Desde que a lama tomou o rio Doce e em seguida o mar de Regência, no norte do Estado, produtores culturais, artistas e moradores passaram a realizar eventos para reafirmar a cultura local e manter aceso o turismo na região, que sofre os impactos da tragédia. Dessa forma, além de shows, eventos de carnaval, palestras, entre outras iniciativas, Regência acaba de reativar o Museu do General Primo Pelissari, um espaço em homenagem ao artista de mesmo nome (foto ao lado).
Conhecido também como General Pelissari, ele foi um dos grandes artistas da arte naif de Regência. A Vila inclusive tem essa marca importante, de ser um polo de grandes artistas naif que precisam de visibilidade não só para destacar a arte produzida no local, mas também para discutir e explorar esse cenário cultural em uma época tão dramática para a Regência. Em sintonia com essas causas, o sociólogo Hauley Valim acaba de reativar o museu que concentra obras de General Pelissari.
Foi a partir de um mestrado sobre a tradicional festa do Caboclo Bernardo, que Hauley desenvolveu proximidade com uma das organizadoras da festa e ex-mulher do General Pelisari, Tia Mariquinha. A aproximação o fez pensar na reabertura do museu, que estava fechado devido aos problemas de saúde de Tia Mariqinha. Ele então encabeçou a iniciativa e desde a semana do carnaval o museu reabriu suas portas ao público.
"Diante da situação em que os dois principais atrativos de Regência foram afetados, o rio e o mar, vi a necessidade de fazer com que esse acervo de grande importância ganhe visibilidade e mostre para os turistas e visitantes que Regência é muito mais rica", destaca Hauley, que atualmente se divide entre Linhares e Regência para poder manter o trabalho no museu.
Aliás, o funcionamento do museu ainda está em processo de afinação. Por enquanto as visitas precisam ser agendadas previamente pelos interessados para que Hauley possa acompanhar tudo, já que se divide em outras ocupações. Contudo, essa fase ainda é inicial, a pretensão é de que o museu fique aberto diariamente, além de promover e receber outras ações. O espaço já está inscrito na Semana Nacional dos Museus, que gera visibilidade nacional, e acontece em maio.
A proposta é promover diversas ações durante a Semana Nacional dos Museus. Uma dessas atividades será a realização de uma oficina com crianças de uma escola local. As etapas de realização serão baseadas na forma como General Pelissari produzia sua arte, que era construída a partir de material encontrado no rio e mar, desde os naturais, como conchas, até os recicláveis. A oficina irá então apresentar às crianças o processo de criação da arte de Pelissari, levá-las ao rio para coletarem materiais, orientá-las na produção de peças e, posteriormente, expor essas novas produções à comunidade.
"Pelissari tinha um modo muito particular de produzir sua arte, ele coletava os materiais na natureza, levava ao sítio de Tia Mariquinha e lá estudava as formas que aqueles materiais poderiam 'incorporar'. Ele criava a partir de formas imaginárias, fazendo telas e esculturas com técnica de sobreposição de cores", conta Hauley. Todo esse modo peculiar da arte de Pelissari está exposto no museu. Aliás, nem todas as obras, já que algumas peças não puderam ser limpas, pois estão em um estágio muito frágil de seus matérias, por isso Hauley busca alternativas para que elas possam ser levadas ao processo de restauração futuramente.
Tudo foi realizado por Hauley a partir de iniciativa própria. Ele conversou com Tia Mariquinha e a família Pelissari, organizou a limpeza, pintura e reorganização do espaço, a partir também de colaborações e, agora, coloca o museu novamente na rota turística da Vila de Regência.
Serviço
O Museu do General Primo Pelissari está aberto a visitações mediante agendamentos nesses primeiros meses. Para agendar basta fazer contato com Hauley por meio da página oficial do museu em rede social.
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti
Cultura e conhecimento são ingredientes essenciais para a sociedade.
A cultura é o único antídoto que existe contra a ausência de amor.
Vamos compartilhar.
--in via tradutor do google
Museum General Primo Pelissari in Regencia Augusta, in Espirito Santo, Brazil,
Since the mud took the Sweet river and then the sea of Regency, in the northern state, cultural producers, artists and residents began to hold events to reaffirm the local culture and keep alive the tourism in the region, which suffers the tragedy of impacts . Thus, in addition to concerts, carnival events, lectures, among other initiatives, Regency has just reactivate the General Museum Primo Pelissari, an area named after the artist of the same name (photo).
Also known as General Pelissari, he was one of the great artists of naive art of Regency. The village even has this important milestone, to be a center of major naive artists who need visibility not only to highlight the art produced on site, but also to discuss and explore this cultural scene in such a dramatic time for the Regency. In line with these causes, Hauley Valim sociologist just reactivate the museum that focuses works of General Pelissari.
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It was from a master of the traditional celebration of the Caboclo Bernardo, who Hauley developed proximity to one of the party organizers and former wife of General Pelisari, Aunt Mariquinha. The approach made him think about the reopening of the museum, which was closed due to health problems Tia Mariqinha. He then headed the initiative and from the carnival week the museum reopened its doors to the public.
"Given the situation in which the two main attractions of Regency were affected, the river and the sea, saw the need to make this very important acquis gain visibility and show tourists and visitors Regency is much richer" highlights Hauley, which is currently divided between Linhares and Regency in order to keep the work in the museum.
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In fact, the museum's operation is still in the tuning process. For now the visits must be scheduled in advance by the parties concerned to Hauley can keep track of everything, as is divided into other occupations. However, this phase is still early, the claim is that the museum be open daily, and promote and take other actions. The space is already enrolled in the National Museum Week, which creates national visibility, and takes place in May.
The proposal is to promote various actions during the National Week of Museums. One of these activities will be conducting a workshop with children from a local school. The realization of steps will be based on how General Pelissari produced his art, which was built from material found in the river and sea from the natural, such as shells, even recyclable. The workshop will then present to the children the process of creating art Pelissari, take them to the river to collect materials, guide them in the production of parts and then expose those new productions to the community.
"Pelissari had a very particular way of producing his art, he collected the materials in nature, leading to Aunt Mariquinha site and there studying the ways that those materials could 'enter'. He created from imaginary forms, making paintings and sculptures with color overlay technique, "says Hauley. All this peculiar way Pelissari art is exhibited in the museum. Incidentally, not all works, since some parts could not be cleaned because they are in a very fragile stage of their materials, so Hauley seeking alternatives so that they can be brought to the restoration process in the future.
Everything was done by Hauley from own initiative. He talked to Aunt Mariquinha and Pelissari family, organized the cleaning, painting and reorganization of space, as well as collaborations and now put the museum back on the tourist route of the Regency Village.
Service
General Primo Pelissari Museum is open to visitations by scheduling these early months. To schedule just make contact with Hauley through the official website of the museum on social network.
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