Museu da Moda expõe o que só pode ser encontrado em livros
Há quatro anos, a estilista Milka Wolff, cujo trabalho é uma reconstrução estética do vestuário feminino, reuniu seu acervo para dar origem ao Museu da Moda, em Canela – Rio Grande do Sul. O espaço de 2.500 m² abriga réplicas de vestidos de rainhas e princesas e apresenta uma linha do tempo com a evolução da história ao longo de quatro mil anos, por meio dos trajes que eram utilizados.
As 150 peças estão distribuídas pelas seções Antiguidade, dividida em Egito, Pérsia, Síria, Grécia, Roma e Bizâncio - a partir de 2 mil anos a.C; Medieval – do ano 512 a 1430; Renascença – de 1431 a 1770; Iluminismo – de 1711 a 1785; Era Napoleônica – de 1786 a 1845; Belle Époque – de 1846 a 1913; Avant garde (Vanguarda) – de 1914 a 1949; Modernismo (separado por décadas) – de 1950 a 1999; Século XXI.
Na ala destinada ao Egito, identifica-se o início da moda, com roupas de algodão feitas à mão, sem qualquer costura. Já a era de Napoleão é inspirada nos ambientes da realeza da época, e a seção Belle Époque reproduz a era de alto luxo da moda. As cores e os tecidos nobres só aparecem na Idade Média.
A Renascença também traz o luxo, vestidos com saias e mangas volumosas das rainhas europeias. Cada um pesa em torno de 12 quilos e as saias têm estruturas de ferro por baixo. Só o vestido de Maria Antonieta que se encontra em exposição demorou três meses para ficar pronto.
As vestes expostas foram criadas por tecelãs artesãs e por costureiras profissionais que tiveram a missão de deixá-las o mais semelhante possível às originais, espalhadas em vários ambientes com produção de luz, cenografia e sonoplastia.
Ao todo são 20 cenários que retratam momentos históricos bem distintos, com peças de decoração originais de cada período e lugar, pedras, lustres e tapeçarias adquiridos em antiquários, visando retratar o mais fielmente possível a época em que as roupas eram usadas, mantendo a linha das costuras e dos tecidos.
O salão “Red Carpet”, de mil metros quadrados, inaugurado no final de 2015, hospeda quatro novas vitrines de alta costura da casa: noivas, roupas de gala, debutantes e noivas em miniatura. O espaço possui colunas revestidas de madeira, laqueadas e decoradas com faróis e flores, piso de porcelanato e janelas com arabescos.
Exposições em cartaz:
Puppen Festival: coleção de bonecas de pano vestindo modelos icônicos de grandes estilistas, como Gucci, Kenzo e Yves Saint Laurent, inspiradas no projeto humanitário francês Frimousses de Créateurs.
Divas do Cinema: 13 modelos de vestidos consagrados no cinema, usados por atrizes como Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor, Grace Kelly, Julia Roberts, Marilyn Monroe e Carmem Miranda.
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