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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Museu Nacional de Arqueologia conta a história da Lusitânia Romana em 200 peças.

A província romana da Lusitânia, foi uma entidade administrativa criada entre 16 e 13 a.C. O território que os romanos unificaram, acabou repartido entre Portugal e Espanha e mais de dois mil anos depois, uma grande exposição parte de uma seleção de bens arqueológicos de imensa importância, para dar a conhecer aquela província do império romano. «Lusitânia Romana. Origem de dois povos/Lusitania Romana. Origen de dos pueblos», esteve patente em Mérida, Espanha, no ano passado e chega agora a Portugal. Está patente no Museu Nacional de Arqueologia, onde pode ser visitada até 30 de junho.



A província romana da Lusitânia ocupava grande parte de Portugal, entre o Douro e o Algarve, a atual Extremadura espanhola e uma pequena área da Andaluzia. 

O território que os romanos unificaram, acabou repartido por dois países: Portugal e Espanha e mais de dois mil anos depois, esta grande exposição reúne 210 bens culturais de grande interesse arqueológico, histórico e artístico, pertencentes a 14 museus e instituições culturais de Portugal e cinco de Espanha. 

Os organizadores destacam uma inscrição em pedra em carateres latinos, segundo a fonética lusitana, originária de Arronches, que abre a exposição, e a Tábua de Vipasca, de Aljustrel, um dos dois únicos regulamentos de extração mineira, do mundo romano, conhecidos (o outro encontra-se no Museu Geológico, em Lisboa).

A exposição é o resultado de uma organização conjunta entre o Museu Nacional de Arte Romano (MNAR) de Mérida, Espanha, e o Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e com a colaboração científica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). No ano passado, a exposição esteve patente no Museo Nacional de Arte Romano (MNAR) de Mérida, tendo sido visitada por quase 121 mil pessoas. 

Dividida em dez núcleos temáticos, dá a conhecer a Lusitânia romana, “não olhando aos territórios separados pela fronteira política”, mas recuperando “as fronteiras históricas romanas que, ao longo das últimas décadas, historiadores e arqueólogos da Antiguidade Clássica, espanhóis e portugueses, mas também de muitas outras nacionalidades, têm afincadamente valorizado no seu trabalho, realizando uma investigação que trata a Lusitânia como um todo”, refere uma nota divulgada pelo MNA. A exposição termina com a projeção de um audiovisual sobre «O Legado Romano» no território português e da Extremadura espanhola. 

A Lusitânia romana “é talvez uma das menos conhecidas pela historiografia, apesar de ser uma das mais interessantes, devido à sua localização geográfica no Império Romano, como ‘finis terrarum’ (terras do fim do mundo), pela diversidade de povos que a habitavam e recursos endógenos existentes, bem como ao significado político da sua criação”, informa o MNA. Teve como capital a colónia Augusta Emerita, a atual cidade espanhola de Mérida. Foi mandada fundar em 25 a.C., pelo próprio imperador Augusto, que incumbiu o seu genro Marcos Agripa de a criar e ali distribuir terras aos veteranos (eméritos) de duas legiões, essencialmente itálicos, que integraram os contingentes militares envolvidos nas guerras de pacificação do noroeste da Península Ibérica, realizadas nos anos 20 do século I a.C. contra os povos Ástures e Cântabros.
Augusta Emerita, ao contrário das outras duas capitais da Hispânia romana (Tarraco, atual Tarragona e Carthago Nova, hoje Cartagena) não tinha uma saída direta para o mar, e daí que principalmente Olisipo, atual Lisboa, mas também a restante rede de importantes cidades implantadas junto aos rios Tejo e Sado – Scalabis (Santarém), Salacia (Alcácer-do-Sal) e Cetobriga (Setúbal) – constituíssem um complexo de “portas” de entrada e saída para o oceano.
Os vestígios arqueológicos que se mostram agora no Museu Nacional de Arqueologia vêm contar a história da antiga ocupação humana do território da Lusitânia hoje a maior parte de Portugal e parte de Espanha.

«Lusitânia Romana. Origem de dois povos»
Até 30 de Junho de 2016
Museu Nacional de Arqueologia
Praça do Império – Belém 
(Na ala ocidental do Mosteiro dos Jerónimos)
Horário: De 3ª feira a domingo das 10h às 18h. As últimas admissões são às 17h45 na entrada principal e às 17h30 na entrada oriental. Está fechada às 2as, Domingo de Páscoa e 1 de maio
Preçário: 5 euros. A entrada é gratuita no primeiro domingo de cada mês para visitas individuais ou grupos de até 12 pessoas. É ainda gratuita para crianças até aos 12 anos
Como chegar: Autocarros: 714, 727, 728, 751,729 / Autocarros da linha de Sintra: 113, 149 / Elétrico: 15
Comboio da linha de Cascais: Saída em Belém
Barco: Saída no Cais de Belém






fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti


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