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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Collaboration: Dra. Marcia Mura - By ethnic quotas in the USP, students and activists make new Virada Cultural. June 2017. --- colaboração: Dra. Marcia Mura - Por cotas étnicas na USP, estudantes e ativistas fazem nova Virada Cultural. Junho 2017.

Festival "Why does USP have no quotas?" Expects a large public presence - black, peripheral and students - to subvert the historical social exclusion within the university.

 vídeo: 



São Paulo - The University of São Paulo (USP) is the only state higher education institution that does not have ethnic quotas in its entrance exam. According to data from Fuvest, in 2016 only 3.2% of those approved declared themselves black and 0.2% indigenous. To claim the inclusion of these populations in what is considered the most important Brazilian university, is held today (20) and tomorrow the 2nd Cultural Turnaround "Why USP has no quotas?".





According to Laura Daltro, a member of the Núcleo de Consciência Negra and a graduate student in Pedagogy at USP, the expectation is to fill the space - this year the festival will be in the so-called History of the Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences (FFLCH) That are not from USP. "It's a turning point that is not designed for USP students, but for the periphery. If you look at the line-up you can see that they are famous artists in the periphery. The idea is to populate USP in these two days, as the people Black, "says the activist.

Among the confirmed artists are Luana Hansen, Mc Soffia, The Bays and the Kitchen Mineira, Preta Rara, Red Slang, GOG, Rap Plus Size, Odyssey of Flowers and Negotinho, Brisa Flow, Nego Max and Synthesis, DJ RM and other names. In the two days, the presentations begin at 17h.

On Thursday (22), an act will be made during a meeting of the Graduation Committee, which will discuss the approval of quotas in the 2018 and 2019 entrance exams. "The expectation of the meeting is positive and we hope that the quotas will be approved. A retreat and was willing to put the topic inside the meeting. A very full act can press to discuss this, "comments Laura. The act will be in front of the building of the new Rectory, at 12 o'clock.

The first edition of Virada Cultural by quotas came last year to press for the cancellation of a committee meeting that would vote against quotas. The mobilization was great and the meeting did not happen.

Why does USP have no quotas?

For Laura, the University of São Paulo has always promoted social exclusion, elitism and racism since its inception. "USP exists to fulfill a role, to be 'the best' university in the country, to choose who has the right to graduate there. That is where the great names of Brazilian politics come out," he criticizes. "At the entrance of USP there is a cane stand and a cafeteria, besides the statue of the founder, who was a slave-girl, so the university entrance makes it clear that she is racist," he adds.

Erickson Max, the Nego Max, points out that the adoption of quotas by USP "is not a favor, but it is a payment of a historical debt." "The lack of space for blacks in the university is a reflection of the racism that prevails in Brazil. It is not interesting for those at the top of the pyramid to free ourselves, so they do not want us to have the knowledge. The black being in the university, because an empowered, knowledgeable black is not the gear of the system. "

For Hertz Dias, of the Red Slang, the lack of racial politics in USP only legitimizes the extermination of blacks and natives in Brazil. "We will demand that the university implant quotas and cease to be 'Europeanized'. Let us occupy USP."

Collaboration: Dra. Marcia Mura

Check the times of Virada Cultural concerts for the USP quotas: 

http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2017/06/por-cotas-etnicas-na-usp-estudantes-e-ativistas-fazem-nova-virada-cultural







Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 
A cultura e o amor devem estar juntos.

Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 
but what modifies the way of looking and hearing.





--br
Por cotas étnicas na USP, estudantes e ativistas fazem nova Virada Cultural. Junho 2017.

Festival "Por que a USP não tem cotas?" espera grande presença de público – negro, periférico e alunos – para subverter a histórica exclusão social dentro da universidade.

São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) é a única instituição de ensino superior estadual que não possui cotas étnicas em seu vestibular. Segundo dados da Fuvest, em 2016 apenas 3,2% dos aprovados se declaravam negros e 0,2%, indígenas. Para reivindicar a inclusão dessas populações naquela que é considerada a mais importante universidade brasileira, é realizada hoje (20) e amanhã a 2ª Virada Cultural "Por que a USP não tem cotas?".

Segundo Laura Daltro, integrante do Núcleo de Consciência Negra e formada em Pedagogia na USP, a expectativa é lotar o espaço – este ano o festival será no chamado vão da História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) – também com pessoas que não sejam da USP. "É uma Virada que não é pensada para os universitários da USP, mas para a periferia. Se você olhar a line-up dá pra notar que são artistas famosos na periferia. A ideia é povoar a USP, nestes dois dias, como o povo preto", diz a ativista. 

Entre os artistas confirmados estão Luana Hansen, Mc Soffia, As Bahias e a Cozinha Mineira, Preta Rara, Gíria Vermelha, GOG, Rap Plus Size, Odisséia das Flores e Negotinho, Brisa Flow, Nego Max e Síntese, DJ RM e outros nomes. Nos dois dias, as apresentações começam às 17h.

Na quinta-feira (22), será feito um ato durante reunião da Comissão de Graduação, que discutirá a aprovação das cotas nos vestibulares de 2018 e 2019. "A expectativa da reunião é positiva e esperamos que as cotas sejam aprovadas. A reitoria teve um recuo e se dispôs a colocar o tema dentro da reunião. Um ato bem cheio pode pressionar para discutir isso", comenta Laura. O ato será em frente ao prédio da nova Reitoria, às 12h. 

A primeira edição da Virada Cultural por cotas surgiu no ano passado para pressionar o cancelamento de uma reunião da comissão que votaria contra as cotas. A mobilização foi grande e o encontro não aconteceu.

Porque a USP não tem cotas?

Para Laura, a Universidade de São Paulo sempre promoveu a exclusão social, o elitismo e o racismo, desde sua criação. "A USP existe para cumprir um papel, de ser 'a melhor' universidade do país, de escolher quem tem o direito de se formar lá. É de lá que saem grandes nomes da política brasileira", critica. "Na entrada da USP tem um pé de cana e um de café. Além da estátua do fundador, que era um escravocrata. Então, a entrada da universidade deixa claro que ela é racista", acrescenta.

Erickson Max, o Nego Max, ressalta que a adoção de cotas pela USP "não é um favor, mas é um pagamento de uma dívida histórica". "A falta de espaço para os negros na universidade é reflexo do racismo que predomina no Brasil. Não é interessante para quem está no topo da pirâmide que a gente se liberte, por isso não querem que tenhamos o conhecimento. Há uma importância muito grande de o negro estar na universidade, porque um negro empoderado, com conhecimento não é engrenagem do sistema."

Para Hertz Dias, do Gíria Vermelha, a falta de políticas raciais na USP só legitima o extermínio de negros e indígenas no Brasil. "Vamos exigir que a universidade implante as cotas e deixe de ser 'europeizada'. Vamos ocupar a USP."

colaboração: Dra. Marcia Mura

Confira os horários dos shows da Virada Cultural pelas cotas na USP:

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