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terça-feira, 11 de julho de 2017

Amazonian artist biojoys arrive at the Whitney Museum in New York. - Biojoias de artista amazonense chegam no Whitney Museum, em Nova York.

It is the second step in the international expansion of the designer, whose work is already being marketed in Lisbon, in the elegant Casa Pau-Brasil. In Brazil, the brand has stores in Shopping Leblon and in the International Airport of Rio de Janeiro, Brazil.


That the tropical trends of Brazilian culture are on the rise we all know. Now, specifically the Amazonian art will invade one of the most visited cultural centers of New York, the Whitney Museum. And the responsible for the insertion of this art is the Amazonian Maria Oiticica, whose biojoias will be on sale in the American museum later this month. It is the second step in the international expansion of the designer, whose work is already being marketed in Lisbon, in the elegant Casa Pau-Brasil.

In Brazil, the brand has stores in Leblon Shopping and Rio de Janeiro International Airport. "I live with curators of museums and with the medium of the plastic arts in the United States, Europe and Brazil. This approach makes my work known, "he says. "People visit the store or the site, they buy it because they like it and they end up marking the brand for the museum shops. It is interesting that the biojoias just arrived in the Museum and before being exposed they have already made another request ", he adds.

The necklaces, bracelets, earrings, rings and handbags are handcrafted, with seeds, vines, bark, leaves, woods, skins and fish scales, sometimes with silver or gold finish.

On the arrival of the pieces in the United States, Maria affirms that it is a quite significant conquest emotionally. "It brings me back to the beginning of my work when, for the first time, I was formally introduced to the press and the general public. People were asking me, at the time, when I would launch the next collection. He replied that I still needed to show my pieces to the world. Being in Whitney's shop and in Lisbon is part of that. In Europe and the United States they value craftsmanship very much, "says the artist.

The beginning

With 15 years of career, the designer says that she began her work in an unpretentious, hobby way. According to Maria, a few years ago, she found some seeds of cane - the Amazon ivory - and enchanted, she bought the materials with the intention of elaborating something later.

Years later, she had to present the curator of an international museum and thought it was time to put her hand in the dough. "I went out looking for something that represented the Amazon, but I only thought about necklace and bracelets. I looked for gifts and found nothing that pleased me. I decided to do it. I bought some pieces, made a bracelet and gave it as a gift. She was delighted, "reports the artisan.

Since then, Maria Oiticica has not stopped. "I started to develop, I liked it so much and I made several bracelets, I moved with dyeing, I really was delighted," he says.

On a trip to Rio de Janeiro, she exhibited her products in a bazaar at the famous Yacht Club. "I set up my table, which was so beautiful that they asked to put it in the entrance of the place," he recalls. In 2003, she moved to the capital of Rio de Janeiro - a change initially motivated by her husband's business - and there she set her project.

Maria insists on highlighting its roots. As a child, she says she was already cutting out visuals that came in magazines, copying her mother's looks and putting them on cardstock. "Our games were very creative, all of paper, small furniture, then made doll clothes," he says. His father, merchant of the rivers of the Amazon, always brought some elements of the forest, like lianas, seeds and fruits. Everything became a toy in the artistic hands of the family.







Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir. 
A cultura e o amor devem estar juntos.

Vamos compartilhar.

Culture is not what enters the eyes and ears, 

but what modifies the way of looking and hearing.



--br
Biojoias de artista amazonense chegam no Whitney Museum, em Nova York.

É o segundo passo da expansão internacional da designer, cujo trabalho já está sendo comercializado em Lisboa, na elegante Casa Pau-Brasil. No Brasil, a marca tem lojas no Shopping Leblon e no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, Brasil.

Que as tendências tropicais da cultura brasileira estão em alta todos nós sabemos. Agora, especificamente a arte amazônica vai invadir um dos centros culturais mais visitados de Nova York, o Whitney Museum. E a responsável pela inserção dessa arte é a amazonense Maria Oiticica, cujas biojoias estarão à venda no museu americano ainda este mês. É o segundo passo da expansão internacional da designer, cujo trabalho já está sendo comercializado em Lisboa, na elegante Casa Pau-Brasil.

No Brasil, a marca tem lojas no Shopping Leblon e no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. “Eu convivo com curadores de museus e com o meio das artes plásticas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil. Essa aproximação torna o meu trabalho conhecido”, conta. “As pessoas visitam a loja ou o site, compram para si porque gostam e acabam indicando a marca para as lojas dos museus. É interessante que as biojoias acabaram de chegar no Museu e antes de serem expostas já fizeram outro pedido”, complementa. 

Os colares, pulseiras, brincos, anéis e bolsas são criados artesanalmente, com sementes, cipós, casca de árvores, folhas, madeiras, peles e escamas de peixes, por vezes, com acabamento em prata ou ouro.

Sobre a chegada das peças nos Estados Unidos, Maria afirma que é uma conquista bastante significativa emocionalmente. “Me remete ao início do meu trabalho, quando, pela primeira vez, fui apresentada formalmente à imprensa e ao público em geral. As pessoas me perguntavam, à época, quando eu lançaria a próxima coleção. Respondia que eu ainda precisava mostrar minhas peças para o mundo. Estar na loja do Whitney e em Lisboa é parte disso. Na Europa e nos Estados Unidos eles valorizam muito o artesanato”, diz a artista.

O início
Com 15 anos de carreira, a designer conta que iniciou seu trabalho de forma despretensiosa, por hobby. Segundo Maria, há alguns anos, ela encontrou algumas sementes de jarina - o marfim da Amazônia -, e encantada, comprou os materiais com a intenção de elaborar alguma coisa posteriormente. 

Anos depois, precisou presentear a curadora de um museu internacional e achou que era a hora de colocar a mão na massa. “Saí procurando algo que representasse a Amazônia, mas só pensava em colar e pulseiras. Procurei presentes e não encontrei nada que me agradasse. Resolvi fazer. Comprei algumas peças, fiz uma pulseira e dei de presente. Ela ficou encantada”, relata a artesã.

De lá para cá, Maria Oiticica não parou mais. “Comecei a desenvolver, gostei tanto e fiz diversas pulseiras, mexi com tingimento, realmente fiquei encantada”, diz. 

Em uma viagem ao Rio de Janeiro, ela expôs seus produtos em um bazar no famoso Iate Clube. “Arrumei minha mesa, que ficou tão linda que pediram pra colocar na entrada do local”, relembra. Em 2003, ela se mudou para a capital fluminense – mudança motivada inicialmente pelos negócios do marido – e lá fixou o seu projeto.

Maria faz questão de ressaltar suas raízes. Na infância, ela conta que já recortava visuais que vinham em revistas, copiava os looks de sua mãe e colocava-os numa cartolina. “Nossas brincadeiras eram muito criativas, tudo de papel, pequenos móveis, depois fazia roupas de bonecas”, conta. Seu pai, comerciante dos rios da Amazônia, sempre trazia alguns elementos da floresta, como cipós, sementes e frutos. Tudo virava brinquedo nas mãos artísticas da família.

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