, na capela de Miraporanga, há uma réplica da peça. “Ficamos felizes, porque a imagem histórica de Nossa Senhora do Carmo deve se transformar em uma importante peça do museu de arte sacra de Uberlândia, cujo planejamento de implantação se encontra em fase avançada”, disse Rodrigues.
Ateliê espanhol escupiu imagem

A história da imagem de Nossa Senhora do Carmo tem origem em um ateliê de Olot, cidade do interior da Espanha conhecida pela presença de artesãos especializados na elaboração de imagens de santos e criação de novas técnicas de escultura e moldagem em pasta de madeira, resina e, atualmente, fibra de vidro.

A peça, que hoje se encontra na matriz de Santa Teresinha, foi confeccionada na primeira década do século 20, em resina, com técnica de modelagem em pasta de madeira. O hábito carmelita e os dois bentinhos, segurados pela santa e pelo Menino Jesus, são os destaques da imagem.

Em 2001, a imagem sofreu a primeira intervenção de conservação e restauração. Depois de passar pelo Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG) – onde foi analisada e periciada – a peça foi encaminhada para um segundo tratamento de conservação e restauro no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), em Belo Horizonte.
Da chegada ao tombamento

O núcleo urbano de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro de Uberabinha, nos arredores de onde hoje funciona a biblioteca municipal, no Fundinho, deu origem a Uberlândia que conhecemos e também foi o local de construção da capela de Nossa Senhora do Carmo, em 1846.

Em 1861, a capela foi transformada em matriz. No mesmo período, no fim do século 19, ao lado do prédio, os primeiros moradores do arraial eram sepultados no cemitério denominado Campo Santo.

A imagem de Nossa Senhora do Carmo, fabricada na Espanha, chegou à matriz na década de 10. Um século mais tarde, em 2007, a peça sacra foi tombada como patrimônio histórico municipal, pela riqueza artesanal e a importância simbólica no processo de formação da cidade.
 
 

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