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terça-feira, 3 de março de 2015

Museu do Porto de Santos - São Paulo - Brasil - prevê identificar dados das fotografias encontradas

A segunda etapa do projeto de recuperação dos 700 negativos de vidro do Museu do Porto de Santos envolve identificar as imagens, seus personagens e localizações. Isto porque a maioria das fotografias não registra essas informações com precisão. Para a diretora da Comunica Relações Públicas e produtora executiva do projeto, Maria do Carmo Esteves, além da identificação, será necessária uma pesquisa aprofundada sobre a história das fotos.


Construção da Praça Barão do Rio Branco



“A expressão dessas imagens me deixou encantada. É uma riqueza que não é comum. Os pesquisadores já buscavam esse acervo do Museu do Porto para pesquisa, mas poucos tinham acesso”, destacou a produtora executiva. 

De acordo com o gerente do Complexo Cultural do Porto, Antonio Carlos da Mata Barreto, a fase de identificação das fotos terá a participação de ex-funcionários da Companhia Docas de Santos (CDS). Ele afirma que só será possível reconhecer alguns personagens com a ajuda desssa “memória viva do cais santista”.

“A gente quer continuar na garimpagem porque ela é eterna. Agora, queremos criar um sistema porque museu, hoje, é interativo. E a interatividade não se dá tão somente no processo digitalizado ou informatizado, mas com a interação das pessoas que tem o poder ou a condição de contar suas histórias”, afirmou Mata Barreto. 

Tesouro

“Eu ainda não vi essas fotos, mas um acervo de 700 negativos de vidro é um manancial, um verdadeiro tesouro que conta a história do Porto de Santos e da Cidade”, destacou a historiadora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, professora da Universidade Católica de Santos. Para ela, com a análise das fotografias reproduzidas, será possível conhecer várias características do momento em que elas foram feitas.

Wilma Therezinha relembra a frase do historiador francês Roland Barthes, que considerava a fotografia como um “documento sem retórica”. “Quando se analisa uma fotografia, primeiro a pessoa dá uma olhada, vê o que foi fotografado e tem prazer em olhar a foto. Já para o pesquisador, a foto tem que ser analisada. É como se tivesse lendo um documento escrito, o que a gente chama de crítica histórica”, explicou a historiadora, já curiosa para conhecer o acervo. 

E a professora destaca: tão importante quanto disponibilizar a foto é identificar dados da imagem. As pessoas fotografadas, os locais, a data e o motivo do registro são as informações mais importantes na hora de contar a história. Por isso, ela costuma dar uma dica a seus amigos e alunos. “Façam um grande favor para os historiadores futuros. Anotar onde foi tirada a foto, quem está fotografado, a data e quem é o fotógrafo são informações importantíssimas e muito difíceis de encontrar”. 

A historiadora enfatiza a importância de se colocar o acervo à disposição. “Mostra a disposição das instituições culturais e governamentais de abrirem sua documentação, como jornais estão disponibilizando. É uma boa notícia para historiadores e para quem tem curiosidade, interesse, estuda ou quem quer conhecer da história da Cidade”, afirmou.


fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.atribuna.com.br/porto-mar/museu-prevê-identificar-dados-das-fotografias-encontradas-1.432002

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