Os textos, sempre em versos rimados, falam de costumes, fatos históricos, lendas, folclore ou religião, geralmete com muito humor. Produzida principalmente em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, remonta à época da colonização portuguesa. O nome remete à maneira como eram expostos e vendidos, folhetos pendurados em barbantes ou cordéis.
A partir do final do século XIX esses folhetos começaram a assumir caráter brasileiro. Hoje são encontrados principalmente em mercados de artesanato, feiras, centros de cultura ou em apresentações de cordelistas, onde são travados verdadeiros duelos verbais, embalados nas cordas da viola. Em 1988, no Rio de Janeiro, foi fundada a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que reúne os grandes nomes da produção desse gênero.
A Babel das Artes sempre teve em seu acervo peças de cordel. Inclusive apoiando publicações independentes. Na loja virtual estão expostos dois trabalhos de Janduhi Dantas, professor e poeta de cordel. São edições com papel e impressão de alta qualidade. “Viagem aos 80 Anos da Revolta de Princesa” narra os fatos que antecederam a morte de João Pessoa e culminaram com a derrubada da República Velha e conseqüente ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Em “A História da Mulher que Roubou pra se Casar”, Janduhi transpôs em versos a história do filme clássico de Alfred Hitchcock, “Psicose”, numa inusitada leitura. Vale a pena.
Foto Diego Dacal
19 de novembro é o Dia do Cordelista. A data foi criada em homenagem ao pioneiro Leandro Gomes de Barros, nascido na Paraíba no dia 19 de novembro de 1865. Desenho: Arievaldo Viana.
Na Babel das Artes o Cordel também foi referência no desenvolvimento de produtos. Abaixo, bolsas com serigrafia de cordel de coleções passadas (produtos esgotados).
Bolsa de mão, serigrafia sobre algodão e couro.
Bolsa Cordel, serigrafia sobre lona.
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