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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Cultura e tecnologia - O fim do dinheiro está próximo? ProXXIma 2016 em São Paulo, Brasil. --- Culture and technology - The end of the money is next? Proxxima 2016 in São Paulo, Brazil.

O Uber dos bancos tradicionais está próximo.


Com a digitalização crescente das transações monetárias, o fim do dinheiro em papel moeda é quase inevitável.

O fim do dinheiro está próximo? Para grande parte do mundo, a moeda digital está em vias de acabar com o papel-moeda

O dinheiro, como o conhecemos, apareceu na Suécia por volta de 1660. Coincidentemente, o primeiro país do mundo no qual as cédulas devem ser extintas. É claro que houve outras moedas em civilizações mais antigas, como a China, romanos, gregos e fenícios. Mas, formalmente, o papel-moeda tornou-se aceito a partir da Suécia. Portanto, as cédulas com a qual os mais de 200 países do mundo fazem transações têm, pelo menos, 350 anos. Com a digitalização dos meios de pagamento, no entanto, é uma questão de tempo para que cédulas, moedas e o sistema financeiro tradicional passem por um processo de “uberização”, ou seja, tal e qual tem acontecido com a ruptura do modelo tradicional de táxis no mundo, surja um (alguns) Uber para romper também com o setor.


E esse foi o tema do debate da palestra “O fim do dinheiro”, sobre qual será o futuro do papel-moeda num mundo em que tudo é negociado por meios eletrônicos e na forma de dados. O debate aconteceu no segundo e último dia do ProXXIma 2016, que é realizado em São Paulo (SP) e teve a participação do economista e cientista social da USP, Gilson Schwartz, do presidente da Cubo e Bitinvest, Flávio Pripas, e do diretor de inovação do Banco Original, Guga Stocco, mediados pelo diretor da Bites, Manoel Fernandes.

Segundo os palestrantes, com a digitalização, o papel-moeda perde sentido. Apenas a China, onde esse movimento é bem intenso, as transações peer-to-peer (a grosso modo, transações de computador a computador), chegaram a US$ 66,9 bilhões sem que um só banco tradicional participasse do processo. Schwartz, da USP, afirma que o impacto sobre as receitas dos bancos convencionais deve passar dos US$ 850 bilhões em 2015 para US$ 1,2 trilhão em 2023, com a migração em massa dos recursos financeiros sendo geridos por meios eletrônicos ao invés de passarem pelas portas de conglomerados financeiros atualmente estabelecidos. “Os bancos vão penar”, afirma Schwartz.

No Reino Unido, que é considerado o centro financeiro mundial por excelência, mais de 2 milhões de pessoas não têm contas bancárias. Por outro lado, cerca de 90% dessas pessoas têm smartphones, pelos quais é possível fazer qualquer transação financeira sem bancos que intermedeiem o processo. E são vários os setores envolvidos – os consumidores, o varejo, os fornecedores de celulares, os criadores de apps, os desenvolvedores de softwares, os próprios bancos tradicionais e os fornecedores de tecnologia. Quando se fecha o círculo com esses fornecedores numa cadeia que inclui o e-commerce e o pagamento sem transações bancárias, definitivamente, é o fim do dinheiro. O e-commerce movimenta US$ 1,6 trilhão e opera mais de 12 milhões de lojas em todo o mundo.

Para Pripas, da Cubo, as transações se misturarão com mídia nos próximos anos. Schwartz diz que a moeda virtual é mídia. O surgimento do Banco Original, 100% digital, é exemplo desse desaparecimento dinheiro físico. “Antes, os bancos migraram para a web; depois, para o celular. Mas, apenas como cópias das agências bancárias. Agora, é necessário efetivar o banco digital e fazer transações como se fosse um post no Facebook ou uma busca no Google”, exemplifica Stocco, do Original.

Desencadeadas por esse movimento com a moeda virtual, as fintechs (financial technologies) já se mostram viáveis para que apareça, efetivamente, o Uber dos bancos: em 2010, foram investidos US$ 1, 8 bilhão em startups fintechs. No ano passado, esse volume saltou para US$ 19 bilhões. No Brasil, o processo está atrasado. Enquanto no mundo, com a Suécia à frente, reduz o número de agências bancárias (nos nórdicos, – 32%), a América Latina continua a investir no modelo da instalação física de banco, com expansão de 26% nas agências. No Brasil, foram mais 16% agências inauguradas no ano passado. Com as questões prementes de segurança, que envolvem o rastreamento de operações e combate à corrupção, no entanto, esse cenário deve mudar. E, daí, os bancos tradicionais terão que brigar tanto quanto os taxistas têm lutado contra o Uber.






Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti


--in via tradutor do googleCulture and technology - The end of the money is next? Proxxima 2016 in São Paulo, Brazil.

The Uber traditional banks is close

With the growing digitization of monetary transactions, the end of money in paper money is almost inevitable



The end of the money is next? For much of the world, the digital currency is on track to end the paper money

Money, as we know, appeared in Sweden around 1660. Coincidentally, the first country in which the ballots are to be extinct. Of course there were other currencies in most ancient civilizations, such as China, Romans, Greeks and Phoenicians. But formally, paper money became accepted from Sweden. So, the ballots to which over 200 countries around the world make transactions have at least 350 years. With the digitalization of means of payment, however, is a matter of time for bank notes, coins and the traditional financial system to undergo a process of "uberização", or such and what has happened to break the traditional model of taxis in the world, appears one (some) Uber to also break with the sector.

And that was the theme of the lecture discussion "The end of money" on what the future of currency in a world where everything is negotiated through electronic means and in the form of data. The debate took place on the second and final day of Proxxima 2016, which is held in São Paulo (SP) and was attended by the economist and USP social scientist, Gilson Schwartz, the president of the cube and Bitinvest, Flávio Pripas, and director of Original Bank of innovation, Guga Stocco, mediated by the director of Bites, Manuel Fernandes.

According to the speakers, with scanning, paper money loses its meaning. Only China, where this movement is very intense, the peer-to-peer transactions (roughly, computer transactions to computer), reached US $ 66.9 billion without one traditional bank participate in the process. Schwartz, USP, says that the impact on revenues of conventional banks should pass the $ 850 billion in 2015 to $ 1.2 trillion in 2023, with the mass migration of funds being managed electronically rather than pass through the gates of currently established financial conglomerates. "Banks will grieve," says Schwartz.

In the United Kingdom, which is regarded as the global financial center of excellence, more than 2 million people do not have bank accounts. Moreover, about 90% of these people have smartphones, by which it is possible to do without any financial transaction banks intermedeiem process. And there are several sectors involved - consumers, retailers, mobile providers, the creators of apps, software developers, the very traditional banks and technology providers. When it closes the circle with these suppliers in a chain which includes e-commerce and payment without banking it is definitely the end of the money. The e-commerce turnover of US $ 1.6 trillion and operates over 12 million stores worldwide.

For Pripas, the Cube, the transactions will be combined with media in the coming years. Schwartz says that virtual currency is media. The emergence of the Original Bank, 100% digital, is an example of this disappearance physical money. "Before, banks migrated to the web; then to the phone. But just as copies of bank branches. Now you need to carry the digital database and make transactions like a post on Facebook or a Google search, "exemplifies Stocco, the Original.

Triggered by this movement with virtual currency, fintechs (financial technologies) already show viable to appear, indeed, the Uber banks: in 2010, the company invested $ 1, 8 billion in startups fintechs. Last year, the volume jumped to $ 19 billion. In Brazil, the process is delayed. While in the world, with Sweden ahead, reduces the number of bank branches (in the Nordic - 32%), Latin America continues to invest in the model of the physical installation of the bank, an increase of 26% in the agencies. In Brazil, were 16% more branches opened last year. With the pressing security issues, involving screening operations and combating corruption, however, this scenario should change. And then, traditional banks will have to fight as much as the taxi drivers have been fighting the Uber.



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