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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A arte como construção democrática. --- Art as a democratic construction. --- Мистецтво як демократичного будівництва.

Fernando Pernes é uma figura notável e determinante na arte portuguesa do final do século XX. Não só porque a ele se devem os primeiros passos que levaram à constituição do Museu de Serralves no Porto (de que foi o primeiro director artístico), mas também porque o seu pensamento sobre a arte e os artistas é um importante contributo para a formação do nosso conhecimento acerca da arte que ficou expresso não só nas exposições de que foi curador, mas também nos textos que escreveu e nos cursos que orientou e que estes dois importantes volumes vêm testemunhar.


A vocação democrática da arte moderna. 
De Olympia a Guernica
Autoria: Fernando Pernes
Selecção e organização de Lúcia Almeida Matos
Edição Museu de Serralves


São muitos os elogios à sua cultura, inteligência, singularidade e espírito que fez nascer um dos mais significativos museus portugueses. O seu contributo para o crescimento do tecido cultural português não se esgota na habilidade institucional com que conseguiu juntar meios, pessoas e recursos para fazer nascer Serralves, mas o elemento decisivo é, como escreve von Hafe Pérez, o modo como Fernando Pernes conseguiu, através das suas múltiplas actividades de ensino, ensaísta, crítico de arte, curador e director artístico, criar plataformas e instrumentos para uma nova legibilidade da arte mais recente: podem mencionar-se as exposições 10 Contemporâneos de 1992 e feita com Alexandre Melo ou Imagens para os anos 90 (1993) comissariada por Miguel von Hafe Pérez, exposições decisivas para a passagem para um novo tempo e um novo entendimento da arte portuguesa contemporânea. E foi também a ideia da criação de novas modalidades de ver e perceber arte que o levaram a procurar concretizar um museu não conservador, mas um museu entendido como “foco dinâmico, não consagrador de heranças elitistas mas instaurador do que na poética surrealista se pretende a ‘crítica permanente do quotidiano’” (p.20).

Esta crítica permanente do quotidiano que em 1978 Pernes assume como conceito museológico não tem a expressão do novo realismo (especulativo e materialista) a que assistimos no séc. XXI, mas trata-se de exigir que a arte seja assumida como espaço de liberdade e de crítica, ideias que estão na base de todos os textos que os dois volumes publicados pelo Museu de Serralves agora disponibilizam. Uma ideia de crítica (que no caso de Pernes foi muitas vezes polémica, forte e apaixonada) constitui o fio que une todos os textos e as aulas agora tornadas livro.

No volume dedicado aos seus textos críticos os motivos são variados: são relativos a exposições de artistas como João Vieira, António Areal, Eurico Gonçalves, Francis Bacon, Ana Vieira, etc., a entrevistas dadas pelo próprio Pernes ou a textos de âmbito mais ensaístico como o Da arte de ver arte, Os artistas e a cidade, Sobre arte e política, e textos de intervenção escritos para jornais. Além da extrema erudição e cultura revelada, a sua maior preocupação é dotar o leitor e o visitante de exposições de ferramentas para pensar a arte e as suas consequências. No texto Sobre arte e política (1970) Pernes torna-se claro que a relação arte




Dizer a imagem. Antologia de textos críticos
Autoria: Fernando Pernes
Selecção e organização de Miguel von Hafe Pérez
Edição Museu de Serralves


política é fundamental não na medida em que a arte pode ilustrar e tornar comunicativas certas ideologias, mas porque os projectos artísticos são, segundo Pernes, importantes contributos para o desenvolvimento de uma cidade humana: “depois da cidade de Deus, descendida para a cidade ideal do renascimento, após a cidade-corte, a cidade iluminista e senhorial, tomamos o empenho na cidade dos homens, que não deve ser utopia mas a realização concreta, concebível pelo trazer à exigência e experiência colectiva enquanto se remeteu às imagens de museus ou templos das diversas crenças ou sistemas ideológicos. Lutar por esse destino é o meio mais autêntico de uma democratização artística […]. Trata-se de um projecto artístico. — É evidente tratar-se de um destino político. Vamos discuti-lo?” (p.64) Importa sublinhar a maneira como os projectos artísticos são importantes alicerces na construção de uma cidade humana, mas como a injunção à discussão com que termina o texto é um dos motes permanentes do trabalho de Pernes.

A discussão que os projectos artísticos promovem — e que em última instância têm o seu lugar natural no museu — fazem parte de um processo de democratização da cultura. Esta democratização é para Pernes um combate reflexivo que ambiciona aquilo a que ele chama a transformação redentora das sociedades. Um combate que Pernes leva a cabo, como se pode perceber nestes textos, através de criação de tensões e de choque entre os valores tradicionais da história da arte e os novos meios de comunicação visual. Isto é, para Pernes a arte deve ser entendida, discutida, experimentada no contexto do novo universo das imagens. Contexto este que lhe serve como o locus para onde se deve expandir a cultura artística e a educação visual. A este movimento chama Pernes, num texto de 1979, um empenhamento numa frente necessariamente democrática (p.144). Mas esta exigência de uma arte enquanto elemento reflexivo e construtor de uma sociedade mais justa e democrática, e não uma arte para elites como ele também afirma, não elimina o elemento misterioso que as obras de arte têm no seu centro. “Deixa-se o aviso: não há quaisquer regras ortodoxas para aprender a ler ou a traduzir o indizível de que a arte é a revelação.” (p.273) É, portanto, exigência de discussão da arte no espaço de uma cidade humana não anula a indizibilidade e o mistério que é a matéria primeira do trabalho dos artistas. E é esta dupla filiação que o trabalho teórico de Pernes se esforça por articular.

O outro volume publicado reúne as aulas de um curso sobre arte moderna e contemporânea dado por Fernando Pernes entre 1997. O primeiro módulo teve lugar entre 29 de Janeiro e 16 de Julho, interrompido nas férias e retomado entre 1 de Outubro e 28 de Janeiro de 1998. Um curso que, como mostra Lucia Almeida Matos, reflecte na perfeição o “seu entendimento da arte como manifestação cultural e portanto simultaneamente consequência e agente das condições políticas e sociais; um olhar educado mas também intuitivo que se revela nas associações formais, temáticas ou conceptuais entre obras de várias naturezas, autores e geografias.” (p.10)

As suas aulas, distintamente dos textos críticos e ensaios, dão forma a uma compreensão mais vasta do que é a arte, sempre feita a partir de um confronto directo com obras de arte, arquitectura e contexto intelectual em que nascem. As aulas começam com uma importante apresentação do carácter problemático de definição de arte, avançando para a problematização da distinção moderno

contemporâneo. A maior parte das sessões são dedicadas à análise de obras específicas de maneira a mostrar como é que a história da arte é uma história do mundo e do modo humano de lidar com a morte, o amor, o futuro e, sobretudo, são expressões do esforço humano de construção de uma sociedade democrática.

A reunião destes textos e aulas, para além de ser um contributo fundamental (e raro) para a caracterização e história do pensamento crítico português, permite formar uma visão de conjunto do pensamento de Pernes que revela que, através das suas múltiplas facetas de intelectual, curador e activista político, está alguém que encontrou na arte o meio para a construção de uma sociedade mais desenvolvida, inteligente e democrática.



Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

Cultura e conhecimento são ingredientes essenciais para a sociedade.

A cultura e o amor devem estar juntos.

Vamos compartilhar.





--in via tradutor do google
Art as a democratic construction.

Fernando Pernes is a remarkable and decisive figure in the Portuguese art of the late twentieth century. Not only because it should be the first steps that led to the establishment of the Serralves Museum in Oporto (that was the first artistic director), but also because his thoughts on art and artists is an important contribution to the formation of our knowledge about the art that was expressed not only in the exhibition that was healing, but also in texts written and directed courses and that these two important volumes come testify.


    
The democratic vocation of modern art. From Olympia to Guernica
Author: Fernando Pernes
Selection and organization of Lucia Almeida Matos
Edition Serralves Museum
Many compliments to their culture, intelligence, uniqueness and spirit that gave birth to one of the most significant Portuguese museums. Their contribution to the growth of the Portuguese cultural fabric is not limited to institutional skill with which managed to save media, people and resources to make birth Serralves, but the decisive element is, as he writes von Hafe Pérez, how Fernando Pernes managed through its multiple teaching, essayist, art critic, curator and artistic director, creating platforms and tools for a new legibility of the latest art: one can mention the exhibits 10 1992 Contemporary and made with Alexandre Melo or Images for 90 (1993) curated by Miguel von Hafe Pérez, exhibitions decisive for the transition to a new time and a new understanding of contemporary Portuguese art. It was also the idea of ​​creating new ways of seeing and perceiving art that led him to seek to make a non-conservative museum, but a museum understood as "dynamic focus, not consecrator of elitists inheritances but establisher than in surrealist poetry is sought 'permanent critique of everyday life "(p.20).

This permanent critique of everyday life in 1978 Pernes takes as museological concept does not have the expression of the new realism (speculative and materialistic) we have seen in the century. XXI, but it is to demand that art is assumed as a space of freedom and criticism, ideas that are the basis of all the texts that the two volumes published by the Serralves Museum now offer. A view of criticism (in the case of Pernes was often controversial, strong and passionate) is the thread that unites all texts and now made book lessons.

In the volume devoted to his critical writing the reasons are varied: they are related to exhibitions of artists such as João Vieira, António Areal, Eurico Gonçalves, Francis Bacon, Ana Vieira, etc., the interviews given by itself Pernes or related texts more essayistic as the art of seeing art, artists and city About art and politics, and policy texts written for newspapers. In addition to the extreme erudition and culture revealed, their main concern is to provide the reader and visitor tools exhibition to think about art and its consequences. In the text About art and politics (1970) Pernes becomes clear that the relationship between art


    
Say the image. Anthology of critical texts
Author: Fernando Pernes
Selection and organization of Miguel von Hafe Pérez
Edition Serralves Museum
policy is crucial not to the extent that art can illustrate and make communicative certain ideologies, but because the artistic projects are, in Pernes, important contributions to the development of a human city "after the city of God, descendida for the ideal city renaissance, after-cut city, the Enlightenment city and manor, we take the commitment to the city of men, that should not be utopia but the concrete realization conceivable by bringing the requirement and collective experience as he sent the images of museums or temples the different beliefs or ideological systems. Fight for this destination is the most authentic way of an artistic democratization [...]. It is an artistic project. - It is clear that this is a political destination. Let's discuss it? "(P.64) It should be noted how the artistic projects are important building blocks in the construction of a human city, but as the injunction to discuss with ending the text is one of the permanent motes of Pernes work.

The discussion that art projects promote - and ultimately have their natural place in the museum - part of a process of democratization of culture. This democratization is to Pernes a reflexive combat that aspires what he calls the redemptive transformation of societies. A fight that Pernes carries out, as can be seen in these texts through the creation of tension and clash between the traditional values ​​of art history and the new visual media. That is, for Pernes art should be understood, discussed, experienced in the context of the new universe of images. This context serves him as the locus for where to expand the artistic culture and visual education. This movement calls Pernes, a 1979 text, a commitment to a front necessarily democratic (p.144). But this requirement of an art as reflective element and builder of a more just and democratic society, not an art for the elite as he also says, does not eliminate the mysterious element that works of art have at its center. "Leave the warning:. There are no orthodox rules to learn to read or translate the inexpressible that art is the revelation" (p.273) It is therefore demand for art discussion in the space of a human city does not annul the unspeakable and the mystery that is the first matter of the work of artists. And it is this dual membership that the theoretical work of Pernes strives to articulate.

The other volume published together the lessons of a course on modern and contemporary art given by Fernando Pernes from 1997. The first module took place between 29 January and 16 July, interrupted holidays and taken between 1 October and 28 January 1998. A course that, as shown Lucia Almeida Matos, reflects perfectly "their understanding of art as a cultural manifestation and therefore both a consequence and agent of political and social conditions; a polite but also intuitive look that reveals the formal, thematic or conceptual associations between works of various kinds, authors and geographies. "(p.10)

His classes, distinctly critical texts and essays form a greater understanding of what art is always made from a direct confrontation with works of art, architecture and intellectual context in which they are born. Classes begin with an important presentation of the problematic character of definition of art, advancing to the problematics of modern distinction

contemporary. Most of the sessions are dedicated to the analysis of specific works in order to show how art history is a history of the world and the human way of dealing with death, love, the future and, above all, are expressions of human efforts to build a democratic society.

The meeting of these texts and classes, as well as being a major contributor (and rare) for the characterization and history of critical thinking Portuguese, allows to form an overall view of the thought of Pernes that reveals that, through its multifaceted intellectual, curator and political activist, is someone who has found in art the means to build a more developed, intelligent and democratic society.





--uc via tradutor do google
Мистецтво як демократичного будівництва.

Фернандо Pernes є чудовим і вирішальним фігурою в португальському мистецтві кінця ХХ століття. Не тільки тому, що він повинен бути перші кроки, які привели до створення Serralves музею в Порту (який був першим художнім керівником), а й тому, що його думки про мистецтво і художників є важливим внеском у формування наші знання про мистецтво, що виразилося не тільки в виставці, яка була цілющою, а й в текстах, написаних і спрямованих курсів і що ці два важливих томи приходять свідчать.


   
Демократичне покликання сучасного мистецтва. Від Олімпії до Герники
Автор: Фернандо Pernes
Вибір і організація Лючія Алмейда Матос
Видання Serralves музей
Багато компліменти до їхньої культури, інтелект, унікальність і дух, який породив одну з найзначніших португальських музеїв. Їх внесок у розбудову португальської культурної тканини не обмежується інституціональним майстерністю, з яким вдалося зберегти засоби масової інформації, людей і ресурсів, щоб зробити народження Serralves, але вирішальний елемент, як він пише фон Hafe Переса, як Фернандо Pernes управляється за допомогою його множинним вчення, есеїст, художній критик, куратор і художній керівник, створення платформ та інструментів для нового читаність новітнього мистецтва: можна згадати експонатів 10 1992 Сучасні і зроблені з Олександром Мело або зображень для 90 (1993) Куратор Мігель фон Hafe Переса, виставки вирішальними для переходу до нового часу і нового розуміння сучасного португальського мистецтва. Це була також ідея створення нових способів бачення і сприйняття мистецтва, що привело його до пошуків зробити неконсервативної музей, але музей розуміється як "динамічний фокус, а не consecrator з елітістов спадщин, але в чому засновника сюрреаліста поезії шукається «постійний критичний аналіз повсякденному житті" (с.20).

Ця постійна критика повсякденному житті в 1978 році Перн приймає в якості музеєзнавчого поняття не має вираз нового реалізму (спекулятивної і матеріалістичної) ми вже бачили в цьому столітті. XXI, але вимагати, щоб мистецтво передбачається як простір свободи і критики, ідеї, які лежать в основі всіх текстів, що два томи, видані Serralves музею пропонують. Вид критики (в разі Перн часто суперечливою, сильним і пристрасним) є ниткою, яка об'єднує всі тексти і тепер зроблені уроки книги.

У томі, присвяченому його критичного написання причини різноманітні: вони пов'язані з виставок художників, таких як Жоао Вієйра, Антоніу ареалі, Еуріко Гонсалвес, Френсіс Бекон, Ана Вієйра і т.д., інтерв'ю, даних сам по собі Pernes або пов'язані з ними тексти більш essayistic як мистецтво бачити мистецтва, художників та місто Про мистецтво і політиці, а також тексти, написані для політичних газет. На додаток до надзвичайної ерудиції та культури виявлені, їх головною турботою є забезпечення виставки читача і інструменти відвідувача, щоб думати про мистецтво і його наслідки. У тексті про мистецтво і політику (1970) Pernes стає ясно, що відносини між мистецтвом


   
Скажімо, оригінал. Антологія критичних текстів
Автор: Фернандо Pernes
Вибір і організація Мігель фон Hafe Переса
Видання Serralves музей
політика має вирішальне значення не в тій мірі, що мистецтво може показати і зробити певні комунікативні ідеологій, а тому, що художні проекти, в Перн, важливий внесок у розвиток людського міста "після граду Бога, descendida для ідеального міста ренесанс, після того, як вирізати місто, місто Просвітництва і садиби, ми беремо на себе зобов'язання в місто людей, які не повинні бути утопією, але конкретна реалізація можливо шляхом приведення вимог і колективний досвід, як він послав образи музеїв або храмів різні переконання або ідеологічні системи. Боротьба за цього призначення є найбільш достовірним способом художньої демократизації [...]. Це мистецький проект. - Цілком очевидно, що це політичне призначення. Давайте обговоримо це? "(Стор.64) Слід зазначити, як художні проекти є важливими будівельними блоками в будівництві людського міста, але як судова заборона, щоб обговорити з закінченням тексту є одним з постійних пилинок з Pernes роботи.

Обговорення, що арт-проекти просування - і в кінцевому підсумку своє природне місце в музеї - частина процесу демократизації культури. Ця демократизація є Перн рефлексивний бою, який прагне, що він називає викупну трансформацію суспільства. Боротьба, яка Pernes здійснює, як можна бачити в цих текстах шляхом створення напруженості і зіткнення між традиційними цінностями історії мистецтва і нового візуальних засобів масової інформації. Тобто, для Pernes мистецтва слід розуміти, обговорюються, досвід в контексті нового всесвіту образів. Цей контекст служить йому як геометричне місце для того, де розширити художню культуру і візуальну освіту. Це рух викликає Pernes, 1979 текст, прихильність до фронту обов'язково демократичної (с.144). Але ця вимога мистецтва як відображає елементу і будівельника більш справедливого і демократичного суспільства, не мистецтво для еліти, як він каже, не усуває таємничий елемент, твори мистецтва в його центрі. "Залиште попередження:. Там немає православних правил, щоб навчитися читати або переводити невимовне, що мистецтво є одкровення" (p.273) Тому попит на мистецтво дискусії в просторі людського міста не скасовує невимовна і таємницю, яка є першим ділом роботи художників. І саме це подвійне членство, що теоретична робота Перн прагне сформулювати.

Інший обсяг публікується разом уроки курсу на сучасному мистецтві даного Фернандо Перн з 1997 Перший модуль мав місце між 29 січня і 16 липня, перервала відпустку і прийнятих в період з 1 жовтня по 28 січня 1998. Звичайно, що, як показано Лючія Алмейда Матос, відображає відмінно "своє розуміння мистецтва як культурного прояви і, отже, як наслідок і агента політичних і соціальних умов; ввічливий, але і інтуїтивний погляд, який розкриває формальні, тематичні або концептуальні зв'язки між роботами різних видів, авторів і географічних регіонів. "(с.10)

Його класи, чітко критичні тексти і нариси формують більш глибоке розуміння того, що таке мистецтво завжди робиться з прямої конфронтації з творами мистецтва, архітектури і інтелектуальний контекст, в якому вони народилися. Заняття починаються з важливою презентації проблемного характеру визначення мистецтва, просуваючись до проблематики сучасного відмінності

сучасний. Більшість сесій присвячено аналізу конкретних робіт для того, щоб показати, як історія мистецтва є історія світу і людський спосіб боротьби зі смертю, любов, майбутнє і, перш за все, є виразами зусилля людини по створенню демократичного суспільства.

Зустріч цих текстів і класів, а також є однією з основних причин (і рідкісні) для характеристики і історії критичного мислення португальська, дозволяє сформувати загальне уявлення про думки про Перн, який показує, що завдяки його багатогранної інтелектуальної, куратор і політичний діяч, це той, хто знайшов в мистецтві кошти для побудови більш розвиненої, розумної і демократичного суспільства.

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