Whoever sees the group singing songs of black resistance can not imagine the hard battles they faced on the streets against prejudice and discrimination;
picture 1
Courtroom in honor of the 31 years of the Cultural Entity.
Ask for permission to Xangô, one of the main deities of the pantheon of the African gods, very much worshiped in the religions of African matrix. With great respect, this is what the participants of one of the most traditional Afoxés of Pernambuco do, Alafin Oyó who adopted this orixá as patron. The name, translated as 'lord of the palaces', is linked to the fourth majesty of the kingdom of Yoruba, on the African continent, where today lies Nigeria. Founded in 1986, the group celebrates 31 years of militancy and black resistance in the state of Pernambuco.
picture 2
Fabiano Santos, reports that the entity was designed with the objective of uniting people from different social strata, residents of different cities.
The president of Afoxé, Fabiano Santos, reports that the organization was designed to unite people from various social backgrounds, residents of different cities, practitioners and non-practitioners of candomblé, including atheists, who had in common the connection with the black movement . "We decided to establish ourselves as a manifestation beyond the carnivalesque and without connection only with a terreiro. Afoxé Alafin Oyó emerged as an agglutinative space where blacks and blacks from different realities could articulate in the struggle for the affirmation of black identity and against prejudice and racial discrimination".
picture 3
Presentation of the Afoxé in the Court of the Afoxes of Pernambuco.
Whoever sees the group shining and singing songs of black resistance can not imagine the hard battles they faced on the streets. Fabiano reports that encounters and presentations were limited by racism and remnants of censorship from the period of the Military Dictatorship. Even so, Ijexá's footsteps continued with the sound of the atabaques, agogôs, and other instruments on the streets of Olinda. "Despite the term 'reacreativa', our status seeks to highlight, above all, the teachings of the Yoruba nagô tradition, praising our gods through music, dance, song and rituals," explains Fabiano.
Participants report that they grew up within the afoxé and it was through him that they learned to value and defend the black identity. It was within Alafin that other groups known as Afoxé Oxum Pandá, the fourth oldest in Pernambuco, were born. Babalorixá Genivaldo Lemos Barbosa, president of Oxum Pandá, reports that he was one of Alafin's associates. "My afoxé was founded in 1995. Before, I was already Alafin, I was one of the first partners."
Despite the bureaucratic regime that requires the entity to have a statute that establishes a formalized hierarchy, the coordinators explain that the interaction between the members happens in a democratic and horizontal way. Everyone has a voice. This makes the difference in the group, showing above all the political character.
picture 4
Percussionist and one of the directors of the group, Leonardo Azevedo says that besides taking to the four corners of the world the Nagô tradition, the group teaches what was left by the African ancestors. "We paraded on the streets in red and white colors, playing the ijexá rhythm and singing songs affirming our black identity and African religiousness."
Dancer and coordinator of the Alafin Oyó Ballet, Maria Luiza (25) explains that the group's choreography respects and reveres each divinity: "From Exu to Oxalá, everyone is respected and worshiped through movements."
picture 5
The festival is very present in African culture and afoxé is very concerned about making the atmosphere cheerful and fraternal. Just as in the houses of candomblé, young people learn from their elders and teach those who are coming, forming a large family.
Picture 6
Diario de Pernambuco published an article about the communication work of the group, which had a bulletin called Negração
Legacy
For over 20 years. This material contained texts of militancy and information directed to the communities and the Afrodescendant population, known for playing an important role of representativeness.
In addition to Negração, the group also participated in the Afoxés album production in Pernambuco - launched in 2004 by the Unified Black Movement (MNU) -, Umbilical by Juraci Tavares - launched in 2016 with the support of the Bahia Culture Secretariat - and Liberdade de promoted by the Justice Department of Pernambuco.
In the audiovisual, he starred in a documentary produced by TV Viva - a local TV producer linked to the Centro Cultural Luiz Freire - and was awarded the 4th Music Festival Democracy and Communication / IMRE in 1992 in New York.
It is possible to search in the Public Library of Pernambuco and in the internet, several books, articles and other bibliographic materials about the group.
figure 7
In and out
Among the thousands of national and international presentations of the group, the participation of more than 10 years in the Festival of the Washerwoman (Paiva, Olinda, Recife and in the state of Goiás), the several years in the Winter Festival of Garanhuns (FIG) , and the Festival Del Fuego (Santiago de Cuba) in 2010.
Maintenance and limitations
During all this time, the afoxé has been maintained with donations and with presentations caches. Its members are volunteers and the group has a dream of renovating its headquarters to better welcome visitors and welcome participants. People who want to donate, attend workshops or visit Alafin's headquarters can call headquarters or access social networks.
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti
vídeo 10:44 min
idioma portuguès e em inglês
https://www.youtube.com/watch?v=MLSw-M34K3g&feature=youtu.be
Cultura não é o que entra pelos olhos e ouvidos,
mas o que modifica o jeito de olhar e ouvir.
A cultura e o amor devem estar juntos.
Vamos compartilhar.
Culture is not what enters the eyes and ears,
but what modifies the way of looking and hearing.
--br
Cultura do Brasil. Afoxé Alafin Oyó: 31 anos de resistência negra em Pernambuco.
Quem vê o grupo cantando músicas de resistência negra não imagina as duras batalhas que enfrentou nas ruas contra o preconceito e a discriminação;
imagem 1
Cortejo em homenagem aos 31 anos da Entidade Cultural.
Pedir licença a Xangô, uma das principais divindades do panteão dos deuses africanos, bastante cultuada nas religiões de matriz africana. Com muito respeito, é isso o que fazem os participantes de um dos Afoxés mais tradicionais de Pernambuco, o Alafin Oyó que adotou este orixá como patrono. O nome, traduzido como ‘senhor dos palácios’, está ligado à quarta majestade do reino de Iorubá, no continente africano, onde hoje fica a Nigéria. Fundado em 1986, o grupo comemora 31 anos de militância e resistência negra no estado de Pernambuco.
imagem 2
Fabiano Santos, relata que a entidade foi concebida com o objetivo de unir pessoas de várias camadas sociais, moradores de diferentes cidades.
O presidente do afoxé, Fabiano Santos, relata que a entidade foi concebida com o objetivo de unir pessoas de várias camadas sociais, moradores de diferentes cidades, praticantes e não praticantes do candomblé, inclusive ateus, que tinham em comum a ligação com o movimento negro. "Decidimos nos estabelecer como uma manifestação além do carnavalesco e sem ligação apenas com um terreiro. O Afoxé Alafin Oyó surgiu como um espaço aglutinador onde negros e negras de diferentes realidades poderiam se articular na luta pela afirmação da identidade negra e contra o preconceito e a discriminação racial”.
imagem 3
Apresentação do Afoxé no Cortejo dos Afoxés de Pernambuco.
Quem vê o grupo brilhando e cantando músicas de resistência negra não imagina as duras batalhas que enfrentou nas ruas. Fabiano relata que os encontros e as apresentações eram limitados pelo racismo e os resquícios de censura do período da Ditadura Militar. Mesmo assim, os passos de ijexá continuavam ao som dos atabaques, agogôs e outros instrumentos nas ruas de Olinda. "Apesar do termo 'reacreativa', o nosso estatuto busca evidenciar, sobretudo, os ensinamentos da tradição Yorubá nagô, louvando os nossos deuses através da música, da dança, do cântico e dos rituais", explica Fabiano.
Os participantes relatam que cresceram dentro do afoxé e foi através dele que aprenderam a valorizar e defender a identidade negra. Foi dentro do Alafin que nasceram outros grupos conhecidos como o Afoxé Oxum Pandá, o quarto mais antigo de Pernambuco. O babalorixá Genivaldo Lemos Barbosa, presidente do Oxum Pandá, relata que foi um dos associados do Alafin. “O meu afoxé foi fundado em 1995. Antes, eu já era do Alafin, fui um dos primeiros sócios”.
Apesar do regimento burocrático que obriga a entidade possuir um estatuto que estabeleça uma hierarquia formalizada, os coordenadores explicam que a interação entre os integrantes acontece de forma democrática e horizontalizada. Todos possuem voz. Isso faz a diferença no grupo, evidenciando sobretudo o caráter político.
imagem 4
Percussionista e um dos diretores do grupo, Leonardo Azevedo conta que além de levar para os quatro cantos do mundo a tradição nagô, o grupo ensina aquilo que foi deixado pelos ancestrais africanos. “Nós desfilamos nas ruas com as cores vermelho e branco, tocando o ritmo ijexá e cantando músicas de afirmação da nossa identidade negra e religiosidade africana”.
Bailarina e coordenadora do Balé Alafin Oyó, Maria Luiza (25) explica que as coreografias do grupo respeitam e reverenciam cada divindade: “De Exu a Oxalá, todos são respeitados e cultuados através dos movimentos”.
imagem 5
A festa está muito presente na cultura africana e o afoxé se preocupa bastante em tornar o ambiente alegre e fraternal. Assim como nas casas de candomblé, os jovens aprendem com os mais velhos e ensinam aos que estão por vir, configurando uma grande família.
imagem 6
Diario de Pernambuco publicou uma matéria sobre o trabalho de comunicação do grupo, que possuía um boletim chamado Negração
Legado
Há mais de 20 ano. Esse material continha textos de militância e informações direcionadas às comunidades e à população afrodescendente, conhecido por exercer um importante papel de representatividade.
Além do Negração, o grupo também já participou da produção dos álbuns Afoxés de Pernambuco - lançado em 2004 pelo Movimento Negro Unificado (MNU) -, Umbilical, de Juraci Tavares - lançado em 2016 com apoio da Secretaria de Cultura da Bahia - e Liberdade de expressão, promovido pela Secretaria da Justiça de Pernambuco.
No audiovisual, estrelou um documentário produzido pela TV Viva - produtora local de TV aberta ligada ao Centro Cultural Luiz Freire -, e foi premiado no 4º Vídeo Music Festival Democracy and Comunication/IMRE, em 1992, em Nova York.
É possível pesquisar na Biblioteca Pública de Pernambuco e na internet, diversos livros, artigos e outros materiais bibliográficos sobre o grupo.
imagem 7
Dentro e fora
Entre as milhares de apresentações nacionais e internacionais do grupo, destacam-se a participação de mais de 10 anos na Festa da Lavadeira (Paiva, Olinda, Recife e no estado de Goiás), os vários anos no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), e o Festival Del Fuego (Santiago de Cuba), em 2010.
Manutenção e limitações
Durante todo esse tempo, o afoxé tem se mantido com doações e com os cachês de apresentações. Seus membros são voluntários e o grupo tem o sonho de reformar a sede para melhor receber os visitantes e acolher os participantes. As pessoas que quiserem doar, participar das oficinas ou visitar a sede do Alafin podem ligar para a sede ou acessar as redes sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário