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segunda-feira, 27 de março de 2017

Culture - Candomblé in Brazil. - A city built by slaves is an example of harmony between religions. video 12:00 min. --- Cultura - Candomblé no Brasil. - Cidade construída por escravos é exemplo de harmonia entre religiões.

Cachoeira / Bahia / Brazil, was one of the most prosperous cities in the interior of the Northeast.

And from the suffering in the slave quarters came a religious confraternity.


A hundred-year-old iron bridge connects two of the oldest cities in Brazil: São Felix on one side, Cachoeira on the other. In the place, the sea mixes with the sweet water of the Paraguaçu. It is as if the river were an arm of the Bay of All Saints.


Through that maritime corridor passed much of the agricultural production of the interior. The port of Cachoeira was the connection that shortened the way between the sertão and the capital of Bahia.


"Everything that was produced in the backlands of Bahia, herbs, leather, flour, tobacco, and other products, including the gold produced in Minas Gerais, were brought by means of tropeiros to Cachoeira and from here they went on boats to the port of Salvador. Here was a zone of cultural effervescence. The very architectural configuration of the city says that it was a rich city, "explains the historian Luiz Claudio Dias.

So rich that it was overtaken by the Historical Patrimony. It won the title of National Monument, but not for that the city preserves a life of abundance.

Until the mid-20th century, Cachoeira was one of the most prosperous cities in the interior of the Northeast. It attracted traders from all over Brazil and barons from the agribusiness of that era. The streets, of townhouses and mansions, were built with the money of sugar production and the labor of enslaved Negroes.

That region of the Recôncavo Baiano was one of the pioneers in Brazil in the purchase of African blacks for forced labor.

The Vitoria mill was one of the largest in Bahia. The mill stood out in sugar production until 1950. Today it is a ruined house on the banks of the Paraguaçu.

According to Professor Fábio Batista, a researcher at the federal university, there were more than 40,000 slaves in the mills in the region.

"The Recôncavo Baiano, undoubtedly, is the cradle of this form of exploitation of slave labor," he explains.

And because the relations with the bosses were tense, the labor regime was of few rights and much punishment. In the most violent, the slave was tied in a trunk known as pillory.

And from the suffering in the senzalas came a religious brotherhood: the Brotherhood of the Good Death, a devotion of almost 200 years. In the Catholic Church, women pray to Our Lady, and in the terreiros they pay homage to the orixás, the gods of Candomblé.

At the time of slavery, blacks were forbidden to worship their African deities. Therefore, they have sought similarities with the orixds in the Catholic saints. And so, the syncretism began to manifest itself in the terreiros of Bahia.

And it is in the Catholic Church that the Brotherhood of the Good Death makes one of the most traditional celebrations of Candomblé. The procession runs through the streets of Cachoeira with the image of Our Lady. This is how every year the women of the Good Death thank the liberation of the slaves. In front of the cortege, the priest and the mothers of saints arm in arm, giving an example of respect for differences.

In the land of all saints, this is the spirit of Catholics and followers of Candomblé. Whether in the temples or the waters of the bay.



fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 

A cultura e o amor devem estar juntos.

Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing.





--br
Cultura - Candomblé no Brasil. - Cidade construída por escravos é exemplo de harmonia entre religiões.

Cachoeira/BA era uma das cidades mais prósperas do interior do Nordeste.
E do sofrimento nas senzalas surgiu uma confraria religiosa.

Uma centenária ponte de ferro liga duas das mais antigas cidades do Brasil: São Félix de um lado, Cachoeira do outro. No local, o mar se mistura com as águas doces do Paraguaçu. É como se o rio fosse um braço da Baía de Todos-os-Santos.

Por aquele corredor marítimo passava grande parte da produção agrícola do interior. O porto de Cachoeira era a conexão que encurtava o caminho entre o sertão e a capital baiana.

“Tudo aquilo que era produzido no sertão baiano, ervas, couro, farinha, tabaco e outros produtos, inclusive o ouro produzido nas Minas Gerais, eram trazidos por meio de tropeiros para Cachoeira e daqui seguiam em embarcações para o porto de Salvador. Aqui era uma zona de efervescência cultural. A própria configuração arquitetônica da cidade diz que era uma cidade rica”, explica o historiador Luiz Claudio Dias.

Tão rica que foi tombada pelo Patrimônio Histórico. Ganhou o título de Monumento Nacional, mas nem por isso a cidade conserva uma vida de fartura. 
Até metade do século 20, Cachoeira era uma das cidades mais prósperas do interior do Nordeste. Atraía comerciantes de todo o Brasil e barões da agroindústria daquela época. As ruas, de sobrados e casarões, foram construídas com o dinheiro da produção de açúcar e a mão de obra de negros escravizados.

Aquela região do Recôncavo Baiano foi uma das pioneiras no Brasil na compra de negros africanos para trabalhos forçados.

O engenho Vitória era um dos maiores da Bahia. O engenho se destacava na produção de açúcar até 1950. Hoje é um casarão em ruínas nas margens do Paraguaçu.

Segundo o professor Fábio Batista, pesquisador da universidade federal, eram mais de 40 mil escravos nos engenhos da região.
“O Recôncavo Baiano, sem dúvida, é o berço dessa forma de exploração do trabalho escravo", explica.

E como eram tensas as relações com os patrões, o regime de trabalho era de poucos direitos e muito castigo. No mais violento, o escravo era amarrado num tronco conhecido como pelourinho.

E do sofrimento nas senzalas surgiu uma confraria religiosa: a Irmandade da Boa Morte, uma devoção de quase 200 anos. Na Igreja Católica, mulheres rezam para Nossa Senhora, e nos terreiros homenageiam os orixás, os deuses do Candomblé.

No tempo da escravidão, os negros eram proibidos de cultuar suas divindades africanas. Por isso, eles foram buscar nos santos católicos semelhanças com os orixás. E, assim, o sincretismo começou a se manifestar nos terreiros da Bahia.

E é na Igreja Católica que a Irmandade da Boa Morte faz uma das festas mais tradicionais do Candomblé. A procissão percorre as ruas de Cachoeira com a imagem de Nossa Senhora. É assim que todo ano as mulheres da Boa Morte agradecem a libertação dos escravos. Na frente do cortejo, o padre e as mães de santo de braços dados, dando exemplo de respeito às diferenças.

Na terra de todos os santos, este é o espírito de católicos e seguidores do Candomblé. Seja nos templos ou nas águas da baía.

video 12 min.




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